Fatores sociodemográficos e clínicos associados ao tempo para o início do tratamento de câncer de cólon e reto no Brasil, 2006-2015
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Cadernos de Saúde Pública |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2021000505012 |
Resumo: | O câncer de cólon e reto apresenta alta incidência mundialmente, porém a letalidade da doença é maior em países em desenvolvimento. O objetivo deste estudo é analisar fatores sociodemográficos e clínicos associados ao atraso para o início de tratamento de câncer de cólon e reto em hospitais no Brasil. Trata-se de estudo retrospectivo com dados dos registros hospitalares de câncer no Brasil de 2006 a 2015. O desfecho analisado é o tempo para início do tratamento de câncer de cólon e reto e possíveis associações entre variáveis sociodemográficas e referentes a fatores clínicos. Observaram-se disparidades no tempo para início do tratamento de acordo com estratos sociodemográficos e regiões geográficas. Há maior chance de atraso para o início do tratamento de câncer de cólon em pacientes com idade acima de 50 anos, de raça/cor de pele preta (OR = 1,50; IC95%: 1,21-1,84) e parda (OR = 1,28; IC95%: 1,17-1,42), analfabetos (OR = 1.50; IC95%: 1,19-1,90) ou com baixa escolaridade e cujo tratamento ocorreu em um município distinto de sua residência (OR = 1,25; IC95%: 1,14-1,38). Em pacientes com câncer de reto, há maior chance de atraso para o início do tratamento entre os casos com idade acima de 50 anos, de raça/cor de pele preta (OR = 1,44; IC95%: 1,20-1,72) e parda (OR = 1,29; IC95%: 1,19-1,39), analfabetos (OR = 1,71; IC95%: 1,40-2,09) ou com baixa escolaridade e cujo tratamento ocorreu em um município distinto de sua residência (OR = 1,35; IC95%: 1,25-1,47). Como conclusão, maior atenção deve ser destinada a reduzir o tempo para iniciar o tratamento nas regiões desfavorecidas e nos estratos identificados com barreiras de acesso ao tratamento em tempo oportuno. |
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Fatores sociodemográficos e clínicos associados ao tempo para o início do tratamento de câncer de cólon e reto no Brasil, 2006-2015Neoplasias do CólonNeoplasias RetaisTempo para o TratamentoRegistros HospitalaresAcesso aos Serviços de SaúdeO câncer de cólon e reto apresenta alta incidência mundialmente, porém a letalidade da doença é maior em países em desenvolvimento. O objetivo deste estudo é analisar fatores sociodemográficos e clínicos associados ao atraso para o início de tratamento de câncer de cólon e reto em hospitais no Brasil. Trata-se de estudo retrospectivo com dados dos registros hospitalares de câncer no Brasil de 2006 a 2015. O desfecho analisado é o tempo para início do tratamento de câncer de cólon e reto e possíveis associações entre variáveis sociodemográficas e referentes a fatores clínicos. Observaram-se disparidades no tempo para início do tratamento de acordo com estratos sociodemográficos e regiões geográficas. Há maior chance de atraso para o início do tratamento de câncer de cólon em pacientes com idade acima de 50 anos, de raça/cor de pele preta (OR = 1,50; IC95%: 1,21-1,84) e parda (OR = 1,28; IC95%: 1,17-1,42), analfabetos (OR = 1.50; IC95%: 1,19-1,90) ou com baixa escolaridade e cujo tratamento ocorreu em um município distinto de sua residência (OR = 1,25; IC95%: 1,14-1,38). Em pacientes com câncer de reto, há maior chance de atraso para o início do tratamento entre os casos com idade acima de 50 anos, de raça/cor de pele preta (OR = 1,44; IC95%: 1,20-1,72) e parda (OR = 1,29; IC95%: 1,19-1,39), analfabetos (OR = 1,71; IC95%: 1,40-2,09) ou com baixa escolaridade e cujo tratamento ocorreu em um município distinto de sua residência (OR = 1,35; IC95%: 1,25-1,47). Como conclusão, maior atenção deve ser destinada a reduzir o tempo para iniciar o tratamento nas regiões desfavorecidas e nos estratos identificados com barreiras de acesso ao tratamento em tempo oportuno.Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz2021-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2021000505012Cadernos de Saúde Pública v.37 n.5 2021reponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/0102-311x00214919info:eu-repo/semantics/openAccessLima,Mariana Araujo NevesVillela,Daniel Antunes Macielpor2021-05-26T00:00:00Zoai:scielo:S0102-311X2021000505012Revistahttp://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2021-05-26T00:00Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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O câncer de cólon e reto apresenta alta incidência mundialmente, porém a letalidade da doença é maior em países em desenvolvimento. O objetivo deste estudo é analisar fatores sociodemográficos e clínicos associados ao atraso para o início de tratamento de câncer de cólon e reto em hospitais no Brasil. Trata-se de estudo retrospectivo com dados dos registros hospitalares de câncer no Brasil de 2006 a 2015. O desfecho analisado é o tempo para início do tratamento de câncer de cólon e reto e possíveis associações entre variáveis sociodemográficas e referentes a fatores clínicos. Observaram-se disparidades no tempo para início do tratamento de acordo com estratos sociodemográficos e regiões geográficas. Há maior chance de atraso para o início do tratamento de câncer de cólon em pacientes com idade acima de 50 anos, de raça/cor de pele preta (OR = 1,50; IC95%: 1,21-1,84) e parda (OR = 1,28; IC95%: 1,17-1,42), analfabetos (OR = 1.50; IC95%: 1,19-1,90) ou com baixa escolaridade e cujo tratamento ocorreu em um município distinto de sua residência (OR = 1,25; IC95%: 1,14-1,38). Em pacientes com câncer de reto, há maior chance de atraso para o início do tratamento entre os casos com idade acima de 50 anos, de raça/cor de pele preta (OR = 1,44; IC95%: 1,20-1,72) e parda (OR = 1,29; IC95%: 1,19-1,39), analfabetos (OR = 1,71; IC95%: 1,40-2,09) ou com baixa escolaridade e cujo tratamento ocorreu em um município distinto de sua residência (OR = 1,35; IC95%: 1,25-1,47). Como conclusão, maior atenção deve ser destinada a reduzir o tempo para iniciar o tratamento nas regiões desfavorecidas e nos estratos identificados com barreiras de acesso ao tratamento em tempo oportuno. |
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