Sujeito e pós-modernidade: reflexão sobre o relacionamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Maria Clara Ferreira
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do UniCEUB
Texto Completo: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/123456789/2871
Resumo: O presente trabalho pretende estabelecer reflexões sobre a relação dialética entre a subjetividade social e a subjetividade individual no sujeito pós-moderno e em seus relacionamentos interpessoais, observando como as novas configurações sociais tomam forma no sujeito e podem favorecer os processos de saúde ou patologia no contexto da pósmodernidade. Para tanto se utiliza principalmente o enfoque da teoria da subjetividade de González Rey, a qual proporciona uma visão mais abrangente sobre o tema. Primeiramente é abordada a pós-modernidade e suas características, destacando-se a condição de incerteza, a vastidão de possibilidades e o individualismo acentuado, bem como o exacerbamento do consumo e a priorização da performance e das aparências em detrimento do “ser”. Em seguida trata-se das novas configurações sociais, principalmente das transformações nas instituições como o Estado, a família e a Igreja, e da repercussão destas na identidade do sujeito, a qual é concebida como única, heterogênea e passível de mudanças. Em segundo lugar, aborda-se o trabalho considerando-o um dos principais espaços sociais pós-modernos pelo tempo a ele dedicado e por suas características proporcionadoras do consumo e de reconhecimento social. Posteriormente são tecidas considerações acerca dos relacionamentos interpessoais na pósmodernidade, os quais envolvem as relações amorosas, a amizade e a família, observando-se que, a despeito da literatura freqüentemente enfatizar a superficialidade das relações e sua mercantilização, os relacionamentos interpessoais continuam se estabelecendo, contudo, entre pequenos grupos que compartilham os mesmo espaços sociais. Por fim discute-se a plurideterminação dos processos de saúde e doença, focando-se seu aspecto social, o qual foi durante muito tempo negligenciado por um modelo biomédico. Nessa perspectiva aborda-se a questão da depressão na contemporaneidade e sua relação com a subjetividade social, a qual enfatiza a responsabilização do sujeito e o imperativo de liberdade, favorecendo a construção de sentidos subjetivos de insuficiência e fracasso. Ao final sugerem-se alguns fatores que podem possibilitar o desenvolvimento da saúde, buscando-se abranger aspectos mais amplos como o Estado, a família, a escola, o trabalho, a rede social e a religião, quanto aspectos mais focados no sujeito como sua posição ativa, a personalidade e o modo de vida.
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