OBVIEDADES NÃO ÓBVIAS DA EDUCAÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO, O QUE SE DIZ; NÃO SE DIZ; É PROIBIDO DIZER; É FALSO DIZER. E O QUE SE DEVERIA DIZER
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Estudos Interdisciplinares |
Texto Completo: | https://revistas.ceeinter.com.br/revistadeestudosinterdisciplinar/article/view/56 |
Resumo: | Educação é terreno minado, porque é permeado por dinâmicas de poder. Sua importância não está nos sussurros sublimes de cunho formativo, na ética obsequiosa da pedagogia, no compromisso com a aprendizagem dos estudantes; isto existe, mas tende a ser da rodem dos enfeites. Sua importância está em sua politicidade, a capacidade que abriga de se alinhar ou se desalinhar do poder dominante. O exercício da educação implica, no educador, uma relação de poder de cima, também hierárquica natural ou usurpada, e, no educando, a contramão da mesma clivagem. No educador, pode ocorrer a pretensão de manietar o educando; neste pode ocorrer uma conquista emancipatória, até mesmo à revelia do educador. Leve-se em conta ainda que, tratandose de dinâmicas da vida, são ambíguas, complexas, em grande parte imprevisíveis, sempre incompletas (DEACON, 2012). Tem aluno que aprende apesar do professor e professor que se desempenha bem apesar do aluno. Tudo isso é possível, porque a relação não é causal mecânica como regra: educação não se causa, se media. Mediação facilmente é um imbróglio político intenso, porque nenhum controle é linearmente efetivo. Ademais, educação é indústria global pesadíssima (VERGER et alii, 2016; WORLD BANK, 2018; KLEES, 2017; NARAYAN; WEIDE, 2018), também porque é típico “investimento”, computado em competitividade e produtividade, movimentando grandes instituições, orçamentos cada vez mais significativos, focado em “capital humano” (RINDERMANN, 2018), considerado o “capital” mais decisivo para ocupar a liderança mundial e turbinar o progresso econômico etecnológico (LEE, 2018; DUDERSTADT, 2003). A ideia de considerar o acesso universitário como direito fundamental também espraia a corrida por educação superior exponencialmente mais. A noção de aprender a aprender ou de formação permanente implica esticar o processo a vida toda, o que, de um lado, apenas reconhece a dinâmica evolucionária natural aberta de autoformação infinda, e, doutro, turbina o “negócio” da educação. Esta mistura de “negócio” e “direito” envenenasua politicidade. |
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Interdisciplinary Studies Journal; Vol. 2 No. 4 (2020): Revista de Estudos Interdisciplinares- CEEINTER Revista de Estudios Interdisciplinarios; Vol. 2 Núm. 4 (2020): Revista de Estudos Interdisciplinares- CEEINTER Revista de Estudos Interdisciplinares ; v. 2 n. 4 (2020): Revista de Estudos Interdisciplinares- CEEINTER 2674-8703 reponame:Revista de Estudos Interdisciplinares instname:Centro de Estudos Interdisciplinares - CEEINTER instacron:CEEINTER |
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