Legislação de proteção animal para fins científicos e a não inclusão dos invertebrados - análise bioética

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Elna Mugrabi
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Goldim,José Roberto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Bioética (online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422014000100006
Resumo: A legislação que regulamenta o uso de animais para fins científicos nos países ocidentais segue princípios semelhantes, diferindo apenas em complexidade e extensão. Em geral, a lei protege apenas os vertebrados por considerá-los dotados da capacidade de ter experiências subjetivas como dor e sofrimento. Estudos utilizando parâmetros fisiológicos, neuroanatômicos e comportamentais evidenciam a senciência em invertebrados como cefalópodes e decápodes, dando-lhes o direito de proteção legal em alguns países. Sugerimos uma abordagem de senciência com requisitos elementares, não restritos apenas aos vertebrados. Fatores socioeconômicos e o especismo parecem influenciar a não atribuição de senciência aos invertebrados. Portanto, fica evidente a necessidade de uma análise bioética para fundamentar a inclusão desses animais na legislação. O "benefício da dúvida" é corroborado pelos argumentos da "continuidade evolutiva" e do "princípio da precaução". Nesse ínterim sugerimos que a utilização dos invertebrados para fins científicos seja criteriosa e responsável.
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