Dieta mediterrânea associada a um estilo de vida saudável para prevenção da doença de Alzheimer / Mediterranean diet associated with a healthy lifestyle for prevention of Alzheimer's disease

• Autor(a) principal: Machado, Gabriela Campos Duarte
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Benegas, Ana Letícia Esteves, Diniz, Carolina Marcondes, Paupério, Renata de Souza Machado, Lima, Felipe Ferreira
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46197
• topic: "doença de Alzheimer"; "dieta mediterrânea"; "estilo de vida saudável".

A doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo de caráter comportamental mental que corresponde a 70% dos casos de demência. Essa doença caracteriza-se por gerar uma incapacitação eventual, afetando a memória, o pensamento e a linguagem¹. Hábitos alimentares adequados associados a um estilo de vida saudável mostram-se neuroprotetores devido aos seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, atuando na prevenção de DA². Assim, acredita-se que a Dieta do Mediterrâneo (DM), a qual consiste em uma alimentação rica em legumes, vegetais, frutas, cereais, azeite, moderado consumo de peixes e ovos e baixo consumo de carnes vermelhas, gorduras saturadas e vinhos, é uma alternativa para um envelhecimento saudável, visto que os alimentos citados fornecem um aporte nutricional favorável a uma menor incidência de disfunções cognitivas². Isto posto, estudos evidenciam que, caso medidas preventivas não sejam tomadas, o número de pessoas acometidas por DA irá triplicar até 20503. Objetivo: Evidenciar a eficácia da DM associado ao estilo de vida saudável para a prevenção da DA. Metodologia: Para a coleta de dados, foi realizada uma busca nas fontes PubMed, Scielo e CAPES, utilizando os descritores "Doença de Alzheimer" "Dieta Mediterrânea" e "Estilo de Vida Saudável". Foram eleitos cinco artigos em português, inglês e espanhol, publicados no período de 2017 a 2019. Discussão: A nutrição é capaz de modular o sistema imunológico com potencial de alterar os processos neuroinflamatórios envolvidos na patogênese da DA²,3. Estudos mostram que a DM foi responsável por reduzir citocinas e quimiocinas, com efeitos antiinflamatórios sobre o organismo. Ademais, o papel protetor dos ácidos graxos poliinsaturados, nutrientes presentes na DM, atuam na redução do estresse oxidativo e consequentemente favorecendo a função neuronal4. Concomitantemente, a atividade física regular é capaz de melhorar a oxigenação, aumentar o fluxo sanguíneo e ativar fatores de crescimento, os quais aumentam a densidade capilar cerebral5. Considerações Finais: Embora os mecanismos exatos que conectem a dieta associada a um estilo de vida saudável à função cognitiva ainda sejam inconclusivos, estudos tem mostrado papel positivo na proteção a danos neuronais. Nutrientes como vitaminas C, D e E, vitaminas do complexo B, selênio e ômega 3 têm tido destaque nesse cenário1. Todavia, evidências sustentam os benefícios da DM na DA, e, portanto, devem ser considerados.