Consciência metalinguística e a representação da nasalização na escrita do Português Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira,Fernanda
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Correa,Jane
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista CEFAC (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462010000100006
Resumo: OBJETIVO: examinar a representação da nasalização por crianças na escrita e a influência de habilidades metalinguísticas nesta representação. MÉTODOS: crianças com escolaridade entre o 2º e 5º anos do ensino fundamental realizaram tarefas para avaliação de suas habilidades de análise fonológica (aliteração, subtração e manipulação de fonemas), de consciência morfológica e ditados de palavras que visavam respectivamente a avaliação do conhecimento ortográfico e particularmente o domínio de diferentes contextos e marcadores da nasalização. RESULTADOS: a representação da nasalização para a criança é feita com relativa facilidade para a vogal nasalizada por "n" antes de consoante como pelo ditongo nasal "ão" em substantivos. Porém, os contextos de ocorrência da nasalização que se referem tanto a regularidades de posição como a regularidades de natureza morfossintática apresentam dificuldade para as crianças dos anos iniciais do ensino fundamental, tornando-se relativamente mais fáceis com o progresso na escolaridade. A consciência fonológica e a consciência morfológica correlacionam-se positiva e significativamente com a marcação da nasalização. No entanto, controlada a escolaridade, apenas as tarefas de subtração e manipulação de fonemas contribuem significativamente para a representação da nasalização. CONCLUSÃO: a criança não dá um tratamento uniforme para a nasalização, entendendo que existem marcadores diferentes para os sons nasais e que estes são diferenciados segundo sua posição na palavra, embora não os usem todos de forma convencional. Diferentemente da consciência fonológica, a consciência morfológica não teve uma contribuição independente da escolaridade para a representação da nasalização.
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