Fatores associados ao tempo para o início do tratamento de câncer de cólon e reto no Brasil (2006 2015)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Mariana Araujo Neves
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37348
Resumo: O câncer de cólon e reto apresenta alta incidência mundialmente, porém a taxa de mortalidade em países em desenvolvimento é maior do que a observada em países desenvolvidos. O objetivo do estudo foi avaliar as características socioeconômicas e clínicas que podem influenciar no tempo para o início do tratamento. Trata-se de um estudo retrospectivo composto por casos registrados em Registros Hospitalares de Câncer (RHC) durante os anos de 2006 a 2015. Foi realizada análise descritiva da população através de medidas como: média, mediana e valores de mínimo e máximo. Para variáveis categóricas foram calculadas frequências absoluta e relativa. O tempo mediano para o início do tratamento foi analisado através de gráficos e mapas. A associação entre os fatores socioeconômicos e o tempo para o início do tratamento se deu através de modelagem estatística com regressão logística, considerando o desfecho uma resposta binária com as categorias: tempo para início do tratamento igual ou superior a 60 dias; e abaixo de 60 dias. Foram observadas disparidades socioeconômicas e geográficas. No Brasil, observou-se maior chance de atraso para o início do tratamento em pacientes com idade entre 50 e 79 anos (OR: 1,40; IC 95%: 1,23 - 1,59), de raça/cor de pele preta (OR: 1.51; IC 95%: 1.21 - 1.88) e parda (OR: 1,35; IC 95%: 1,22 - 1,50), analfabetos (OR: 1,62; IC 95%: 1,28 - 2,07), e casos com baixa escolaridade, sem companheiro (OR= 1.15; IC 95%: 1.05 - 1.27), cujo tratamento ocorreu em um município distinto de sua residência (OR= 1.28; IC 95%:1.16 - 1.41) e menor chance para atraso no tratamento de pacientes com estadiamento avançado IV (OR 4,9; IC 95%: 0,40 – 0,61). As regiões Nordeste e Norte apresentaram maior tempo de espera para ambos os tipos de câncer. O fato de realizar o tratamento em um município diferente de sua residência foi fortemente associado para todas as modalidades terapêuticas, especialmente para a radioterapia. Além disso, observaram-se fatores socioeconômicos associados ao tipo de terapia realizada. Conclui-se que o acesso ao tratamento de câncer de cólon e reto é desigual no Brasil e que fatores socioeconômicos e clínicos estão associados ao tempo de espera para o início do tratamento, refletindo assim, barreiras de acesso ao tratamento em tempo oportuno.
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Foi realizada análise descritiva da população através de medidas como: média, mediana e valores de mínimo e máximo. Para variáveis categóricas foram calculadas frequências absoluta e relativa. O tempo mediano para o início do tratamento foi analisado através de gráficos e mapas. A associação entre os fatores socioeconômicos e o tempo para o início do tratamento se deu através de modelagem estatística com regressão logística, considerando o desfecho uma resposta binária com as categorias: tempo para início do tratamento igual ou superior a 60 dias; e abaixo de 60 dias. Foram observadas disparidades socioeconômicas e geográficas. No Brasil, observou-se maior chance de atraso para o início do tratamento em pacientes com idade entre 50 e 79 anos (OR: 1,40; IC 95%: 1,23 - 1,59), de raça/cor de pele preta (OR: 1.51; IC 95%: 1.21 - 1.88) e parda (OR: 1,35; IC 95%: 1,22 - 1,50), analfabetos (OR: 1,62; IC 95%: 1,28 - 2,07), e casos com baixa escolaridade, sem companheiro (OR= 1.15; IC 95%: 1.05 - 1.27), cujo tratamento ocorreu em um município distinto de sua residência (OR= 1.28; IC 95%:1.16 - 1.41) e menor chance para atraso no tratamento de pacientes com estadiamento avançado IV (OR 4,9; IC 95%: 0,40 – 0,61). As regiões Nordeste e Norte apresentaram maior tempo de espera para ambos os tipos de câncer. O fato de realizar o tratamento em um município diferente de sua residência foi fortemente associado para todas as modalidades terapêuticas, especialmente para a radioterapia. Além disso, observaram-se fatores socioeconômicos associados ao tipo de terapia realizada. Conclui-se que o acesso ao tratamento de câncer de cólon e reto é desigual no Brasil e que fatores socioeconômicos e clínicos estão associados ao tempo de espera para o início do tratamento, refletindo assim, barreiras de acesso ao tratamento em tempo oportuno.Colorectal cancer has a high incidence worldwide, but mortality in developing countries is higher. The purpose of this study was to assess the association between socioeconomic/ clinical characteristics and initiation of treatment. This is a retrospective study composed of cases registered in Hospital Registry of Cancer (RHC) during the years 2006 to 2015. A descriptive analysis of the population was performed through measures such as: mean, median and minimum and maximum values. Absolute and relative frequencies were calculated for categorical variables. The median time to start treatment was analyzed through charts and maps. The association between socioeconomic factors and time to treatment was based on statistical modeling with logistic regression, considering the outcome a binary response with the categories: time to treatment equal to or greater than 60 days and less than 60 days. Socioeconomic and geographical disparities were observed. There was a greater chance of delay in starting treatment in: the elderly between 50 and 79 years old, patients of race / color of black and brown skin, illiterate and cases with low schooling, without partner, and whose treatment occurred in a different municipality of their residence, and with initial staging. The Northeast and North regions had longer waiting times for both types of cancer. The fact of performing the treatment in a different municipality of his residence was strongly associated for all therapeutic modalities, especially for radiotherapy. In addition, socioeconomic factors were associated with the type of therapy performed. In conclusion, access to treatment of colon and rectum cancer is unequal in Brazil, socioeconomic and clinical factors are associated with the waiting time to start treatment, thus reflecting barriers to access treatment in a timely manner appropriate.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porTempo para o TratamentoNeoplasias ColorretaisRegistros HospitalaresAcesso aos serviços de saúdeTime-to-TreatmentTime FactorsWaiting ListsColonic NeoplasmsRegistriesQuality of Health CareHealth Services AccessibilitySocioeconomic FactorsNeoplasias Colorretais em epidemiologiaNeoplasias Colorretais em mortalidadeTempo para o TratamentoAcesso aos Serviços de SaúdeRegistros HospitalaresFatores associados ao tempo para o início do tratamento de câncer de cólon e reto no Brasil (2006 2015)Factors associated with the time to start colon and rectal cancer treatment in Brazil (2006-2015)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Fundação Oswaldo CruzFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37348/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Mariana_Araujo_ENSP_2019application/pdf3683888https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37348/2/ve_Mariana_Araujo_ENSP_20197601cce12ca51b036e5ea42ea5ad74dbMD52TEXTve_Mariana_Araujo_ENSP_2019.txtve_Mariana_Araujo_ENSP_2019.txtExtracted texttext/plain169366https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37348/3/ve_Mariana_Araujo_ENSP_2019.txt78a53bc4a6bb337218ee7260fc1e4d6cMD53icict/373482021-02-08 20:38:02.55oai:www.arca.fiocruz.br:icict/37348Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-02-08T23:38:02Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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