Envolvimento de citocinas, quimiocinas e fatores de trancrição na imunopatologia da pele de cães naturalmente infectados por Leishmania (Leishmania) chagasi, portadores de diferentes formas clínicas e densidades parasitárias cutâneas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Daniel Menezes
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34517
Resumo: A resposta imune na pele de cães infectados por Leishmania chagasi e sua associação com parasitismo tecidual e progressão clínica da leishmaniose visceral canina (LVC) é pouco compreendido e há poucos estudos disponíveis Nesse trabalho, uma análise detalhada do perfil de citocinas (IFN-γ, IL-12p40, TNF-α, IL-4, IL-5, IL-13, IL-10 e TGF-β1), fatores de transcrição (T-bet, GATA-3 e FOXP3) e quimiocinas (CCL2, CCL4, CCL5, CCL13, CCL17, CCL21, CCL24 e CXCL8), assim como, as células inflamatórias (neutrófilos, eosinófilos, macrófagos, basófilos e linfócitos), foram realizados na pele de 35 cães naturalmente infectados usando PCR em tempo real juntamente com as determinações da densidade parasitária da pele e do estado clínico do LVC. Diante da complexa rede de interação citocinas/quimiocinas, de um modo geral, foi observado que vários biomarcadores evidenciados com o desenvolvimento do presente trabalho envolvidos na resistência apresentavam-se relacionados à forma assintomática e com baixo parasitismo, enquanto outros associados com suscetibilidade foram detectados simultaneamente em cães sintomáticos e com alto parasitismo cutâneo. Um perfil misto de citocina com altos níveis de expressão de IFN-g, TNF-α, IL-5 e IL-13 foi determinado em cães assintomáticos Adicionalmente, a manutenção da forma assintomática está intimamente envolvida com aumento da razão IFN-γ/IL-4 e com o controle do parasitismo dérmico que é caracterizado pelo aumento da razão IFN-γ/IL-10 e IL-12/IL-10, indicando que IFN-γ e IL-12 exercem um papel fundamental no equilíbrio da relação parasito/hospedeiro. Além disso, altos níveis de IL-10 e TGF-β1, concomitante com a baixa expressão de IL-12, pode representar uma condição fundamental que permite a persistência da replicação do parasito na derme Adicionalmente, os níveis dos fatores de transcrição GATA-3 e FOXP3 foram correlacionados com a doença assintomática. De forma interessante, cães oligossintomáticos parecem manifestar uma doença intermediária com determinadas tendências de padrão de reposta imune. Durante a passagem por essa forma clínica, ocorre um predomínio de citocinas moduladoras (IL-10 e TGF-β1) na derme que explica o aumento progressivo da densidade parasitária observada nesses animais. Além disso, durante a passagem por esta forma oligosssintomática os níveis de IL-13 decaem e em cães com médio parasitismo e passa a ocorrer uma migração preferencial de eosinófilos que estão intimamente relacionados ao aumento de CCL24. Com o avançar do parasitismo, forma-se um moderado infiltrado inflamatório decorrente da migração diferencial de macrófagos e linfócitos que é orquestrado por citocinas do Tipo I (IL-12, TNF-α e IFN-γ) e fator de transcrição T-bet, presença marcante nesse microambiente. A forma grave da LVC é caracterizada pelo aparecimento de inúmeros sinais clínicos e por uma debilidade em controlar o parasitismo levando muitas vezes os cães ao óbito. Nesse contexto, a forma sintomática é marcada por uma queda de TNF-α e IL-13 associado a uma queda de expressão de GATA-3 e FOXP3 podendo explicar a inabilidade de macrófagos em controlar a infecção devido à perda da ação de TNF-α e IFN-γ, praticamente ausentes na pele. O intenso infiltrado inflamatório na derme é explicado por um perfil de citocinas Tipo I (TNF-α e IFN-γ) expressas concomitante com citocinas reguladoras. (IL-10 e TGF-β) presentes nesse microambiente, reforçado por baixa expressão de IL-12 e IL-13. A visceralização do parasito leva a uma hipertrofia e hiperplasia de órgãos linfóides que pode estar sendo ocasionada pelo aumento dos níveis de CCL21 em animais com alto parasitismo cutâneo. Essa quimiocina é responsável pelo recrutamento de APCs presentes na pele e sua condução para os linfonodos no intuito de promover aumento da apresentação de antígenos parasitários aos linfócitos T, o que parece não ocorrer devido ao perfil de citocinas (Tipo II) e/ou reguladoras expressas por esses cães. Além do mais, as quimiocinas CCL2, CCL4 e CCL5 são responsáveis pelo orquestramento do fluxo celular de monócitos e plamócitos para compor o intenso infiltrado inflamatório dérmico. Um avanço no conhecimento dos mecanismos que determinam a resposta imune protetora da infecção por L. chagasi nos cães permitirá o estabelecimento de uma estratégia racional para o desenvolvimento de vacinas e terapias imunológicas contra LVC.
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Belo Horizonte, MG, Brasil.porLeishmaniose VisceralImunologiaLeishmaniaParasitologiaCãesLeishmaniose Visceral/imunologiaLeishmania/parasitologiaCães/imunologiaCães/parasitologiaEnvolvimento de citocinas, quimiocinas e fatores de trancrição na imunopatologia da pele de cães naturalmente infectados por Leishmania (Leishmania) chagasi, portadores de diferentes formas clínicas e densidades parasitárias cutâneasInvolvement of cytokines, chemokines and transcription factors in the immunopathology of the skin of dogs naturally infected by Leishmania (Leishmania) chagasi, having different clinical forms and densities parasitic skininfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2009Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, BrasilMestrado AcadêmicoBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34517/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALdaniel_menezes.pdfapplication/pdf5882319https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34517/2/daniel_menezes.pdf9e7227408d3738b72e09b1dc165c86cbMD52TEXTdaniel_menezes.pdf.txtdaniel_menezes.pdf.txtExtracted texttext/plain362075https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34517/3/daniel_menezes.pdf.txtd2a6d92377944e414bd96fbf35aa4445MD53icict/345172021-01-07 21:06:31.444oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34517Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-01-08T00:06:31Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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