O articulatório e o fonológico na clínica da linguagem: da teoria á prática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana,Ana Paula
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Machado,Maria Letícia Cautela de Almeida, Bianchi,Kátia Simone da Rosa, Freitas,Margareth de Souza, Marques,Jair Mendes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista CEFAC (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462010000200004
Resumo: OBJETIVO: investigar como os fonoaudiólogos, na prática clínica, têm utilizado as terminologias referentes às alterações fonéticas e/ou fonológicas, assim como discutir as bases teóricas que têm fundamentado as mudanças de nomenclatura. MÉTODOS: foi realizada uma pesquisa exploratória com 60 fonoaudiólogos a fim de coletar dados por meio de respostas às perguntas: Você faz diferença entre Dislalia, Distúrbio Articulatório e Desvio Fonológico? Se sim, qual a diferença? Os dados foram analisados descritivamente através de distribuições percentuais. Foram aplicados testes de significância para a diferença de proporções, utilizando-se o nível de significância de 5%. A análise qualitativa, feita a partir de uma perspectiva discursiva, promoveu a discussão das relações entre Fonética e Fonologia e suas implicações para as alterações fonético-fonológicas. RESULTADOS: quase metade dos fonoaudiólogos entrevistados (45%) assegurou não diferenciar as terminologias utilizadas para designar as alterações fonético-fonológicas ou não saber explicá-las. Os sujeitos que afirmaram diferenciar os três termos, de forma geral, forneceram explicações evasivas ou pouco coerentes para as terminologias. Tais resultados denunciam que a maioria dos sujeitos dessa pesquisa, em suas práticas fonoaudiológicas, apenas reproduz terminologias comumente utilizadas sem um saber mais aprofundado sobre o tema, refletindo o fosso ainda existente entre a teorização linguística e a prática clínica. Esta geralmente tem sido realizada à margem daquela. CONCLUSÃO: evidencia-se, com isso, que, embora muito já se tenha construído em termos de conhecimento científico, na prática, parte dos fonoaudiólogos ainda mantém o caráter tecnicista que fez parte da história da Fonoaudiologia.
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