Desenvolvimento saudável da saúde mental de crianças expostas ao abuso da tecnologia durante o isolamento social / Healthy mental health development of children exposed to technology abuse during social isolation

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Castro, Amanda Silva
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Junior, José Antônio Barboza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/26903
Resumo: Platão interpretava a palavra pandemia em sentido genérico, apresentando a mesma como um acontecimento capaz de alcançar toda a população, foi no ano de 2019 que a sociedade veio a compreender o contexto da pandemia de forma significativa. O novo Coronavírus surgiu na província chinesa de Wuhan, sendo inicialmente identificado devido a variados casos de pneumonia, em intermeio a este parâmetro após demasiadas pesquisas, foi descoberto o Covid-19. O vírus vem se espalhando em demasia gerando dados estatísticos preocupantes, no país atualmente temos cerca de 5.35 milhões de casos entre casos recuperados, tratamentos e mortes. Na tentativa de inibir a propagação do vírus líderes mundiais e seus governos estabeleceram medidas protetivas como: adoção de distanciamento social, uso de máscara obrigatório, a utilização de álcool em gel para assepsia, lockdown, interrupção de atividades escolares e universitárias [...]. É compreensível que em meio a tantas mudanças adotadas devido ao vírus a saúde mental da população seja afetada, a mesma relação se emprega para as crianças que necessitaram interromper suas atividades diárias, é neste intermeio que vale ressaltar a importância da comunicação dos pais com os filhos, na tentativa de diminuir a irritabilidade dos mesmos, sendo um dos principais sintomas até então identificados em crianças devido ao isolamento social. Em conjuntura com as modificações do cotidiano outra mudança significativa que se observou relacionada a crianças, foi o aumento do uso da tecnologia pelas mesmas durante a pandemia. As interfaces são cada vez mais utilizadas por instituições escolares para suprir a necessidade de aprendizagem que fora interrompida durante o isolamento social, o uso da mesma para fins educacionais mostrou-se como a solução para professores e alunos em meio a desordem gerada pela pandemia, não obstante a tecnologia considerada uma solução vem cada vez mais sendo a dor de cabeça de muitas crianças mesmo que de forma imperceptível. Observa-se que é cada vez mais comum testemunhar uma criança menor de 6 anos utilizando aparelhos eletrônicos, seja para assistir um vídeo infantil ou jogar em aplicativos no aparelho relacionado, até que ponto a exposição permitida em demasia é saudável? É fidedigno que para o desenvolvimento saudável de um indivíduo desde a primeira infância ou para a saúde mental de um pré-adolescente de 12 anos de idade é imprescindível que haja a presença de motricidade assim como o contato com a natureza e o estabelecimento de conversas entre a família, situações que estão cada vez mais difíceis de presenciar neste momento correlacionadas de forma direta com a pandemia. Objetivo: O objetivo da presente pesquisa é aprofundar o estudo relacionado a crianças e o uso da tecnologia de forma abusiva e prejudicial durante a pandemia sendo gerados por diversos fatores como falta de atenção, falta de ânimo devido ao isolamento social ou até mesmo alterações psíquicas desenvolvidas já durante a época do isolamento social. Metodologia: A pesquisa baseou-se em artigos científicos já existentes nas plataformas Googlê acadêmico e Scielo apresentados na forma de resumo expandido. Discussão: No dia 23 de novembro de 1992 o primeiro smartphone é apresentado ao mundo, pelo desembolso de 899 dólares, cerca de 1.875 reais, qualquer membro da família poderia ter o seu, o aparelho conhecido como Simon foi o marco histórico rumo a alta tecnologia, mesmo com curto período de bateria e proporcionando apenas dois meses de lucro para o mercado econômico. O alto padrão de desenvolvimento tecnológico da época fez com que o indivíduo consumidor exigisse cada vez mais, contudo na época em questão a inópia dos pais pela tecnologia ainda não afetava tão diretamente uma criança como afeta presentemente, por se tratar de um campo pouco explorado. Pode-se afirmar que em 1992 era comum se deparar com uma criança lendo, jogando bola, brincando na rua ou em casa sem a real necessidade da presença de um aparelho eletrônico, o mesmo ainda nem era cogitado. É incontestável que a tecnologia se apresenta favorável para o desenvolvimento intelectual de crianças, todavia desde que da forma correta, mas é o que é considerado correto para a geração alfa? A exposição da considerada geração alfa na contemporaneidade apresenta-se de forma mais prejudicial cada vez mais, é comum encontrarmos nas redes sociais vídeos ou fotos de meninos e meninas se expondo a situações constrangedoras ou situações consideradas inadequadas para a idade das mesmas, na maioria das vezes sem nem entenderem a gravidade da situação sendo intensificada cada vez mais durante o isolamento social. Esse excesso no uso de aparelhos eletrônicos em conjuntura com a falta de contato com outras crianças, influenciarão no padrão de sono, alteração de alimentação e comportamento da mesma (Wang et al., 2020; Imran, Zeshan e Pervaiz, 2020). Torna-se ininteligível que uma criança tenha acesso a tecnologia presentemente devido a vários fatores desde a “influência social” pois todas as crianças da mesma idade de um indivíduo possuem um aparelho eletrônico e consequentemente esse indivíduo (criança) terá um, até a atenção ganha em casa pois os responsáveis não ficam muito tempo em casa ou vivem estressados, então torna-se mais fácil entregar um aparelho eletrônico para que o filho jogue jogos do que tentar passar um tempo com o mesmo, a tecnologia afasta as pessoas do mundo real e impede que haja uma relação saudável entre pais e filhos gerando consequentemente mais tarde um indivíduo carente de saúde mental (Freire e Siqueira, 2019). É fidedigno correlacionar a piora de situações como a descrita anteriormente devido ao isolamento social onde as atividades escolares foram suspensas resultando muitas vezes em crianças expostas a aparelhos eletrônicos 24 horas por dia, todavia a tecnologia é presentemente o pilar para a continuidade dos estudos intelectuais respectivo ao uso de plataformas digitais e programas de ensino. O abuso da tecnologia torna-se prejudicial no momento em que ultrapassa o limite entre diversão/educação para o patamar de vício, com o aumento da utilização de aparelhos tecnológicos, a criança tem maior acesso a diferentes meios de comunicação, é necessário controlar a exposição dos filhos ao excesso de informações que podem influenciar na manifestação de emoções negativas (Wang, et al, 2020). Pode-se perceber o abuso quando a criança deixa de brincar com seus brinquedos, ler os seus livros, conversar com os pais, fazer atividades criativas, esportivas, etc.., atividades fora de casa para o seu desenvolvimento saudável e acaba concentrando todo o seu dia a dia em jogos ou salas de bate papo virtuais, muitas vezes sem supervisão dos pais. Para que toda criança tenha um desenvolvimento mental saudável deve-se preservar a atenção para com os seus sentimentos da mesma, estabelecendo uma relação saudável, proporcionar atividades para que a criança possa explorar o mundo a fora da tela do celular e apoiar práticas que envolvam o desenvolvimento intelectual, o universo da tecnologia torna-se vantajoso quando explorado de forma segura. Conclusão: O novo coronavirus trouxe para a população mundial uma nova perspectiva assim como novas condições, neste momento de pandemia, os pais precisam utilizar a situação para se aproximar de seus filhos e buscar estratégias para o mesmo (Wang et al., 2020) para  que haja o estabelecimento de laços de afeto e confiança com uma criança é imprescindível a presença dos pais, comunicação, amor e carinho, compreende-se que durante a pandemia o uso excessivo de eletrônicos por crianças resulta no aumento de stress, agressividade, irritabilidade, falta de atenção em relação a atividades escolares e até mesmo falta de animo, cabe aos pais a tentativa de reestabelecer as atividades prioritárias e estabelecer limites para com o uso da tecnologia na vida da criança essencialmente durante o isolamento social, para que a mesma tenha um bom desenvolvimento de saúde mental ao longo dos anos. Descritores: saúde da criança, internet, interação pais-criança, isolamento-social.
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Descritores: saúde da criança, internet, interação pais-criança, isolamento-social.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-03-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/2690310.34119/bjhrv4n2-182Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 2 (2021); 6279-6283Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 2 (2021); 6279-62832595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/26903/21283Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessde Castro, Amanda SilvaJunior, José Antônio Barboza2021-05-31T22:30:38Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/26903Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2021-05-31T22:30:38Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false
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Discussão: No dia 23 de novembro de 1992 o primeiro smartphone é apresentado ao mundo, pelo desembolso de 899 dólares, cerca de 1.875 reais, qualquer membro da família poderia ter o seu, o aparelho conhecido como Simon foi o marco histórico rumo a alta tecnologia, mesmo com curto período de bateria e proporcionando apenas dois meses de lucro para o mercado econômico. O alto padrão de desenvolvimento tecnológico da época fez com que o indivíduo consumidor exigisse cada vez mais, contudo na época em questão a inópia dos pais pela tecnologia ainda não afetava tão diretamente uma criança como afeta presentemente, por se tratar de um campo pouco explorado. Pode-se afirmar que em 1992 era comum se deparar com uma criança lendo, jogando bola, brincando na rua ou em casa sem a real necessidade da presença de um aparelho eletrônico, o mesmo ainda nem era cogitado. 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