Avaliação da resposta imune e curso clínico na coinfecção experimental por Plasmodium berghei ANKA e Leishmania major
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39503 |
Resumo: | A coinfecção por diferentes parasitos é comumente observada na natureza e representa um complexo desafio para o entendimento do seu curso e consequências, em termos da resposta imune e desfecho clínico, no hospedeiro humano. A malária e leishmaniose são doenças negligenciadas, coendêmicas em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Atualmente, existem poucos estudos a respeito das coinfecções por Plasmodium spp. e Leishmania spp. no Brasil e no mundo, apesar da sua sobreposição geográfica. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar os impactos que uma infecção pode ter sobre a resposta imune e a evolução clínica da outra. Para tal, dois desenhos experimentais foram desenvolvidos: (A) camundongos C57BL/6 foram infectados com Plasmodium berghei ANKA e posteriormente coinfectados com Leishmania major e (B) camundongos C57BL/6 foram infectados primeiro com L. major e posteriormente coinfectados com P. berghei ANKA. Avaliamos o curso clínico de ambas as doenças por parâmetros como sobrevida, peso, temperatura, parasitemia e o aparecimento de lesões (por L. major) na orelha dos animais perfil de recrutamento de células do sistema imune foi determinado por citometria de fluxo e a dosagem sistêmica de citocinas foi avaliada pelo Kit Cytometric Bead Array. Para o desenho experimental A observamos que a coinfecção com L. major não altera o curso clínico da infecção malárica. Embora tenhamos observado diferenças no percentual e total de células linfoides e/ou mieloides no baço entre os grupos. Ao avaliarmos a carga parasitária (por L. major) do linfonodo drenante da lesão dos animais coinfectados, observamos uma redução na mesma. Esta redução está relacionada à maior concentração de citocinas do perfil Th1 detectadas no soro dos animais coinfectados em relação aos animais infectados apenas com L. major. Assim, observamos que a progressão da infecção por Leishmania é diferente daquela vista durante a coinfecção e, portanto, a infecção com o Plasmodium poderia exercer uma influência no controle da proliferação do parasito L. major Já no desenho experimental B, a coinfecção com o P. berghei ANKA apresenta um efeito benéfico no desenvolvimento da leishmaniose cutânea causada por L. major, diminuindo o tamanho da lesão causada por este parasito. Esta redução foi acompanhada por uma diminuição na carga parasitária das lesões e aumento no nível de citocinas séricas em animais coinfectados, os quais apresentaram um perfil mais pró-inflamatório (quando comparado à infecção somente com L. major), mediado por citocinas como IFN-\03B3 e TNF-\03B1. Foi verificada ainda uma redução no número total de células T (CD4+ e CD8+) e células mieloides no baço dos animais coinfectados quando comparado aos animas infectados apenas com Plasmodium, e que o recrutamento de linfócitos para a orelha diminui nos animais coinfectados em relação aos camundongos infectados apenas com Leishmania. Nossos dados sugerem que a coinfecção com Plasmodium ativa uma resposta imune que consegue controlar a proliferação de L. major em camundongos C57BL/6 resultando em uma menor carga parasitaria e lesões menores nos animais coinfectados. |
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Garcia, Uyla OrnellasRibeiro-Gomes, Flávia LimaEscobar, Patrícia Cuervo2020-01-27T11:07:11Z2020-01-27T11:07:11Z2019GARCIA, Uyla Ornellas. Avaliação da resposta imune e curso clínico na coinfecção experimental por Plasmodium berghei ANKA e Leishmania major. 2019. 134 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39503A coinfecção por diferentes parasitos é comumente observada na natureza e representa um complexo desafio para o entendimento do seu curso e consequências, em termos da resposta imune e desfecho clínico, no hospedeiro humano. A malária e leishmaniose são doenças negligenciadas, coendêmicas em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Atualmente, existem poucos estudos a respeito das coinfecções por Plasmodium spp. e Leishmania spp. no Brasil e no mundo, apesar da sua sobreposição geográfica. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar os impactos que uma infecção pode ter sobre a resposta imune e a evolução clínica da outra. Para tal, dois desenhos experimentais foram desenvolvidos: (A) camundongos C57BL/6 foram infectados com Plasmodium berghei ANKA e posteriormente coinfectados com Leishmania major e (B) camundongos C57BL/6 foram infectados primeiro com L. major e posteriormente coinfectados com P. berghei ANKA. Avaliamos o curso clínico de ambas as doenças por parâmetros como sobrevida, peso, temperatura, parasitemia e o aparecimento de lesões (por L. major) na orelha dos animais perfil de recrutamento de células do sistema imune foi determinado por citometria de fluxo e a dosagem sistêmica de citocinas foi avaliada pelo Kit Cytometric Bead Array. Para o desenho experimental A observamos que a coinfecção com L. major não altera o curso clínico da infecção malárica. 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Esta redução foi acompanhada por uma diminuição na carga parasitária das lesões e aumento no nível de citocinas séricas em animais coinfectados, os quais apresentaram um perfil mais pró-inflamatório (quando comparado à infecção somente com L. major), mediado por citocinas como IFN-\03B3 e TNF-\03B1. Foi verificada ainda uma redução no número total de células T (CD4+ e CD8+) e células mieloides no baço dos animais coinfectados quando comparado aos animas infectados apenas com Plasmodium, e que o recrutamento de linfócitos para a orelha diminui nos animais coinfectados em relação aos camundongos infectados apenas com Leishmania. Nossos dados sugerem que a coinfecção com Plasmodium ativa uma resposta imune que consegue controlar a proliferação de L. major em camundongos C57BL/6 resultando em uma menor carga parasitaria e lesões menores nos animais coinfectados.Co-infection with different parasites is commonly observed in nature and represents a complex challenge for understanding its course and consequences, in terms of immune response and clinical outcome, in the human host. Malaria and leishmaniasis are neglected diseases, co-endemic in various regions of the world, including Brazil. There are currently few studies on Plasmodium spp. and Leishmania spp. in Brazil and worldwide, despite their geographical overlap. In this context, the objective of this study was to evaluate the impacts that one infection may have on the immune response and the clinical evolution of the other. For this purpose, two experimental designs were developed: (a) C57BL/6 mice were infected with Plasmodium berghei ANKA and subsequently coinfected with Leishmania major and (b) C57BL/6 mice were first infected with L. major and subsequently co-infected with P. berghei ANKA. We evaluated the clinical course of both diseases by parameters such as survival, weight, temperature, parasitemia and the appearance of lesions (by L. major) in the ear of the animals. The recruitment profile of immune system cells was determined by flow cytometry and the systemic cytokine dosage was evaluated by the Cytometric Bead Array Kit. For experimental design A, we observed that coinfection with L. major does not alter the clinical course of malarial infection. Although we observed differences in the percentage and total of lymphoid and/or myeloid cells in the spleen between the groups. When we evaluated the parasitic load (by L. major) of the draining lymph node of the lesion of the co-infected animals, we observed a reduction in it. This reduction is related to the higher concentration of Th1 profile cytokines detected in the serum of coinfected animals compared to animals infected with L. major only. Thus, we observed that the progression of Leishmania infection is different from that seen during coinfection and therefore Plasmodium infection could exert an influence on the control of L. major parasite proliferation. In experimental design B, P. berghei ANKA coinfection has a beneficial effect on the development of cutaneous leishmaniasis caused by L. major, reducing the size of the lesion caused by this parasite. This reduction was accompanied by a decrease in the parasite burden of the lesions and an increase in serum cytokine levels in co-infected animals, which had a more pro-inflammatory profile (when compared to infection with L. major only), mediated by cytokines such as IFN-γ and TNF-α. There was also a reduction in the total number of T cells (CD4+ and CD8+ ) and myeloid in the spleen of coinfected animals compared to Plasmodium-infected animals, and that ear lymphocyte recruitment decreased in co-infected animals compared to mice infected with Leishmania only. Our data suggest that Plasmodium coinfection activates an immune response that can control L. major proliferation in C57BL/6 mice resulting in lower parasitic burden and minor lesions in co-infected animals.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porResposta imuneCoinfecçãoMalária cerebral experimentalLeishmaniose cutâneaCoinfecçãoMalária cerebralLeishmaniose cutâneaAvaliação da resposta imune e curso clínico na coinfecção experimental por Plasmodium berghei ANKA e Leishmania majorinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecularinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39503/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALuyla_garcia_ioc_mest_2019.pdfapplication/pdf4643700https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39503/2/uyla_garcia_ioc_mest_2019.pdf58f9838bc01d349e94e2316a7228769dMD52TEXTuyla_garcia_ioc_mest_2019.pdf.txtuyla_garcia_ioc_mest_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain221976https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39503/3/uyla_garcia_ioc_mest_2019.pdf.txtd11b0090434f7ec01d54347e60934c96MD53icict/395032020-01-28 02:02:17.23oai:www.arca.fiocruz.br:icict/39503Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352020-01-28T05:02:17Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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