Explorando os mecanismos fisiopatológicos da sepse através da análise proteômica de vesículas extracelulares isoladas do plasma de pacientes
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52527 |
Resumo: | A sepse é a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva no Brasil e uma das condições de maior ônus econômico por pacientes hospitalizados. Atualmente a sepse é definida como disfunção orgânica potencialmente fatal, decorrente de uma resposta imune desregulada frente a uma infecção. Sua forma mais grave, o choque séptico, ocorre na presença de profundas anormalidades circulatórias e do metabolismo celular, aumentando o risco de morte. Durante a resposta imune, a sinalização celular é fundamental na coordenação de um desfecho resolutivo. Recentemente, a comunicação intercelular, via secreção e captação de vesículas extracelulares (VEs) pelas células efetoras da resposta imune, passou a ser explorado no contexto da sepse. As VEs são estruturas que contêm biomoléculas, diretamente relacionadas às suas células de origem. Metodologias voltadas para análises globais de biomoléculas, como a proteômica, possibilitam a identificação e interpretação de perfis moleculares associados às condições clínicas, contribuindo na compreensão dos mecanismos fisiopatológicos complexos como a sepse. O presente trabalho, consiste na aplicação da abordagem proteômica shotgun, para análise exploratória de VEs isoladas do plasma de pacientes com sepse e choque séptico, comparados aos de indivíduos saudáveis. Para tal, diferentes métodos de isolamento das VEs foram testados, e demonstramos que a cromatografia de exclusão molecular (SEC do inglês: Size Exclusion Chromatography) é a técnica mais adequada para o isolamento de VEs do plasma, voltado para análise proteômica A quantificação relativa das VEs isoladas por SEC, nas amostras dos grupos experimentais, demonstrou que, apesar da concentração de VEs ser heterogênea, entre amostras do mesmo grupo de análise, as amostras do grupo choque, possuem a média de concentração mais elevada, comparado aos grupos sepse e controle. Porém, o tamanho relativo da maioria das VEs analisadas permaneceu entre 50 e 150 nm, e essa característica foi observada em todos os grupos de análise. Após a análise proteômica das VEs isoladas de amostras de pacientes (sepse + choque séptico) e controles, confirmamos a presença de proteínas comumente identificadas em trabalhos de análise de VEs do plasma como: Anexinas; Tetraspaninas; Enzimas Glicolíticas; Pequenas GTPases, Componentes do citoesqueleto, entre outros. A análise quantitativa (por spectral counting - SC) demonstrou diferenças entre o proteoma das VEs das amostras de pacientes e controles. Proteínas identificadas diferencialmente no grupo de pacientes, estão associadas a um perfil pró-inflamatório e pró-trombótico, especialmente envolvidos na ativação plaquetária, nas interações celulares associadas a modulação da barreira endotelial e na transmigração celular, bem como na degranulação de neutrófilos. As proteínas diferencialmente abundantes, quando comparamos os grupos sepse e choque séptico, estão relacionadas principalmente à via de degranulação de neutrófilos, enriquecida no grupo choque séptico, indicando um possível perfil molecular associado a gravidade. A caracterização do proteoma de VEs de pacientes com sepse e choque séptico, contribuiu com informações que permitem compreender os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na desregulação da resposta imune, sob uma nova perspectiva, onde as VEs, através do seu conteúdo molecular, podem modular a resposta imune e os mecanismos associados ao estabelecimento da sepse |
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Silva, Luana Rocha daFaria Neto, Hugo Caire de CastroMartins, Mariana RenovatoHottz, Eugênio DamacenoMaron-Gutierrez, TatianaBarreto, Rubem Figueiredo Sadok MennaTrugilho, Monique Ramos de OliveiraBozza, Fernando Augusto2022-05-03T20:45:28Z2022-05-03T20:45:28Z2021SILVA, Luana Rocha da. Explorando os mecanismos fisiopatológicos da sepse através da análise proteômica de vesículas extracelulares isoladas do plasma de pacientes. 2021. 146 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52527A sepse é a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva no Brasil e uma das condições de maior ônus econômico por pacientes hospitalizados. Atualmente a sepse é definida como disfunção orgânica potencialmente fatal, decorrente de uma resposta imune desregulada frente a uma infecção. Sua forma mais grave, o choque séptico, ocorre na presença de profundas anormalidades circulatórias e do metabolismo celular, aumentando o risco de morte. Durante a resposta imune, a sinalização celular é fundamental na coordenação de um desfecho resolutivo. Recentemente, a comunicação intercelular, via secreção e captação de vesículas extracelulares (VEs) pelas células efetoras da resposta imune, passou a ser explorado no contexto da sepse. As VEs são estruturas que contêm biomoléculas, diretamente relacionadas às suas células de origem. Metodologias voltadas para análises globais de biomoléculas, como a proteômica, possibilitam a identificação e interpretação de perfis moleculares associados às condições clínicas, contribuindo na compreensão dos mecanismos fisiopatológicos complexos como a sepse. O presente trabalho, consiste na aplicação da abordagem proteômica shotgun, para análise exploratória de VEs isoladas do plasma de pacientes com sepse e choque séptico, comparados aos de indivíduos saudáveis. Para tal, diferentes métodos de isolamento das VEs foram testados, e demonstramos que a cromatografia de exclusão molecular (SEC do inglês: Size Exclusion Chromatography) é a técnica mais adequada para o isolamento de VEs do plasma, voltado para análise proteômica A quantificação relativa das VEs isoladas por SEC, nas amostras dos grupos experimentais, demonstrou que, apesar da concentração de VEs ser heterogênea, entre amostras do mesmo grupo de análise, as amostras do grupo choque, possuem a média de concentração mais elevada, comparado aos grupos sepse e controle. Porém, o tamanho relativo da maioria das VEs analisadas permaneceu entre 50 e 150 nm, e essa característica foi observada em todos os grupos de análise. Após a análise proteômica das VEs isoladas de amostras de pacientes (sepse + choque séptico) e controles, confirmamos a presença de proteínas comumente identificadas em trabalhos de análise de VEs do plasma como: Anexinas; Tetraspaninas; Enzimas Glicolíticas; Pequenas GTPases, Componentes do citoesqueleto, entre outros. A análise quantitativa (por spectral counting - SC) demonstrou diferenças entre o proteoma das VEs das amostras de pacientes e controles. Proteínas identificadas diferencialmente no grupo de pacientes, estão associadas a um perfil pró-inflamatório e pró-trombótico, especialmente envolvidos na ativação plaquetária, nas interações celulares associadas a modulação da barreira endotelial e na transmigração celular, bem como na degranulação de neutrófilos. 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Its most severe form, septic shock, occurs in the presence of profound circulatory and cell metabolism abnormalities, increasing the risk of death. During the immune response, cell signaling is essential in coordinating a resolving outcome. Recently, intercellular communication, via secretion and uptake of Extracellular Vesicles (EVs) by immune response cells, has been explored in the context of sepsis. EVs contain biomolecules, related to their cells of origin. Thereby, methodologies aimed a large analysis of biomolecules, such as proteomics, enable the identification and interpretation of molecular profiles, contributing to the understanding of complex pathophysiological mechanisms such as sepsis. The present work consists in the application of proteomics shotgun approach for an exploratory analysis, in EVs isolated from plasma samples of patients with sepsis and septic shock, compared to healthy individuals. To this end, different methods of EVs isolation were tested, and we demonstrated that Size Exclusion Chromatography (SEC) is the most suitable technique for isolating EVs from plasma, aimed proteomic analysis. The relative quantification of EVs isolated by SEC, in the samples of the experimental groups, showed that, despite the concentration of EVs being heterogeneous, among samples from the same analysis group, the samples from shock group have the highest mean concentration compared to sepsis and control However, the relative size of most EVs analyzed remained between 50 and 150 nm, and this characteristic was observed in all analysis groups. After proteomic analysis of EVs isolated from samples of patients (sepsis + septic shock) and controls, we confirmed the presence of proteins commonly identified in studies of EVs from plasma, such as: Annexins; Tetraspanins; Glycolytic Enzymes; Small GTPases, Cytoskeleton Components, among others. Quantitative analysis (by spectral counting - SC) showed differences between the EVs proteome of patient and control samples. Proteins differentially identified in the patient group are associated with a pro-inflammatory and pro-thrombotic profile, especially involved in platelet activation, in cell interactions associated with modulation of the endothelial barrier and cell transmigration, as well as in neutrophil degranulation. The differentially abundant proteins, when comparing the sepsis and septic shock groups, are mainly related to the neutrophil degranulation pathway, enriched in the septic shock group, indicating a possible molecular profile associated with gravity. The characterization of EVs proteome from patients with sepsis and septic shock provided information that allowed us to understand the pathophysiological mechanisms involved in the dysregulation of the immune response, from a new perspective, where EVs, through their molecular content, can modulate the immune response and the mechanisms associated with sepsisFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSepse e choque sépticoVesículas ExtracelularesProteômicaPerfis molecularesSepseChoque SépticoVesículas ExtracelularesProteômicaExplorando os mecanismos fisiopatológicos da sepse através da análise proteômica de vesículas extracelulares isoladas do plasma de pacientesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecularinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52527/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL000249587.pdfapplication/pdf3880228https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52527/2/000249587.pdf76af9a945c53b6f510544b9d086755ebMD52icict/525272022-05-03 17:45:28.297oai:www.arca.fiocruz.br:icict/52527Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-05-03T20:45:28Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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