Análise da expressão heteróloga da enzima MutT na resistência a drogas e defesa contra o estresse oxidativo em Leishmania braziliensis e Leishmania infantum

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Laila de Carvalho
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35388
Resumo: O estresse oxidativo é o grande responsável por gerar danos ao DNA uma vez que a ação de oxidantes produz lesões que podem ser deletérias para célula. A 8-oxoguanina (8-oxoG) é a lesão mais comumente encontrada no DNA, devido à guanina (seu precursor) ser a base nitrogenada que mais sofre oxidação, por causa do seu baixo potencial redox, que facilita essa ação. Quando a 8-oxoG não é reparada ela pode se ligar a adenina, formando um tipo de transversão G:C para T:A. Quando o DNA é replicado ocorre incorporação dessa base gerando quebras de duplas-fitas de DNA e causando morte celular. Por esse fato, a 8-oxoG é utilizada como biomarcador celular de estresse oxidativo. Nas bactérias a enzima MutT é responsável pelo reparo dessa base oxidada. Essa enzima é capaz de prevenir a incorporação de 8-oxoG no DNA, hidrolisando essa base no pool de nucleotídeos, impedindo que ela seja incorporada no DNA no momento de replicação. No banco de dados TriTrypDB o gene da MutT foi anotado em algumas espécies de Leishmania, mas ainda não existem estudos de caracterização desse gene. Para investigar o papel do gene mutT em Leishmania, nesse estudo fizemos a análise da expressão heteróloga da enzima MutT na resistência a drogas e defesa contra o estresse oxidativo em L. braziliensis e L. infantum. O gene mutT de E. coli foi clonado no vetor pGEM-T easy e sequenciado para comprovar a correta sequência nucleotídica. Após subclonagem no vetor específico para expressão gênica em Leishmania, pIR1-BSD, a construção pIR1-BSD-MutT foi transfectada em L. braziliensis e L. infantum. Os parasitos foram plaqueados em meio semissólido contendo Blasticidina (BSD). A análise de PCR mostrou que as colônias que cresceram na presença de blasticidina foram positivas para o marcador BSD. A análise de RT-PCR com iniciadores específicos para os genes mutT e DNA polimerase (gene constitutivo) mostrou a presença do gene mutT em todos os clones analisados. Dois clones de cada espécie foram utilizados para análise fenotípica. Análises de susceptibilidade destes parasitos ao antimônio trivalente (SbIII) mostraram que a superexpressão do gene mutT em ambas espécies de Leishmania não alterou o fenótipo de resistência a esse composto. Analisamos também a defesa desses parasitos contra o estresse oxidativo gerado pelo H2O2. Os resultados mostraram que L. infantum é mais resistente ao H2O2 do que L. braziliensis. Além disto, observamos que as formas promastigotas de L. braziliensis superexpressoras do gene mutT de E. coli foram mais resistentes ao tratamento com H2O2 quando comparadas com os parasitos não transfectados. Entretanto em L. infantum, a MutT parece não estar envolvida na proteção contra o estresse oxidativo gerado pelo H2O2. Análise do ciclo celular mostrou que L. braziliensis após o tratamento com H2O2 permanece por mais tempo na fase subG1, apresentando portanto demora para retornar o seu ritmo normal de crescimento. Por outro lado, L. infantum apresentou um perfil clássico de ciclo celular e os parasitos após o tratamento com H2O2 retomam o seu crescimento normal. Provavelmente esse resultado é devido à menor incorporação de 8-oxoG pela L. infantum comparado com L. braziliensis gerando assim menor número de quebras de fitas-duplas no DNA. Posteriormente investigamos a influência do estresse oxidativo gerado pelo H2O2 no perfil cromossomal dos parasitos superexpressores de MutT utilizando a metodologia de PFGE. O perfil das bandas cromossomais na presença e ausência de estresse foram similares entre os parasitos parentais e os superexpressores de MutT. Concluindo, nossos resultados indicam que a enzima MutT em L. braziliensis é importante para a defesa contra o estresse oxidativo gerado pelo peróxido de hidrogênio.
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spelling Andrade, Laila de CarvalhoMachado, Carlos RenatoMurta, Silvane Maria FonsecaMachado, Carlos RenatoGarcia, Camila Carrião MachadoPereira, Rosiane Aparecida da SilvaMurta, Silvane Maria Fonseca2019-09-06T19:43:55Z2019-09-06T19:43:55Z2016ANDRADE, Laila de Carvalho. Análise da expressão heteróloga da enzima MutT na resistência a drogas e defesa contra o estresse oxidativo em Leishmania braziliensis e Leishmania infantum. Belo Horizonte. 2016. 55 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Instituto René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2016.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35388O estresse oxidativo é o grande responsável por gerar danos ao DNA uma vez que a ação de oxidantes produz lesões que podem ser deletérias para célula. A 8-oxoguanina (8-oxoG) é a lesão mais comumente encontrada no DNA, devido à guanina (seu precursor) ser a base nitrogenada que mais sofre oxidação, por causa do seu baixo potencial redox, que facilita essa ação. Quando a 8-oxoG não é reparada ela pode se ligar a adenina, formando um tipo de transversão G:C para T:A. Quando o DNA é replicado ocorre incorporação dessa base gerando quebras de duplas-fitas de DNA e causando morte celular. Por esse fato, a 8-oxoG é utilizada como biomarcador celular de estresse oxidativo. Nas bactérias a enzima MutT é responsável pelo reparo dessa base oxidada. Essa enzima é capaz de prevenir a incorporação de 8-oxoG no DNA, hidrolisando essa base no pool de nucleotídeos, impedindo que ela seja incorporada no DNA no momento de replicação. No banco de dados TriTrypDB o gene da MutT foi anotado em algumas espécies de Leishmania, mas ainda não existem estudos de caracterização desse gene. Para investigar o papel do gene mutT em Leishmania, nesse estudo fizemos a análise da expressão heteróloga da enzima MutT na resistência a drogas e defesa contra o estresse oxidativo em L. braziliensis e L. infantum. O gene mutT de E. coli foi clonado no vetor pGEM-T easy e sequenciado para comprovar a correta sequência nucleotídica. Após subclonagem no vetor específico para expressão gênica em Leishmania, pIR1-BSD, a construção pIR1-BSD-MutT foi transfectada em L. braziliensis e L. infantum. Os parasitos foram plaqueados em meio semissólido contendo Blasticidina (BSD). A análise de PCR mostrou que as colônias que cresceram na presença de blasticidina foram positivas para o marcador BSD. A análise de RT-PCR com iniciadores específicos para os genes mutT e DNA polimerase (gene constitutivo) mostrou a presença do gene mutT em todos os clones analisados. Dois clones de cada espécie foram utilizados para análise fenotípica. Análises de susceptibilidade destes parasitos ao antimônio trivalente (SbIII) mostraram que a superexpressão do gene mutT em ambas espécies de Leishmania não alterou o fenótipo de resistência a esse composto. Analisamos também a defesa desses parasitos contra o estresse oxidativo gerado pelo H2O2. Os resultados mostraram que L. infantum é mais resistente ao H2O2 do que L. braziliensis. Além disto, observamos que as formas promastigotas de L. braziliensis superexpressoras do gene mutT de E. coli foram mais resistentes ao tratamento com H2O2 quando comparadas com os parasitos não transfectados. Entretanto em L. infantum, a MutT parece não estar envolvida na proteção contra o estresse oxidativo gerado pelo H2O2. Análise do ciclo celular mostrou que L. braziliensis após o tratamento com H2O2 permanece por mais tempo na fase subG1, apresentando portanto demora para retornar o seu ritmo normal de crescimento. Por outro lado, L. infantum apresentou um perfil clássico de ciclo celular e os parasitos após o tratamento com H2O2 retomam o seu crescimento normal. Provavelmente esse resultado é devido à menor incorporação de 8-oxoG pela L. infantum comparado com L. braziliensis gerando assim menor número de quebras de fitas-duplas no DNA. Posteriormente investigamos a influência do estresse oxidativo gerado pelo H2O2 no perfil cromossomal dos parasitos superexpressores de MutT utilizando a metodologia de PFGE. O perfil das bandas cromossomais na presença e ausência de estresse foram similares entre os parasitos parentais e os superexpressores de MutT. Concluindo, nossos resultados indicam que a enzima MutT em L. braziliensis é importante para a defesa contra o estresse oxidativo gerado pelo peróxido de hidrogênio.Oxidative stress is responsible for generating DNA damage since that the oxidizing action produces lesions that may be deleterious to cell. The 8-oxoguanine (8-oxoG) is the lesion most commonly found in DNA damage due to guanine (its precursor) be a nitrogenous base that most suffers oxidation, due to its low potential redox, which facilitates this action. When the 8-oxoG is not repaired it can bind to adenine, forming a type of transversion G:C to T:A. When DNA is replicated this base is incorporated generating double-strand DNA breaks and cellular death. Then, the 8-oxoG is used as a cellular biomarker of oxidative stress. Bacteria have the MutT enzyme that hydrolyzes this oxidized base. This enzyme hydrolyzes the 8-oxoG base in the nucleotide pool, preventing its incorporation during DNA replication. In the TriTrypDB database the mutT gene has been described in some Leishmania species, but no characterization studies of this gene was performed yet. In order to investigate the role of mutT gene in Leishmania, in this study we analyzed the heterologous expression of MutT enzyme in drug-resistance phenotype and defense against oxidative stress in L. braziliensis and L. infantum. The mutT gene from E. coli was cloned into pGEM vector and sequenced to confirm the correct nucleotide sequence. After subcloning this gene into pIR1-BSD vector, the pIR1-BSD-mutT construct was transfected into L. braziliensis and L. infantum. The parasites were plated on semi-solid medium containing Blasticidin (BSD). PCR analysis showed that colonies grown in the presence of blasticidin were positive for selectable marker BSD. RT-PCR analysis using specific primers for mutT and DNA polymerase genes (constitutive gene) showed the presence of mutT gene in all clones analyzed. Two clones of each species were used for phenotypic analysis. Susceptibility analysis of these parasites to trivalent antimony (SbIII) showed that MutT-overexpressors parasites from both Leishmania species did not change the SbIII-susceptibility phenotype. We also analyzed the defense of parasites against oxidative stress generated by hydrogen peroxide (H2O2). The results showed that L. infantum is more resistant to H2O2 than L. braziliensis. In addition, we observed that L. braziliensis MutT-overexpressors clones were more resistant to H2O2 treatment than its parental non-transfected parasites. However in L. infantum, the MutT is not involved in protection against oxidative stress generated by H2O2. Cell cycle analysis showed that L. braziliensis after treatment with H2O2 remains in subG1 phase, taking longer time to return to its normal growth rate. In contrast, L. infantum showed a classical cell cycle profile and parasites after treatment with H2O2 return to their normal growth. Probably these results are due to 8-oxoG lower incorporation by L. infantum compared with L. braziliensis thus generating few number of double-strand DNA breaks. Subsequently we investigated the influence of oxidative stress generated by H2O2 in chromosomal profile of MutT-overexpressors parasites using the PFGE methodology. The profile of chromosomal bands in the presence and absence of stress were similar between parental and MutT-overexpressors parasites. In conclusion, our results showed that the MutT enzyme in L. braziliensis is important in the defense against oxidative stress generated by hydrogen peroxide.CNPq – Projeto PROEP e Universal, FAPEMIG – Projeto PPM, CPqRR.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porLeishmania braziliensisLeishmania infantumMutTReparo de DNA8-oxoGEstresse oxidativoLeishmania braziliensisLeishmania infantumMutTDNA repair8-oxoGOxidative stressLeishmanioses/EnzimologiaLeishmania braziliensis/Efeitos de drogasLeishmania infantum /Efeitos de drogasAnálise da expressão heteróloga da enzima MutT na resistência a drogas e defesa contra o estresse oxidativo em Leishmania braziliensis e Leishmania infantuminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2016Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, BrasilUniversidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, BrasilMestrado AcadêmicoBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde do Centro de Pesquisas René Rachou. Área de concentração: Saúde Coletiva. Sub- área: Biologia Celular e Molecularinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35388/1/license.txt9193a7c197bc67acd023525e72a03240MD51ORIGINALD-2016_LailaCarvalhoAndrade.pdfD-2016_LailaCarvalhoAndrade.pdfapplication/pdf3006669https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35388/2/D-2016_LailaCarvalhoAndrade.pdf838a9e35695c5551064b5de4a2356ec4MD52TEXTD-2016_LailaCarvalhoAndrade.pdf.txtD-2016_LailaCarvalhoAndrade.pdf.txtExtracted texttext/plain128880https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35388/3/D-2016_LailaCarvalhoAndrade.pdf.txt0e700ab4ee8d27d90eaaba148e8c7933MD53icict/353882019-09-09 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Leishmania braziliensis/Efeitos de drogas
Leishmania infantum /Efeitos de drogas
description O estresse oxidativo é o grande responsável por gerar danos ao DNA uma vez que a ação de oxidantes produz lesões que podem ser deletérias para célula. A 8-oxoguanina (8-oxoG) é a lesão mais comumente encontrada no DNA, devido à guanina (seu precursor) ser a base nitrogenada que mais sofre oxidação, por causa do seu baixo potencial redox, que facilita essa ação. Quando a 8-oxoG não é reparada ela pode se ligar a adenina, formando um tipo de transversão G:C para T:A. Quando o DNA é replicado ocorre incorporação dessa base gerando quebras de duplas-fitas de DNA e causando morte celular. Por esse fato, a 8-oxoG é utilizada como biomarcador celular de estresse oxidativo. Nas bactérias a enzima MutT é responsável pelo reparo dessa base oxidada. Essa enzima é capaz de prevenir a incorporação de 8-oxoG no DNA, hidrolisando essa base no pool de nucleotídeos, impedindo que ela seja incorporada no DNA no momento de replicação. No banco de dados TriTrypDB o gene da MutT foi anotado em algumas espécies de Leishmania, mas ainda não existem estudos de caracterização desse gene. Para investigar o papel do gene mutT em Leishmania, nesse estudo fizemos a análise da expressão heteróloga da enzima MutT na resistência a drogas e defesa contra o estresse oxidativo em L. braziliensis e L. infantum. O gene mutT de E. coli foi clonado no vetor pGEM-T easy e sequenciado para comprovar a correta sequência nucleotídica. Após subclonagem no vetor específico para expressão gênica em Leishmania, pIR1-BSD, a construção pIR1-BSD-MutT foi transfectada em L. braziliensis e L. infantum. Os parasitos foram plaqueados em meio semissólido contendo Blasticidina (BSD). A análise de PCR mostrou que as colônias que cresceram na presença de blasticidina foram positivas para o marcador BSD. A análise de RT-PCR com iniciadores específicos para os genes mutT e DNA polimerase (gene constitutivo) mostrou a presença do gene mutT em todos os clones analisados. Dois clones de cada espécie foram utilizados para análise fenotípica. Análises de susceptibilidade destes parasitos ao antimônio trivalente (SbIII) mostraram que a superexpressão do gene mutT em ambas espécies de Leishmania não alterou o fenótipo de resistência a esse composto. Analisamos também a defesa desses parasitos contra o estresse oxidativo gerado pelo H2O2. Os resultados mostraram que L. infantum é mais resistente ao H2O2 do que L. braziliensis. Além disto, observamos que as formas promastigotas de L. braziliensis superexpressoras do gene mutT de E. coli foram mais resistentes ao tratamento com H2O2 quando comparadas com os parasitos não transfectados. Entretanto em L. infantum, a MutT parece não estar envolvida na proteção contra o estresse oxidativo gerado pelo H2O2. Análise do ciclo celular mostrou que L. braziliensis após o tratamento com H2O2 permanece por mais tempo na fase subG1, apresentando portanto demora para retornar o seu ritmo normal de crescimento. Por outro lado, L. infantum apresentou um perfil clássico de ciclo celular e os parasitos após o tratamento com H2O2 retomam o seu crescimento normal. Provavelmente esse resultado é devido à menor incorporação de 8-oxoG pela L. infantum comparado com L. braziliensis gerando assim menor número de quebras de fitas-duplas no DNA. Posteriormente investigamos a influência do estresse oxidativo gerado pelo H2O2 no perfil cromossomal dos parasitos superexpressores de MutT utilizando a metodologia de PFGE. O perfil das bandas cromossomais na presença e ausência de estresse foram similares entre os parasitos parentais e os superexpressores de MutT. Concluindo, nossos resultados indicam que a enzima MutT em L. braziliensis é importante para a defesa contra o estresse oxidativo gerado pelo peróxido de hidrogênio.
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