Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kumaira Fonseca, Mariana
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Cunha, Carlos Eduardo Bastian da, Rodrigues, Eduardo Zanotta, Breigeiron, Ricardo, Nácul, Miguel Prestes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Clinical and Biomedical Research
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/109022
Resumo: Introdução: A apendicectomia é o tratamento de escolha da apendicite aguda. Embora a preferência pelas técnicas minimamente invasivas seja tendência mundial, a cirurgia aberta ainda é realidade na maioria dos hospitais públicos. O índice de complicações pós-operatórias varia de acordo com a técnica cirúrgica empregada. O presente estudo objetiva comparar a incidência de complicações pós-operatórias entre a apendicectomia aberta e laparoscópica.Métodos: Coorte retrospectiva incluindo pacientes submetidos à apendicectomia no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre entre novembro de 2015 a novembro de 2019. Foram avaliados dados demográficos, tempo de evolução dos sintomas, técnica cirúrgica, achados transoperatórios, necessidade de drenos ou ostomias, tempo cirúrgico, tempo de internação, experiência do cirurgião e desfechos.Resultados: Foram incluídos 358 pacientes, com idade de 32 ± 13,8 anos, e predomínio do sexo masculino (58,9%); 58,1% foram submetidos a cirurgia aberta, 41,9% a laparoscopia e 8% necessitaram conversão. As apendicites foram classificadas como complicadas em um terço dos casos. O tempo cirúrgico foi menor na cirurgia aberta (79,3 ± 38,8 vs. 104 ± 35,2 minutos; p<0,001). O índice de complicações pós-operatórias foi de 21,2%, sendo significativamente maior na técnica aberta (26,4% vs.13%; p=0,003). O tempo de internação, a necessidade de reintervenção e mortalidade não apresentaram diferença entre as técnicas. Conclusões: Embora a apendicectomia aberta seja um procedimento seguro, com bons resultados e baixa morbimortalidade, a laparoscopia oferece potenciais vantagens em termos de evolução pós-operatória, inclusive em casos complicados. Deve ser indicada rotineiramente havendo disponibilidade de material e capacitação da equipe cirúrgica.
id UFRGS-20_5b9eaa35c93e37371ea86085b06e5e40
oai_identifier_str oai:seer.ufrgs.br:article/109022
network_acronym_str UFRGS-20
network_name_str Clinical and Biomedical Research
repository_id_str
spelling Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópicaapendiciteapendicectomiacomplicações pós-operatóriasIntrodução: A apendicectomia é o tratamento de escolha da apendicite aguda. Embora a preferência pelas técnicas minimamente invasivas seja tendência mundial, a cirurgia aberta ainda é realidade na maioria dos hospitais públicos. O índice de complicações pós-operatórias varia de acordo com a técnica cirúrgica empregada. O presente estudo objetiva comparar a incidência de complicações pós-operatórias entre a apendicectomia aberta e laparoscópica.Métodos: Coorte retrospectiva incluindo pacientes submetidos à apendicectomia no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre entre novembro de 2015 a novembro de 2019. Foram avaliados dados demográficos, tempo de evolução dos sintomas, técnica cirúrgica, achados transoperatórios, necessidade de drenos ou ostomias, tempo cirúrgico, tempo de internação, experiência do cirurgião e desfechos.Resultados: Foram incluídos 358 pacientes, com idade de 32 ± 13,8 anos, e predomínio do sexo masculino (58,9%); 58,1% foram submetidos a cirurgia aberta, 41,9% a laparoscopia e 8% necessitaram conversão. As apendicites foram classificadas como complicadas em um terço dos casos. O tempo cirúrgico foi menor na cirurgia aberta (79,3 ± 38,8 vs. 104 ± 35,2 minutos; p<0,001). O índice de complicações pós-operatórias foi de 21,2%, sendo significativamente maior na técnica aberta (26,4% vs.13%; p=0,003). O tempo de internação, a necessidade de reintervenção e mortalidade não apresentaram diferença entre as técnicas. Conclusões: Embora a apendicectomia aberta seja um procedimento seguro, com bons resultados e baixa morbimortalidade, a laparoscopia oferece potenciais vantagens em termos de evolução pós-operatória, inclusive em casos complicados. Deve ser indicada rotineiramente havendo disponibilidade de material e capacitação da equipe cirúrgica.HCPA/FAMED/UFRGS2021-12-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer-reviewed ArticleAvaliado por Paresapplication/pdfhttps://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/109022Clinical & Biomedical Research; Vol. 41 No. 4 (2021): Clinical and Biomedical ResearchClinical and Biomedical Research; v. 41 n. 4 (2021): Clinical and Biomedical Research2357-9730reponame:Clinical and Biomedical Researchinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSporhttps://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/109022/pdfCopyright (c) 2021 Clinical and Biomedical Researchinfo:eu-repo/semantics/openAccessKumaira Fonseca, MarianaCunha, Carlos Eduardo Bastian daRodrigues, Eduardo ZanottaBreigeiron, RicardoNácul, Miguel Prestes2024-01-19T14:13:04Zoai:seer.ufrgs.br:article/109022Revistahttps://www.seer.ufrgs.br/index.php/hcpaPUBhttps://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/oai||cbr@hcpa.edu.br2357-97302357-9730opendoar:2024-01-19T14:13:04Clinical and Biomedical Research - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.none.fl_str_mv Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica
title Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica
spellingShingle Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica
Kumaira Fonseca, Mariana
apendicite
apendicectomia
complicações pós-operatórias
title_short Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica
title_full Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica
title_fullStr Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica
title_full_unstemmed Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica
title_sort Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica
author Kumaira Fonseca, Mariana
author_facet Kumaira Fonseca, Mariana
Cunha, Carlos Eduardo Bastian da
Rodrigues, Eduardo Zanotta
Breigeiron, Ricardo
Nácul, Miguel Prestes
author_role author
author2 Cunha, Carlos Eduardo Bastian da
Rodrigues, Eduardo Zanotta
Breigeiron, Ricardo
Nácul, Miguel Prestes
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Kumaira Fonseca, Mariana
Cunha, Carlos Eduardo Bastian da
Rodrigues, Eduardo Zanotta
Breigeiron, Ricardo
Nácul, Miguel Prestes
dc.subject.por.fl_str_mv apendicite
apendicectomia
complicações pós-operatórias
topic apendicite
apendicectomia
complicações pós-operatórias
description Introdução: A apendicectomia é o tratamento de escolha da apendicite aguda. Embora a preferência pelas técnicas minimamente invasivas seja tendência mundial, a cirurgia aberta ainda é realidade na maioria dos hospitais públicos. O índice de complicações pós-operatórias varia de acordo com a técnica cirúrgica empregada. O presente estudo objetiva comparar a incidência de complicações pós-operatórias entre a apendicectomia aberta e laparoscópica.Métodos: Coorte retrospectiva incluindo pacientes submetidos à apendicectomia no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre entre novembro de 2015 a novembro de 2019. Foram avaliados dados demográficos, tempo de evolução dos sintomas, técnica cirúrgica, achados transoperatórios, necessidade de drenos ou ostomias, tempo cirúrgico, tempo de internação, experiência do cirurgião e desfechos.Resultados: Foram incluídos 358 pacientes, com idade de 32 ± 13,8 anos, e predomínio do sexo masculino (58,9%); 58,1% foram submetidos a cirurgia aberta, 41,9% a laparoscopia e 8% necessitaram conversão. As apendicites foram classificadas como complicadas em um terço dos casos. O tempo cirúrgico foi menor na cirurgia aberta (79,3 ± 38,8 vs. 104 ± 35,2 minutos; p<0,001). O índice de complicações pós-operatórias foi de 21,2%, sendo significativamente maior na técnica aberta (26,4% vs.13%; p=0,003). O tempo de internação, a necessidade de reintervenção e mortalidade não apresentaram diferença entre as técnicas. Conclusões: Embora a apendicectomia aberta seja um procedimento seguro, com bons resultados e baixa morbimortalidade, a laparoscopia oferece potenciais vantagens em termos de evolução pós-operatória, inclusive em casos complicados. Deve ser indicada rotineiramente havendo disponibilidade de material e capacitação da equipe cirúrgica.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-12-08
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Peer-reviewed Article
Avaliado por Pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/109022
url https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/109022
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/109022/pdf
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Clinical and Biomedical Research
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Clinical and Biomedical Research
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv HCPA/FAMED/UFRGS
publisher.none.fl_str_mv HCPA/FAMED/UFRGS
dc.source.none.fl_str_mv Clinical & Biomedical Research; Vol. 41 No. 4 (2021): Clinical and Biomedical Research
Clinical and Biomedical Research; v. 41 n. 4 (2021): Clinical and Biomedical Research
2357-9730
reponame:Clinical and Biomedical Research
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Clinical and Biomedical Research
collection Clinical and Biomedical Research
repository.name.fl_str_mv Clinical and Biomedical Research - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv ||cbr@hcpa.edu.br
_version_ 1799767056224092160