Controle da poliomielite no Brasil e desafios para a saúde pública

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Durães, Nayara Alarcão Ornelas
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Verani, José Fernando de Souza, Pinto Junior, Vitor Laerte
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42352
Resumo: A poliomielite tem comportamento epidêmico, sendo descritos surtos desde o final do século XIX nas Américas e na Europa. A partir de 1955, a Vacina Inativada (VIP) foi comercializada nos EUA, proporcionando drástica diminuição do número de casos. A Vacina Oral (VOP) foi descoberta por Sabin na década de 1960, permitindo a vacinação em massa e a imunidade de rebanho, obtendo sucesso na erradicação da transmissão da poliomielite selvagem na maior parte do planeta. Este estudo de revisão tem o objetivo de discutir a evolução das ações de saúde pública para a erradicação da transmissão do poliovírus selvagem no Brasil e os desafios relacionados à vacinação que se impõem ao clínico nos dias atuais. Desde 1990 não se registram casos de poliomielite por vírus selvagem no Brasil. Todavia, deve-se ter em mente que há o risco de reintrodução da doença no país, já que a transmissão autóctone poliovírus selvagem ainda não foi totalmente interrompida em alguns países como Nigéria, Paquistão e Afeganistão. Além disso, a Paralisia Associada ao Vírus Vacinal (VAPP) e a Síndrome Pós-Poliomielite são realidades em nosso meio. A circulação do vírus derivado da VOP (VDPV) deve continuara a ser objeto de vigilância e novas estratégias devem ser aplicadas objetivando a eliminação a doença pelo vírus vacinal.
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Este estudo de revisão tem o objetivo de discutir a evolução das ações de saúde pública para a erradicação da transmissão do poliovírus selvagem no Brasil e os desafios relacionados à vacinação que se impõem ao clínico nos dias atuais. Desde 1990 não se registram casos de poliomielite por vírus selvagem no Brasil. Todavia, deve-se ter em mente que há o risco de reintrodução da doença no país, já que a transmissão autóctone poliovírus selvagem ainda não foi totalmente interrompida em alguns países como Nigéria, Paquistão e Afeganistão. Além disso, a Paralisia Associada ao Vírus Vacinal (VAPP) e a Síndrome Pós-Poliomielite são realidades em nosso meio. A circulação do vírus derivado da VOP (VDPV) deve continuara a ser objeto de vigilância e novas estratégias devem ser aplicadas objetivando a eliminação a doença pelo vírus vacinal.The polio has an epidemic behavior and outbreaks of the disease are being described since the late nineteenth century in the Americas and Europe. The Inactivated Vaccine (VIP) started to be marketed in the U.S in 1955, providing dramatic decrease in the number of cases. The Oral Vaccine (VOP) was discovered by Sabin in the mid-1960s, allowing the mass vaccination and herd immunity, succeeding in eradicating the transmission of wild polio transmission in most part of the world. This review aims to discuss the evolution of public health actions for the eradication of wild poliovirus transmission in Brazil and the actual challenges imposed by mass vaccination campaigns for the clinician. Since 1990 there are no reported cases of wild virus poliomyelitis in Brazil, however, one should keep in mind that there is the risk of reintroduction of the disease in the country, since the wild virus transmission persists in some countries such as Nigeria, Pakistan and Afghanistan. In addition, the Virus Vaccine Associated Paralysis (VAPP) and Post- Polio Syndrome are still problems whose occurrence defies public health authorities in countries where wild polio virus transmission was eradicated. Circulation of the vaccine derived virus (VDPV) should remain to be investigated and new strategies must be implemented in order to eliminate the disease by vaccine virus.Universidade de Brasília. Faculdade de Ciências da Saúde. Departamento de Saúde Coletiva. Brasília, DF, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil / Universidade Católica de Brasília. Brasília, DF, Brasil.porUniversidade Católica de BrasíliaPoliomyelitisEpidemiologyPoliomieliteHistóriaEpidemiologiaComplicaçõesPoliomyelitisHistoryEpidemiologyComplicationsEpidemiologiaPoliomieliteControle da poliomielite no Brasil e desafios para a saúde públicaPoliomyelitis control in Brazil and challenges for public healthinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83074https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42352/1/license.txtd3e717dbb24bfc607ede047f44d29a0eMD51ORIGINALve_Nayara_Duraes_etal.pdfve_Nayara_Duraes_etal.pdfapplication/pdf119398https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42352/2/ve_Nayara_Duraes_etal.pdf1e23509a0660eae58bd0e553c6484744MD52TEXTve_Nayara_Duraes_etal.pdf.txtve_Nayara_Duraes_etal.pdf.txtExtracted 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