Taquiarritmia ventricular em paciente Oncológico – relato de caso: Ventricular tachyarrhythmia in Câncer patient – case report
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/55830 |
Resumo: | Introdução: O paciente oncológico apresenta vários fatores de risco para dano ao sistema cardiovascular (a própria doença, suas complicações ou tratamento) principalmente aqueles com doença cardiovascular prévia ou fatores de risco. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 63 anos, hipertensa, diabética e histórico de extrassístoles ventriculares frequentes, em uso de sotalol, metformina e valsartana. É admitida, em 2017, em um hospital cardiológico apresentando taquicardia ventricular não sustentada após 48 horas da primeira sessão de quimioterapia por neoplasia de mama com as drogas: epirrubicina, ciclofosfamida e 5-fluoracil. Apresentou reversão espontânea da arritmia, mantendo eletrocardiograma (ECG) em ritmo sinusal, com intervalo QT prolongado. ECG prévio normal. Internada para investigação, monitoramento cardíaco e correção de uma hipocalemia associada. No internamento investigação negativa para alterações cardíacas estruturais ou isquêmicas. Realizado troca do sotalol por amiodarona e alta hospitalar com mudança de quimioterápicos, sem novas intercorrências até o final do tratamento. A cardiotoxicidade pode se apresentar como arritmias, disfunção ventricular esquerda, doença isquêmica cardíaca e alterações eletrocardiográficas. Neste caso houve toxicidade aguda por antraciclina (epirrubicina), causando uma arritmia ventricular e alargamento do intervalo QT. Provavelmente facilitado pelo uso prévio de sotalol e pela hipocalemia. O potencial cardiotóxico das antraciclinas já é bastante conhecido, e as arritmias podem ocorrer entre 16-36% dos pacientes oncológicos e, em especial, pacientes com fatores de risco. Taquicardia ventricular é rara, mas pode ocorrer especialmente na presença do alargamento do QT e em pacientes com hipocalemia. Conclusão: Diante disso, torna-se imperativo a análise pré quimioterapia da interação desta com os medicamentos de uso crônico e seus possíveis efeitos deletérios, e o controle rigoroso dos eletrólitos para evitar níveis que possam aumentar ainda mais o risco de uma arritmia potencialmente fatal. |
id |
BJRH-0_b2e1598015e8b3e72be016e06e81abf6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/55830 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Taquiarritmia ventricular em paciente Oncológico – relato de caso: Ventricular tachyarrhythmia in Câncer patient – case reportAntracíclicosarritmiacardiotoxicidadecardio-oncologianeoplasia de mamaIntrodução: O paciente oncológico apresenta vários fatores de risco para dano ao sistema cardiovascular (a própria doença, suas complicações ou tratamento) principalmente aqueles com doença cardiovascular prévia ou fatores de risco. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 63 anos, hipertensa, diabética e histórico de extrassístoles ventriculares frequentes, em uso de sotalol, metformina e valsartana. É admitida, em 2017, em um hospital cardiológico apresentando taquicardia ventricular não sustentada após 48 horas da primeira sessão de quimioterapia por neoplasia de mama com as drogas: epirrubicina, ciclofosfamida e 5-fluoracil. Apresentou reversão espontânea da arritmia, mantendo eletrocardiograma (ECG) em ritmo sinusal, com intervalo QT prolongado. ECG prévio normal. Internada para investigação, monitoramento cardíaco e correção de uma hipocalemia associada. No internamento investigação negativa para alterações cardíacas estruturais ou isquêmicas. Realizado troca do sotalol por amiodarona e alta hospitalar com mudança de quimioterápicos, sem novas intercorrências até o final do tratamento. A cardiotoxicidade pode se apresentar como arritmias, disfunção ventricular esquerda, doença isquêmica cardíaca e alterações eletrocardiográficas. Neste caso houve toxicidade aguda por antraciclina (epirrubicina), causando uma arritmia ventricular e alargamento do intervalo QT. Provavelmente facilitado pelo uso prévio de sotalol e pela hipocalemia. O potencial cardiotóxico das antraciclinas já é bastante conhecido, e as arritmias podem ocorrer entre 16-36% dos pacientes oncológicos e, em especial, pacientes com fatores de risco. Taquicardia ventricular é rara, mas pode ocorrer especialmente na presença do alargamento do QT e em pacientes com hipocalemia. Conclusão: Diante disso, torna-se imperativo a análise pré quimioterapia da interação desta com os medicamentos de uso crônico e seus possíveis efeitos deletérios, e o controle rigoroso dos eletrólitos para evitar níveis que possam aumentar ainda mais o risco de uma arritmia potencialmente fatal.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2022-12-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/5583010.34119/bjhrv5n6-277Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 6 (2022); 25427-25431Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 6 (2022); 25427-254312595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/55830/41036Nejm, Daniela Ribeiro MarquesCauduro, Sandersoninfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-12-29T18:31:21Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/55830Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2022-12-29T18:31:21Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Taquiarritmia ventricular em paciente Oncológico – relato de caso: Ventricular tachyarrhythmia in Câncer patient – case report |
title |
Taquiarritmia ventricular em paciente Oncológico – relato de caso: Ventricular tachyarrhythmia in Câncer patient – case report |
spellingShingle |
Taquiarritmia ventricular em paciente Oncológico – relato de caso: Ventricular tachyarrhythmia in Câncer patient – case report Nejm, Daniela Ribeiro Marques Antracíclicos arritmia cardiotoxicidade cardio-oncologia neoplasia de mama |
title_short |
Taquiarritmia ventricular em paciente Oncológico – relato de caso: Ventricular tachyarrhythmia in Câncer patient – case report |
title_full |
Taquiarritmia ventricular em paciente Oncológico – relato de caso: Ventricular tachyarrhythmia in Câncer patient – case report |
title_fullStr |
Taquiarritmia ventricular em paciente Oncológico – relato de caso: Ventricular tachyarrhythmia in Câncer patient – case report |
title_full_unstemmed |
Taquiarritmia ventricular em paciente Oncológico – relato de caso: Ventricular tachyarrhythmia in Câncer patient – case report |
title_sort |
Taquiarritmia ventricular em paciente Oncológico – relato de caso: Ventricular tachyarrhythmia in Câncer patient – case report |
author |
Nejm, Daniela Ribeiro Marques |
author_facet |
Nejm, Daniela Ribeiro Marques Cauduro, Sanderson |
author_role |
author |
author2 |
Cauduro, Sanderson |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nejm, Daniela Ribeiro Marques Cauduro, Sanderson |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Antracíclicos arritmia cardiotoxicidade cardio-oncologia neoplasia de mama |
topic |
Antracíclicos arritmia cardiotoxicidade cardio-oncologia neoplasia de mama |
description |
Introdução: O paciente oncológico apresenta vários fatores de risco para dano ao sistema cardiovascular (a própria doença, suas complicações ou tratamento) principalmente aqueles com doença cardiovascular prévia ou fatores de risco. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 63 anos, hipertensa, diabética e histórico de extrassístoles ventriculares frequentes, em uso de sotalol, metformina e valsartana. É admitida, em 2017, em um hospital cardiológico apresentando taquicardia ventricular não sustentada após 48 horas da primeira sessão de quimioterapia por neoplasia de mama com as drogas: epirrubicina, ciclofosfamida e 5-fluoracil. Apresentou reversão espontânea da arritmia, mantendo eletrocardiograma (ECG) em ritmo sinusal, com intervalo QT prolongado. ECG prévio normal. Internada para investigação, monitoramento cardíaco e correção de uma hipocalemia associada. No internamento investigação negativa para alterações cardíacas estruturais ou isquêmicas. Realizado troca do sotalol por amiodarona e alta hospitalar com mudança de quimioterápicos, sem novas intercorrências até o final do tratamento. A cardiotoxicidade pode se apresentar como arritmias, disfunção ventricular esquerda, doença isquêmica cardíaca e alterações eletrocardiográficas. Neste caso houve toxicidade aguda por antraciclina (epirrubicina), causando uma arritmia ventricular e alargamento do intervalo QT. Provavelmente facilitado pelo uso prévio de sotalol e pela hipocalemia. O potencial cardiotóxico das antraciclinas já é bastante conhecido, e as arritmias podem ocorrer entre 16-36% dos pacientes oncológicos e, em especial, pacientes com fatores de risco. Taquicardia ventricular é rara, mas pode ocorrer especialmente na presença do alargamento do QT e em pacientes com hipocalemia. Conclusão: Diante disso, torna-se imperativo a análise pré quimioterapia da interação desta com os medicamentos de uso crônico e seus possíveis efeitos deletérios, e o controle rigoroso dos eletrólitos para evitar níveis que possam aumentar ainda mais o risco de uma arritmia potencialmente fatal. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-12-29 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/55830 10.34119/bjhrv5n6-277 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/55830 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv5n6-277 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/55830/41036 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 6 (2022); 25427-25431 Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 6 (2022); 25427-25431 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1797240080805396480 |