Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souto, Ana Carolina Peixoto
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27877
Resumo: A criptococose é causada por duas espécies dist intas de leveduras capsuladas da divisão dos basidiomicetos, Cryptococcus neoformans e Cryptococccus gattii , as quais causam infecções invasivas emergentes de significativa le talidade, seja em imunodeprimidos ou imunocompetentes. No Brasil, a criptococose por C. gattii tem caráter endêmico, ocorrendo principalmente em indivíduos HIV negativos. O caráter epidêmico deste agente tem sido evidenciado por surtos em animais, sendo o mais significativo a epidemia ocorrida em Vancouver, Canadá, atingindo humanos e animais desde 1999. A emergência de infecções por C. gattii em área temperada tem chamado atenção para mudanças ecológicas e expansão geográfica de variantes virulentas. Diferentes genótipos têm sido identificados nas espécies de Cryptococcus , sendo o tipo VNI de C. neoformans e o tipo VGI de C. gattii predominantes no mundo. Diferentemente, nas regiões N e NE do Brasil, o predomínio das meningites fúngicas humanas está relacionado ao genótipo VGII, o mesmo tipo relacionado à epidemia em Vancouver, Canadá. Foi elaborado um consenso com um esquema de MultiLocus Sequence Typing (MLST) para os membros do complexo C. neoformans/C. gattii baseado nas regiões variáveis do genoma (genes CAP59, GPD1, LAC1, PLB1, SOD1, URA5 e IGS1) para a genotipagem das duas espécies. Esta metodologi a permitiu identificar os subtipos VGIIa, VGIIb e VGIIc, sendo o último considerado mais virulento dos subtipos de VGII isolados durante a epidemia. Com o objetivo de identif icar sub-tipos potencialmente virulentos circulantes no Brasil, analisamos através de MLST, isolados clínicos e ambientais de C. gattii , de diferentes regiões e estados do Brasil. Cepas de C. gattii da Coleção de Fungos Patogênicos (CFP-IPEC) foram incluídas no estudo e os genótipos VGI-VGIV foram identificados através de URA5 -RFLP (Restriction fragment length polymorfism do gene URA5) As cepas VGIIs foram analisadas por MLST para identificação de subtipos com base no consenso de tipagem proposto pela ISHAM. Foram encontradas 85 isolados VGII, sendo 75 clínicas e 10 ambientais, todas tipo sexuado MATalfa, com excessão de 4 amostras que foram identificadas como MATa. Na análise de MLST, foram obtidos de 8 a 32 tipos de alelos nos 7 loci, sendo que o gene LAC1 apresentou a menor variabilidade e a região IGS1 e o gene SOD1 maior variabilidade. Verificamos que as cepas VGII do Brasil analisadas apresentam uma expressiva variabilidade molecular, principalmente quando comparadas ao relatado em estudos similares em outras regiões do mundo como Austrália, Canadá e Ásia. Do total de 56 subtipos (STs) identificados, 47 são exclusivos do Brasil e 40 são representados por apenas uma cepa. Os STs mais frequentes foram o ST20 (VGIIa) com 7 cepas e o ST5 com 6 cepas, todos da região norte. O ST12 4 foi identificado em 5 cepas e detectado exclusivamente na região nordeste (PI) de amostras clínicas e ambientais, sugerindo que estas fontes ambientais urbanas ou peri-urbanas possam ser a origem da infecção em humanos e que certos subtipos possam ter um padrão geográfico restrito. No Brasil, a ocorrência de diferentes STs moleculares sugere uma complexa estrutura populacional deste agente, além disso, a elevada diversidade genética observada nas cepas da região nordeste neste estudo e o fato de que os STs predominantes do surto do Canadá e EUA se encontram somente na região norte reforça a hipótese da origem de C. gattii VGII ser na floresta Amazônica.
id CRUZ_236d7cce862cf008292f46bd1348da17
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27877
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Souto, Ana Carolina PeixotoLazéra, Márcia dos SantosTrilles, Luciana2018-08-06T13:14:55Z2018-08-06T13:14:55Z2014SOUTO, Ana Carolina Peixoto. Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil. 2014. 68 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27877A criptococose é causada por duas espécies dist intas de leveduras capsuladas da divisão dos basidiomicetos, Cryptococcus neoformans e Cryptococccus gattii , as quais causam infecções invasivas emergentes de significativa le talidade, seja em imunodeprimidos ou imunocompetentes. No Brasil, a criptococose por C. gattii tem caráter endêmico, ocorrendo principalmente em indivíduos HIV negativos. O caráter epidêmico deste agente tem sido evidenciado por surtos em animais, sendo o mais significativo a epidemia ocorrida em Vancouver, Canadá, atingindo humanos e animais desde 1999. A emergência de infecções por C. gattii em área temperada tem chamado atenção para mudanças ecológicas e expansão geográfica de variantes virulentas. Diferentes genótipos têm sido identificados nas espécies de Cryptococcus , sendo o tipo VNI de C. neoformans e o tipo VGI de C. gattii predominantes no mundo. Diferentemente, nas regiões N e NE do Brasil, o predomínio das meningites fúngicas humanas está relacionado ao genótipo VGII, o mesmo tipo relacionado à epidemia em Vancouver, Canadá. Foi elaborado um consenso com um esquema de MultiLocus Sequence Typing (MLST) para os membros do complexo C. neoformans/C. gattii baseado nas regiões variáveis do genoma (genes CAP59, GPD1, LAC1, PLB1, SOD1, URA5 e IGS1) para a genotipagem das duas espécies. Esta metodologi a permitiu identificar os subtipos VGIIa, VGIIb e VGIIc, sendo o último considerado mais virulento dos subtipos de VGII isolados durante a epidemia. Com o objetivo de identif icar sub-tipos potencialmente virulentos circulantes no Brasil, analisamos através de MLST, isolados clínicos e ambientais de C. gattii , de diferentes regiões e estados do Brasil. Cepas de C. gattii da Coleção de Fungos Patogênicos (CFP-IPEC) foram incluídas no estudo e os genótipos VGI-VGIV foram identificados através de URA5 -RFLP (Restriction fragment length polymorfism do gene URA5) As cepas VGIIs foram analisadas por MLST para identificação de subtipos com base no consenso de tipagem proposto pela ISHAM. Foram encontradas 85 isolados VGII, sendo 75 clínicas e 10 ambientais, todas tipo sexuado MATalfa, com excessão de 4 amostras que foram identificadas como MATa. Na análise de MLST, foram obtidos de 8 a 32 tipos de alelos nos 7 loci, sendo que o gene LAC1 apresentou a menor variabilidade e a região IGS1 e o gene SOD1 maior variabilidade. Verificamos que as cepas VGII do Brasil analisadas apresentam uma expressiva variabilidade molecular, principalmente quando comparadas ao relatado em estudos similares em outras regiões do mundo como Austrália, Canadá e Ásia. Do total de 56 subtipos (STs) identificados, 47 são exclusivos do Brasil e 40 são representados por apenas uma cepa. Os STs mais frequentes foram o ST20 (VGIIa) com 7 cepas e o ST5 com 6 cepas, todos da região norte. O ST12 4 foi identificado em 5 cepas e detectado exclusivamente na região nordeste (PI) de amostras clínicas e ambientais, sugerindo que estas fontes ambientais urbanas ou peri-urbanas possam ser a origem da infecção em humanos e que certos subtipos possam ter um padrão geográfico restrito. No Brasil, a ocorrência de diferentes STs moleculares sugere uma complexa estrutura populacional deste agente, além disso, a elevada diversidade genética observada nas cepas da região nordeste neste estudo e o fato de que os STs predominantes do surto do Canadá e EUA se encontram somente na região norte reforça a hipótese da origem de C. gattii VGII ser na floresta Amazônica.Cryptococcosis is caused by two distinct species of capsulated basidiomycetes yeasts, Cryptococcus neoformans and Cryptococccus gattii, which are responsible for invasive infections with significant lethality, either in immunocompetent or immunocompromised individuals. In Brazil, cryptococcosis by C. gattii is endemic, occurring mainly in HIV negative individuals. The epidemic nature of this agent has been reported by outbreaks in animals and human in Vancouver, Canada, which is the most significant outbreak and started in 1999. The emergence of cryptococcosis by C. gattii in temperate area has drawn attention to ecological changes and geographical spread of virulent variants. Different genotypes have been identified in Cryptococcus spp., and the VNI of C. neoformans and the VGI type of C. gattii are the most prevalent worldwide. Unlike, the prevalence of human fungal meningitis is related to genotype VGII in the regions North and Northeast of Brazil, the same type of the Canada epidemic. Was developed a consensus MultiLocus Sequence Typing (MLST) scheme for the members of the C. neoformans/C. gattii species complex based on the variable regions of the genome (genes CAP59, GPD1, LAC1, PLB1, SOD1, URA5 and IGS1). This methodology allowed the identification of VGIIa, VGIIb and VGIIc, being the latter the most virulent subtype isolated during the epidemic. The aim of the study is to identify the potentially virulent subtypes of Cryptococcus spp., which occur in Brazil, by MLST. Clinical and environmental isolates of C. gattii from different Brazilian regions, stored in the Culture Collection of Pathogenic Fungi (CFP- IPEC) were included in the study The genotypes VGI - VGIV were identified through URA5 - RFLP (Restriction fragment length polymorfism of URA5 gene). All 85 VGII strains, 75 clinical and 10 environmental, were analyzed by MLST to identify subtypes based on consensus typing proposed by ISHAM. The majority of the strains (81) were identified as mating type alfa, and four as mating type a. In the MLST analysis, 8 to 32 allele types were observed in the 7 loci. The gene LAC1 showed less variability and IGS1 and SOD1 the highest variability. Our findings showed that Brazilian VGII exhibit a significant molecular variability, especially when compared to the studies in other regions of the world, like Australia, Canada and Asia. From a total of 56 STs (subtypes) identified, 47 are unique in Brazil and 40 are represented by only one strain. The most frequent STs were ST20 (VGIIa), accounting 7 strains, and ST5, accounting 6 strains, all from the northern Brazilian region. The ST124 was identified in 5 strains and detected exclusively in the northeast (PI) region from clinical and environmental strains, suggesting that these urban or peri-urban environmental sources can cause human infection and certain subtypes may have a restricted geographic pattern. In Brazil, the occurrence of different molecular types suggests a complex population structure of this agent, in addition, the high genetic diversity observed in the strains of the northern region and the fact that the predominant subtypes of the outbreak in Canada and the U.S. are only in the north region, reinforce the hypothesis of the origin of C. gattii VGII be in the Amazon rainforest.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porCriptococoseCryptococcus GATTIIGenotipoAnálise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2014Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27877/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALana_souto_ipec_mest_2014.pdfapplication/pdf1220801https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27877/2/ana_souto_ipec_mest_2014.pdf69a27ac346e3f058c12e9b92afd0e1e5MD52TEXTana_souto_ipec_mest_2014.pdf.txtana_souto_ipec_mest_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain167197https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27877/3/ana_souto_ipec_mest_2014.pdf.txt5e332d120536585ba171cb0b95ef5518MD53icict/278772018-08-15 03:51:19.905oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27877Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:51:19Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil
title Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil
spellingShingle Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil
Souto, Ana Carolina Peixoto
Criptococose
Cryptococcus GATTII
Genotipo
title_short Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil
title_full Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil
title_fullStr Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil
title_full_unstemmed Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil
title_sort Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil
author Souto, Ana Carolina Peixoto
author_facet Souto, Ana Carolina Peixoto
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Souto, Ana Carolina Peixoto
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Lazéra, Márcia dos Santos
Trilles, Luciana
contributor_str_mv Lazéra, Márcia dos Santos
Trilles, Luciana
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Criptococose
Cryptococcus GATTII
Genotipo
topic Criptococose
Cryptococcus GATTII
Genotipo
description A criptococose é causada por duas espécies dist intas de leveduras capsuladas da divisão dos basidiomicetos, Cryptococcus neoformans e Cryptococccus gattii , as quais causam infecções invasivas emergentes de significativa le talidade, seja em imunodeprimidos ou imunocompetentes. No Brasil, a criptococose por C. gattii tem caráter endêmico, ocorrendo principalmente em indivíduos HIV negativos. O caráter epidêmico deste agente tem sido evidenciado por surtos em animais, sendo o mais significativo a epidemia ocorrida em Vancouver, Canadá, atingindo humanos e animais desde 1999. A emergência de infecções por C. gattii em área temperada tem chamado atenção para mudanças ecológicas e expansão geográfica de variantes virulentas. Diferentes genótipos têm sido identificados nas espécies de Cryptococcus , sendo o tipo VNI de C. neoformans e o tipo VGI de C. gattii predominantes no mundo. Diferentemente, nas regiões N e NE do Brasil, o predomínio das meningites fúngicas humanas está relacionado ao genótipo VGII, o mesmo tipo relacionado à epidemia em Vancouver, Canadá. Foi elaborado um consenso com um esquema de MultiLocus Sequence Typing (MLST) para os membros do complexo C. neoformans/C. gattii baseado nas regiões variáveis do genoma (genes CAP59, GPD1, LAC1, PLB1, SOD1, URA5 e IGS1) para a genotipagem das duas espécies. Esta metodologi a permitiu identificar os subtipos VGIIa, VGIIb e VGIIc, sendo o último considerado mais virulento dos subtipos de VGII isolados durante a epidemia. Com o objetivo de identif icar sub-tipos potencialmente virulentos circulantes no Brasil, analisamos através de MLST, isolados clínicos e ambientais de C. gattii , de diferentes regiões e estados do Brasil. Cepas de C. gattii da Coleção de Fungos Patogênicos (CFP-IPEC) foram incluídas no estudo e os genótipos VGI-VGIV foram identificados através de URA5 -RFLP (Restriction fragment length polymorfism do gene URA5) As cepas VGIIs foram analisadas por MLST para identificação de subtipos com base no consenso de tipagem proposto pela ISHAM. Foram encontradas 85 isolados VGII, sendo 75 clínicas e 10 ambientais, todas tipo sexuado MATalfa, com excessão de 4 amostras que foram identificadas como MATa. Na análise de MLST, foram obtidos de 8 a 32 tipos de alelos nos 7 loci, sendo que o gene LAC1 apresentou a menor variabilidade e a região IGS1 e o gene SOD1 maior variabilidade. Verificamos que as cepas VGII do Brasil analisadas apresentam uma expressiva variabilidade molecular, principalmente quando comparadas ao relatado em estudos similares em outras regiões do mundo como Austrália, Canadá e Ásia. Do total de 56 subtipos (STs) identificados, 47 são exclusivos do Brasil e 40 são representados por apenas uma cepa. Os STs mais frequentes foram o ST20 (VGIIa) com 7 cepas e o ST5 com 6 cepas, todos da região norte. O ST12 4 foi identificado em 5 cepas e detectado exclusivamente na região nordeste (PI) de amostras clínicas e ambientais, sugerindo que estas fontes ambientais urbanas ou peri-urbanas possam ser a origem da infecção em humanos e que certos subtipos possam ter um padrão geográfico restrito. No Brasil, a ocorrência de diferentes STs moleculares sugere uma complexa estrutura populacional deste agente, além disso, a elevada diversidade genética observada nas cepas da região nordeste neste estudo e o fato de que os STs predominantes do surto do Canadá e EUA se encontram somente na região norte reforça a hipótese da origem de C. gattii VGII ser na floresta Amazônica.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-08-06T13:14:55Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-08-06T13:14:55Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SOUTO, Ana Carolina Peixoto. Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil. 2014. 68 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27877
identifier_str_mv SOUTO, Ana Carolina Peixoto. Análise da variabilidade do genótipo VGII de Cryptococcus gattii em isolados clínicos e ambientais do Brasil. 2014. 68 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27877
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27877/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27877/2/ana_souto_ipec_mest_2014.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27877/3/ana_souto_ipec_mest_2014.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
69a27ac346e3f058c12e9b92afd0e1e5
5e332d120536585ba171cb0b95ef5518
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324974110375936