Influência do grau de ativação celular de linfócitos T no prognóstico de pacientes com Leishmaniose visceral coinfectados pelo HIV-1 acompanhados prospectivamente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Maria Luciana Silva de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13810
Resumo: A ativação imune crônica e a depleção linfocitária são marcantes na infecção pelo HIV-1 e pela Leishmania infatum. Esta ativação tem sido associada à exaustão do sistema imune em pacientes infectados pelo HIV e pode contribuir para as frequentes recidivas de leishmaniose visceral (LV) em pacientes LV/HIV-1. Assim, é importante investigar se a manutenção do tratamento anti-Leishmania combinado à terapia antirretroviral (TARV) é capaz de diminuir os níveis de ativação e, consequentemente, reduzir o número de recidivas da LV. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o grau de ativação celular e o seu impacto sobre o comprometimento imunológico, em pacientes LV/HIV-1, assim como determinar sua influência no prognóstico (recidiva ou remissão clínica) pós-tratamento anti-Leishmania dos pacientes coinfectados. Os pacientes foram divididos em: Não-recidivantes (NR;n=6) e Recidivantes (R;n=11). Ambos os grupos foram seguidos da fase ativa até 12 meses pós-tratamento (mpt), sendo mantidos sob TARV e em uso de profilaxia secundária com anfotericina B (50mg/quinzenal), desde o final do tto da LV. As contagens de TCD4+, grau de ativação (CD38+HLA-DR+), imunosenescência (CD57+CD27-), níveis de CD14 solúvel e anticorpos anti-Leishmania foram avaliados para os pacientes e voluntários sadios Durante a fase ativa da LV, ambos os grupos apresentaram níveis similares de todos os parâmetros avaliados. Entretanto, nos períodos de 6 e 12 mpt, o grupo NR mostrou um ganho significativo de células TCD4+, bem como uma diminuição dos percentuais de linfócitos TCD4 e TCD8 ativados, diferente do grupo R, que manteve uma baixa reconstituição imunológica, um alto grau de ativação em ambas as subpopulações de TCD8+ e CD4+ (p<0,0001 e p<0,01, respectivamente), além de níveis elevados de sCD14 (p<0,05), sugerindo um persistente grau de ativação imune entre pacientes R. As cargas viral e parasitária permaneceram baixas ou indetectáveis sem correlacão com a ativação. Entretanto, tal ativação se correlacionou negativamente com o dano na recuperação imunológica desses pacientes. Apesar dessas diferenças, os percentuais de linfócitos T senescentes foram similarmente elevados entre os grupos R e NR. A menor capacidade do grupo R em reduzir os níveis de ativação celular em comparação ao NR, pode estar relacionada ao comprometimento da resposta efetora, que decai a cada episodio de recidiva. Além disso, a profilaxia secundária parece modificar a história natural dos pacientes coinfectados que estão experenciando o primeiro episódio da doença, ao contrário daqueles que já apresentam várias recidivas
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Assim, é importante investigar se a manutenção do tratamento anti-Leishmania combinado à terapia antirretroviral (TARV) é capaz de diminuir os níveis de ativação e, consequentemente, reduzir o número de recidivas da LV. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o grau de ativação celular e o seu impacto sobre o comprometimento imunológico, em pacientes LV/HIV-1, assim como determinar sua influência no prognóstico (recidiva ou remissão clínica) pós-tratamento anti-Leishmania dos pacientes coinfectados. Os pacientes foram divididos em: Não-recidivantes (NR;n=6) e Recidivantes (R;n=11). Ambos os grupos foram seguidos da fase ativa até 12 meses pós-tratamento (mpt), sendo mantidos sob TARV e em uso de profilaxia secundária com anfotericina B (50mg/quinzenal), desde o final do tto da LV. 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Apesar dessas diferenças, os percentuais de linfócitos T senescentes foram similarmente elevados entre os grupos R e NR. A menor capacidade do grupo R em reduzir os níveis de ativação celular em comparação ao NR, pode estar relacionada ao comprometimento da resposta efetora, que decai a cada episodio de recidiva. Além disso, a profilaxia secundária parece modificar a história natural dos pacientes coinfectados que estão experenciando o primeiro episódio da doença, ao contrário daqueles que já apresentam várias recidivasChronic immune activation and lymphocytic depletion are striking features in HIV-1 and Leishmania infatum infection. Such activation has been associated with the exhaustion of the immune system in HIV+ patients and can contribute to frequent recurrences of visceral leishmaniasis (VL) in coinfected patients. Therefore, it is important to investigate whether maintenance of anti-Leishmania treatment combined with antiretroviral therapy (ART) is able to decrease the levels of cellular activation and hence reduce the number of VL relapses. In this ways, the aim of this study was to evaluate the cellular activation degree and its impact on the immune impairment in VL/HIV patients, as well as to determine their influence on prognosis (relapse or clinical remission) after anti-Leishmania treatment. The patients were divided into non-recurrent (NR; n=6) and recurrent (R; n=11). Both groups were followed by active phase up to 12 months post-treatment (mpt). They were on ART and use of secondary prophylaxis with amphotericin B (50mg/fortnightly) from the end of the VL treatment. CD4+ T cell counts, activation degree (CD38+/HLA-DR+), immunosenescence (CD57+/CD27-), soluble CD14 levels and anti-Leishmania antibodies were evaluated in the patients and healthy controls. During the active phase of VL, both groups had similar levels of all parameters However, at 6 and 12 mpt, the NR group showed a significant gain in CD4+T cells, as well as a decrease in the percentage of activated CD4 and CD8 T lymphocytes. Unlikely, R group kept a low immune reconstitution, a high degree of activation of both CD4 and CD8 subpopulations (p <0.0001 and p <0.01, respectively), and high levels of sCD14 (p <0.05), suggesting a persistent level of immune activation in R coinfected patients. Viral and parasite load remained low or undetectable with no correlation with activation. However, this activation degree was negatively correlated with impaired immune reconstitution of patients. Despite these differences, the percentages of senescent T lymphocytes were similarly high between R and NR groups. The smaller capacity of the R group in reducing cell activation levels compared to NR, may be related to some functional impairment of effector response that has been declining every recurrence episode. In addition, secondary prophylaxis seems to modify the natural history of co-infected patients who are presenting the first episode of the disease, as opposed to those who already have several recurrencesFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporInfluência do grau de ativação celular de linfócitos T no prognóstico de pacientes com Leishmaniose visceral coinfectados pelo HIV-1 acompanhados prospectivamenteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2015-12-22Pós-Graduação em Biologia ParasitáriaFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Biologia ParasitáriaHIVCoinfecçãoLeishmaniaRecidivaTranslocação Bacterianainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALmaria_freitas_ioc_mest_2015.pdfapplication/pdf2682437https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13810/1/maria_freitas_ioc_mest_2015.pdf7716b2371405ae3b8279f9da1f7ec256MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13810/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTmaria_freitas_ioc_mest_2015.pdf.txtmaria_freitas_ioc_mest_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain249159https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13810/3/maria_freitas_ioc_mest_2015.pdf.txt2bbe9fe6f7ebd305957faad8b19508eaMD53icict/138102022-06-24 13:03:05.758oai:www.arca.fiocruz.br:icict/13810Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-24T16:03:05Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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