Fatores preditores para complicações pós apendicectomia: revisão de literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Silva, Victor Borges
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Ferreira, Gabriel Augusto Granja, Neto, Oracy Arruda, dos Santos, Ana Paula Alves, Loiola, Kyvia de Araújo, Ortega, André Ribeiro, Oliveira, Luryellem Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/60343
Resumo: Introdução: A apendicite é a causa mais comum de dor abdominal aguda que requer intervenção cirúrgica. Apesar da assepsia e das técnicas cirúrgicas aprimoradas, as complicações pós-operatórias, como infecção da ferida operatória e abscesso intra-abdominal, ainda representam uma morbidade significativa. Em contrapartida, essa intervenção cirúrgica independente da técnica empregada (cirurgia laparoscópica ou aberta) desencadeia riscos de Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC), do trato urinário, abscesso intra-abdominal e internação prolongada elevando o custo hospitalar e interferindo de forma negativa na qualidade de vida do paciente. Metodologia: No presente estudo, a biblioteca utilizada para busca será: a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através das bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e o PubMed. Considerou-se critérios de inclusão: artigos científicos em inglês, português e espanhol publicados nos últimos 6 anos. Publicações que corroborem com o objetivo e tema central do estudo. Resultados: A alteração dos níveis de infecção do Sítio Cirúrgico está relacionada a alguns fatores analisados, como sexo, idade e estado de saúde do paciente, renda do país onde a cirurgia foi realizada, morfologia do órgão e procedimento cirúrgico realizado. É importante levar em consideração o tempo decorrido do início do quadro e o momento da operação. A incidência de complicações pós-operatórias varia de 3,0 a 28,7%. As complicações incluem obstrução do intestino delgado (0–1,9%), infecção de sítio cirúrgico (1,2–12,0%), abscesso intra-abdominal (1,6–8%), vazamento do coto e apendicite do coto. A literatura sugere uma taxa mais elevada de complicações na apendicite complicada. Conclusão: Apesar da apendicite aguda se tratar de doença com tratamento cirúrgico considerado simples, pode se observar que pacientes submetidos à apendicectomia tem maiores chances de desenvolver sepse do que pacientes não submetidos a esse procedimento. Contudo, estratégias para diminuir as taxas de infecções pós-apendicectomia podem ser feitas como a realização de cirurgia de forma laparoscópica, realização da antibioticoprofilaxia adequada, correta higiene das mãos e preparo do paciente antes da cirurgia.
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