Apendicite aguda: análise institucional no manejo peri-operatório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Franzon,Orli
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Piccoli,Maria Claudia, Neves,Thaís Torres, Volpato,Marília Granzotto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202009000200002
Resumo: RACIONAL: Apendicite aguda é a causa mais comum de abdômen agudo, responsável por elevada morbidade. Uma vez que o diagnóstico correto e precoce permanece um desafio, a compreensão de seu manejo peri-operatório é fundamental. OBJETIVO: Descrever o perfil clínico e avaliar o manejo peri-operatório de pacientes adultos submetidos à apendicectomia laparotômica. Métodos - Foram analisados prospectivamente 88 pacientes submetidos à apendicectomia no período de nove meses. Todos os pacientes foram operados por laparotomia, e o tratamento cirúrgico instituído obedeceu ao padrão convencional de ressecção cirúrgica por incisão Davis-Rockey, McBurney ou mediana infra-umbilical. Foi realizada análise descritiva das prevalências segundo idade, sexo, sintomatologia e resultados de exames de imagem. Antibioticoterapia foi realizada com ciprofloxacin + metronidazol ou ampicilina-sulbactam. Os pacientes foram acompanhados durante o período de internação quanto à ocorrência de complicações precoces e tempo de permanência hospitalar. RESULTADOS: Trinta pacientes foram submetidos à ultrassonografia (56,7% mulheres) e cinco à tomografia computadorizada - todos do sexo feminino. O leucograma diferencial foi diretamente relacionado com fases avançadas de apendicite, guardando relação com aumento do número de bastões e segmentados e queda no número de eosinófilos e linfócitos. Sessenta pacientes (67%) fizeram antibioticoterapia e 38,33% deles tiveram perfuração apendicular. Complicações ocorreram em 23,8% dos casos, sendo que 11,4% relacionadas à infecção de ferida operatória em maior proporção relacionadas às fases avançadas de apendicite. CONCLUSÃO: Quanto maior a porcentagem de formas jovens na contagem leucocitária, mais avançada está a fase do processo inflamatório apendicular. As mulheres utilizam a ultrassonografia abdominal para esclarecimento diagnóstico em maior número do que os homens. Quanto mais avançado o estágio de evolução da apendicite, maior a prevalência de complicações.
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