A impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva: uma análise à luz das situações concretas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Bárbara Carvalho
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do UniCEUB
Texto Completo: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/14847
Resumo: Este trabalho tem como propósitos fazer a análise e o estudo no direito de família da impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva, buscando compreender como o ordenamento jurídico brasileiro aborda a questão, e a partir das ponderações dos princípios constitucionais e das normas infraconstitucionais chegar à conclusão de que a ruptura de tal relação com seu consequente cancelamento do registro não pode em regra ser efetuado, pois representaria uma afronta aos direitos do filho causando prejuízos imensuráveis para o seu desenvolvimento e sua dignidade. A pesquisa analisou a argumentação da legislação, doutrina e jurisprudência. Basicamente, a legislação não tem norma expressa sobre o assunto. Mas, os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da proteção da família sustenta o não cancelamento de registro de paternidade baseado na parentalidade afetiva. A doutrina coloca a afetividade como fato gerador de paternidade e consequente negação de alteração de registro, quando a paternidade já se consolidou no plano afetivo. A jurisprudência em igual tom tem se manifestado nessa linha de se manter a paternidade já consolidada no mudo dos fatos e por consequência também na seara jurídica. A despeito da pesquisa ter verificado existir alguns casos excepcionais que fundamentam a justificativa do cancelamento do registro por conta da ocorrência de vício de consentimento, mesmo no caso do vínculo socioafetivo já ter se construído, o entendimento majoritário é da não possibilidade de desconstituição da paternidade socioafetiva.
id CEUB_742eece5cfa4e9865280b3c5bf48804f
oai_identifier_str oai:repositorio.uniceub.br:prefix/14847
network_acronym_str CEUB
network_name_str Repositório Institucional do UniCEUB
repository_id_str 2361
spelling Martins, Bárbara Carvalho2021-03-23T15:27:44Z2021-03-23T15:27:44Z2020-09-302021-01-19https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/14847Ribeiro, Júlio César LériasEste trabalho tem como propósitos fazer a análise e o estudo no direito de família da impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva, buscando compreender como o ordenamento jurídico brasileiro aborda a questão, e a partir das ponderações dos princípios constitucionais e das normas infraconstitucionais chegar à conclusão de que a ruptura de tal relação com seu consequente cancelamento do registro não pode em regra ser efetuado, pois representaria uma afronta aos direitos do filho causando prejuízos imensuráveis para o seu desenvolvimento e sua dignidade. A pesquisa analisou a argumentação da legislação, doutrina e jurisprudência. Basicamente, a legislação não tem norma expressa sobre o assunto. Mas, os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da proteção da família sustenta o não cancelamento de registro de paternidade baseado na parentalidade afetiva. A doutrina coloca a afetividade como fato gerador de paternidade e consequente negação de alteração de registro, quando a paternidade já se consolidou no plano afetivo. A jurisprudência em igual tom tem se manifestado nessa linha de se manter a paternidade já consolidada no mudo dos fatos e por consequência também na seara jurídica. A despeito da pesquisa ter verificado existir alguns casos excepcionais que fundamentam a justificativa do cancelamento do registro por conta da ocorrência de vício de consentimento, mesmo no caso do vínculo socioafetivo já ter se construído, o entendimento majoritário é da não possibilidade de desconstituição da paternidade socioafetiva.Submitted by denison pereira (denison.rolim@uniceub.br) on 2021-01-19T18:51:50Z No. of bitstreams: 1 Barbara Martins 21600346.pdf: 909238 bytes, checksum: ccd99505e2f19ef6b305fb651c8f1870 (MD5)Approved for entry into archive by Fernanda Weschenfelder (fernanda.weschenfelder@uniceub.br) on 2021-03-23T15:27:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Barbara Martins 21600346.pdf: 909238 bytes, checksum: ccd99505e2f19ef6b305fb651c8f1870 (MD5)Made available in DSpace on 2021-03-23T15:27:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Barbara Martins 21600346.pdf: 909238 bytes, checksum: ccd99505e2f19ef6b305fb651c8f1870 (MD5) Previous issue date: 2021-01-19CivilFamíliaPaternidade SocioafetivaCancelamento do registro de paternidadeImpossibilidadeFamíliaA impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva: uma análise à luz das situações concretasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniCEUBporreponame:Repositório Institucional do UniCEUBinstname:Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB)instacron:UNICEUBinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALBarbara Martins 21600346.pdfBarbara Martins 21600346.pdfapplication/pdf909238https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/14847/1/Barbara%20Martins%2021600346.pdfccd99505e2f19ef6b305fb651c8f1870MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/14847/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52TEXTBarbara Martins 21600346.pdf.txtBarbara Martins 21600346.pdf.txtExtracted texttext/plain167607https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/14847/3/Barbara%20Martins%2021600346.pdf.txt35a1ab21592c81253a01541bc763af88MD53prefix/148472021-03-24 13:03:42.857oai:repositorio.uniceub.br:prefix/14847TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPRIhttps://repositorio.uniceub.br/oai/requestopendoar:23612021-03-24T13:03:42Repositório Institucional do UniCEUB - Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva: uma análise à luz das situações concretas
title A impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva: uma análise à luz das situações concretas
spellingShingle A impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva: uma análise à luz das situações concretas
Martins, Bárbara Carvalho
Civil
Família
Paternidade Socioafetiva
Cancelamento do registro de paternidade
Impossibilidade
Família
title_short A impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva: uma análise à luz das situações concretas
title_full A impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva: uma análise à luz das situações concretas
title_fullStr A impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva: uma análise à luz das situações concretas
title_full_unstemmed A impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva: uma análise à luz das situações concretas
title_sort A impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva: uma análise à luz das situações concretas
author Martins, Bárbara Carvalho
author_facet Martins, Bárbara Carvalho
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins, Bárbara Carvalho
dc.subject.por.fl_str_mv Civil
Família
Paternidade Socioafetiva
Cancelamento do registro de paternidade
Impossibilidade
Família
topic Civil
Família
Paternidade Socioafetiva
Cancelamento do registro de paternidade
Impossibilidade
Família
description Este trabalho tem como propósitos fazer a análise e o estudo no direito de família da impossibilidade jurídica do cancelamento do registro de paternidade socioafetiva, buscando compreender como o ordenamento jurídico brasileiro aborda a questão, e a partir das ponderações dos princípios constitucionais e das normas infraconstitucionais chegar à conclusão de que a ruptura de tal relação com seu consequente cancelamento do registro não pode em regra ser efetuado, pois representaria uma afronta aos direitos do filho causando prejuízos imensuráveis para o seu desenvolvimento e sua dignidade. A pesquisa analisou a argumentação da legislação, doutrina e jurisprudência. Basicamente, a legislação não tem norma expressa sobre o assunto. Mas, os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da proteção da família sustenta o não cancelamento de registro de paternidade baseado na parentalidade afetiva. A doutrina coloca a afetividade como fato gerador de paternidade e consequente negação de alteração de registro, quando a paternidade já se consolidou no plano afetivo. A jurisprudência em igual tom tem se manifestado nessa linha de se manter a paternidade já consolidada no mudo dos fatos e por consequência também na seara jurídica. A despeito da pesquisa ter verificado existir alguns casos excepcionais que fundamentam a justificativa do cancelamento do registro por conta da ocorrência de vício de consentimento, mesmo no caso do vínculo socioafetivo já ter se construído, o entendimento majoritário é da não possibilidade de desconstituição da paternidade socioafetiva.
publishDate 2020
dc.date.criacao.none.fl_str_mv 2021-01-19
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-09-30
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-03-23T15:27:44Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-03-23T15:27:44Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/14847
dc.identifier.orientador.pt_BR.fl_str_mv Ribeiro, Júlio César Lérias
url https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/14847
identifier_str_mv Ribeiro, Júlio César Lérias
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv UniCEUB
publisher.none.fl_str_mv UniCEUB
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do UniCEUB
instname:Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB)
instacron:UNICEUB
instname_str Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB)
instacron_str UNICEUB
institution UNICEUB
reponame_str Repositório Institucional do UniCEUB
collection Repositório Institucional do UniCEUB
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/14847/1/Barbara%20Martins%2021600346.pdf
https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/14847/2/license.txt
https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/14847/3/Barbara%20Martins%2021600346.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv ccd99505e2f19ef6b305fb651c8f1870
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
35a1ab21592c81253a01541bc763af88
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do UniCEUB - Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1809903932208578560