Influência das alterações fenotípicas e funcionais de linfócitos T e B na predisposição às recidivas da leishmaniose visceral em pacientes coinfectados pelo HIV-1

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Maria Luciana Silva de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42693
Resumo: A leishmaniose visceral associada à infecção pelo HIV-1 (LV/HIV) é considerada uma coinfecção emergente, grave e de difícil manejo clínico, uma vez que os pacientes, comumente, falham na resposta ao tratamento anti-Leishmania, apresentam alta taxa de mortalidade e evoluem com frequentes recidivas da LV. Sabe-se que a infecção por Leishmania é um cofator para a potencialização do grau de imunossupressão, de ativação celular e status inflamatório exacerbado em pacientes LV/HIV, mesmo sob terapia antirretroviral combinada (cART) e pós-tratamento da LV. Aliado a isso, a imunosenescência, principal consequência da manutenção da ativação imune, poderia contribuir para um prejuízo qualitativo da resposta efetora ao parasito, que culminaria nas frequentes recidivas da LV. Então, nosso objetivo foi avaliar a influência do grau de ativação e dos fatores decorrentes da senescência de linfócitos T, assim como das subpopulações de linfócitos B sobre as frequentes recidivas da LV em pacientes LV/HIV. Para isso, 18 pacientes LV/HIV foram separados em não-recidivantes (n=6; NR-LV/HIV, um único episódio de LV ao longo da vida) e recidivantes (n=12; R-LV/HIV, com mais de um episódio de LV ativa), sendo acompanhados desde a fase ativa até 12 meses após o tratamento anti-Leishmania (12 mpt). Grupos controles (LV apenas, HIV-1 apenas e sadios) foram incluídos neste estudo. Atualmente, 19 pacientes LV/HIV encontram-se em recrutamento, seguindo esse mesmo desenho experimental descrito. Os pacientes R-LV/HIV mantiveram altos percentuais de linfócitos T ativados, níveis elevados de translocação microbiana e de IgG3 anti-Leishmania, bem como baixas contagens de células TCD4+ até 12 mpt, diferente de pacientes NR-LV/HIV Por outro lado, o percentual de células senescentes foi similar entre os grupos NR-LV/HIV e R-. Diante do ganho nas contagens de TCD4+ nos pacientes NR-LV/HIV, porém aliado a um estado fenotípico senescente, novas perguntas foram levantadas: 1) a distribuição do repertório de células T e o status inflamatório poderia refletir as diferenças na reconstituição imune desses grupos? 2) um melhor output tímico poderia ser determinante no processo de reconstituição imune dos pacientes NR-LV/HIV? Diante disso, verificou-se que os pacientes LV/HIV, independente de serem NR- ou R-, apresentaram o repertório TCRV\03B2 alterado em comparação aos indivíduos sadios. No entanto, a mobilização do repertório V\03B2 em TCD4+ foi mais homogênea, sobretudo nos NR-LV/HIV, enquanto em TCD8+ seguiu um padrão heterogêneo (expansões e/ou retrações de diferentes famílias V\03B2), em especial nos R-LV/HIV, o que pode corroborar com os elevados níveis de ativação dessas células. Adicionalmente, os pacientes NR-LV/HIV diminuíram as frequências de várias famílias TCRV\03B2 aos 12 mpt em relação à LV ativa, o que foi de acordo com a diminuição no status inflamatório deste grupo aos 12 mpt. Confirmando a contribuição do timo para essa condição imune diferenciada, os NR-LV/HIV apresentaram um aumento nos níveis de TREC/106PBMC aos 10 mpt em relação ao R- (p<0,05), cujos níveis foram sempre mais baixos do que os apresentados pelos monoinfectados pelo HIV-1 Semelhante aos linfócitos T, uma intensa ativação de células B se correlacionou com altas frequências de células B exaustas, sobretudo na LV ativa. Além disso, baixos percentuais de células B resting de memória foram observados, bem como altos níveis de plasmócitos de vida longa no sangue periférico, que sugerem uma continua circulação antigênica. Com exceção do perfil fenotípico dos linfócitos B, todos os nossos achados apontam que pacientes R-LV/HIV apresentam uma resposta imune sistêmica prejudicada, em termos de ativação celular, reconstituição imunológica e output tímico, que dificilmente pode ser revertido, ainda que sob carga viral e parasitária controladas pelos tratamentos específicos.
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Sabe-se que a infecção por Leishmania é um cofator para a potencialização do grau de imunossupressão, de ativação celular e status inflamatório exacerbado em pacientes LV/HIV, mesmo sob terapia antirretroviral combinada (cART) e pós-tratamento da LV. Aliado a isso, a imunosenescência, principal consequência da manutenção da ativação imune, poderia contribuir para um prejuízo qualitativo da resposta efetora ao parasito, que culminaria nas frequentes recidivas da LV. Então, nosso objetivo foi avaliar a influência do grau de ativação e dos fatores decorrentes da senescência de linfócitos T, assim como das subpopulações de linfócitos B sobre as frequentes recidivas da LV em pacientes LV/HIV. Para isso, 18 pacientes LV/HIV foram separados em não-recidivantes (n=6; NR-LV/HIV, um único episódio de LV ao longo da vida) e recidivantes (n=12; R-LV/HIV, com mais de um episódio de LV ativa), sendo acompanhados desde a fase ativa até 12 meses após o tratamento anti-Leishmania (12 mpt). Grupos controles (LV apenas, HIV-1 apenas e sadios) foram incluídos neste estudo. Atualmente, 19 pacientes LV/HIV encontram-se em recrutamento, seguindo esse mesmo desenho experimental descrito. Os pacientes R-LV/HIV mantiveram altos percentuais de linfócitos T ativados, níveis elevados de translocação microbiana e de IgG3 anti-Leishmania, bem como baixas contagens de células TCD4+ até 12 mpt, diferente de pacientes NR-LV/HIV Por outro lado, o percentual de células senescentes foi similar entre os grupos NR-LV/HIV e R-. Diante do ganho nas contagens de TCD4+ nos pacientes NR-LV/HIV, porém aliado a um estado fenotípico senescente, novas perguntas foram levantadas: 1) a distribuição do repertório de células T e o status inflamatório poderia refletir as diferenças na reconstituição imune desses grupos? 2) um melhor output tímico poderia ser determinante no processo de reconstituição imune dos pacientes NR-LV/HIV? Diante disso, verificou-se que os pacientes LV/HIV, independente de serem NR- ou R-, apresentaram o repertório TCRV\03B2 alterado em comparação aos indivíduos sadios. No entanto, a mobilização do repertório V\03B2 em TCD4+ foi mais homogênea, sobretudo nos NR-LV/HIV, enquanto em TCD8+ seguiu um padrão heterogêneo (expansões e/ou retrações de diferentes famílias V\03B2), em especial nos R-LV/HIV, o que pode corroborar com os elevados níveis de ativação dessas células. Adicionalmente, os pacientes NR-LV/HIV diminuíram as frequências de várias famílias TCRV\03B2 aos 12 mpt em relação à LV ativa, o que foi de acordo com a diminuição no status inflamatório deste grupo aos 12 mpt. Confirmando a contribuição do timo para essa condição imune diferenciada, os NR-LV/HIV apresentaram um aumento nos níveis de TREC/106PBMC aos 10 mpt em relação ao R- (p<0,05), cujos níveis foram sempre mais baixos do que os apresentados pelos monoinfectados pelo HIV-1 Semelhante aos linfócitos T, uma intensa ativação de células B se correlacionou com altas frequências de células B exaustas, sobretudo na LV ativa. Além disso, baixos percentuais de células B resting de memória foram observados, bem como altos níveis de plasmócitos de vida longa no sangue periférico, que sugerem uma continua circulação antigênica. Com exceção do perfil fenotípico dos linfócitos B, todos os nossos achados apontam que pacientes R-LV/HIV apresentam uma resposta imune sistêmica prejudicada, em termos de ativação celular, reconstituição imunológica e output tímico, que dificilmente pode ser revertido, ainda que sob carga viral e parasitária controladas pelos tratamentos específicos.Visceral leishmaniasis associated with HIV-1 infection (VL/HIV) is considered an emerging, severe and difficult clinical management co-infection, since patients normally fail to respond to anti-Leishmania treatment, have a high mortality rate and evolve with frequent VL relapses. It is known that the Leishmania infection is a cofactor for enhancing the degree of immunosuppression, cellular activation and exacerbated inflammatory status in VL/HIV patients, even under combined antiretroviral therapy (cART) and after treatment of VL. In addition, immunosenescence, the main consequence of maintaining immune activation, could contribute to a qualitative impairment of the effector response to the parasite, which would culminate in frequent relapses of VL. Then, our goal was to evaluate the influence of the activation degree and the factors resulting from T lymphocyte senescence, as well of the B-cell subpopulations on the frequent VL relapses in VL/HIV patients. For this, 18 VL/HIV patients were grouped in non-relapsing (n=6; NR-VL/HIV, a single episode of VL throughout life) and relapsing (n=12; R-VL/HIV, with more than one episode of active VL), being followed from the VL active phase up to 12 months after anti-Leishmania treatment (12 mpt). Control groups (VL only, HIV only and healthy) were included in this study. Currently, 19 VL/HIV patients are being recruited following the same experimental design described The R-VL/HIV patients maintained high percentages of activated T-cell, elevated levels of microbial translocation and anti-Leishmania IgG3, as well low counts of CD4+ T cells up to 12 mpt, different from NR-VL/HIV patients. On the other hand, the percentages of senescent T-cells were similar between NR-VL/HIV and R- groups. Given the gain in CD4+ T counts in NR-VL/HIV patients, along with a senescent phenotypic status, new questions were raised: 1) Could T-cell repertoire distribution and inflammatory status reflect the differences in the immune reconstitution of these groups? 2) Could a better thymic output be determinant in the process of immune reconstitution of NR-VL/HIV patients? Therefore, it was verified that VL/HIV patients, regardless of whether NR- or R-, presented an altered TCRV\03B2 repertoire compared to healthy individuals. However, the mobilization of the V\03B2 repertoire on CD4+ T cells was more homogeneous, especially in the NR-VL/HIV, whereas on CD8+ T cells followed a heterogeneous pattern (expansions and/or retractions of different V\03B2 families), mainly in the R-LV / HIV, which may corroborate with the high activation levels of these cells Additionally, NR-VL/HIV patients decreased the frequencies of several TCRV\03B2 families at 12 mpt in relation to the active VL, which was in accordance with the decrease in the inflammatory status of this group at 12 mpt. Confirming the contribution of thymus to this differentiated immune condition, NR-VL/HIV showed an increase in TREC/106PBMC levels at 10 mpt compared to R- (p <0.05), whose levels were always lower than those presented by mono-infected HIV-1 patients. Similar to T-lymphocytes, the intense activation of B cells correlated with high frequencies of exhausted B cells, especially VL active. In addition, low percentages of memory resting B cells were observed, as well high levels of long-lived plasma cells in the peripheral blood, that suggested a continuous antigen circulation. Except for the phenotypic profile of B lymphocytes, all our findings indicate that R-VL/HIV patients present an impaired systemic immune response, in terms of cellular activation, immune reconstitution and thymic output that hardly can be reverted, even under controlled viral and parasitic load by specific therapies.2020-09-17Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porCoinfecçãoInfecções por HIVLeushmaniose VIsceralRecidivaCoinfecçãoInfecções por HIVLeushmaniose VIsceralRecidivaInfluência das alterações fenotípicas e funcionais de linfócitos T e B na predisposição às recidivas da leishmaniose visceral em pacientes coinfectados pelo HIV-1info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2019Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Parasitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42693/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALmaria_freitas_ioc_dout_2019.pdfmaria_freitas_ioc_dout_2019.pdfapplication/pdf15063045https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42693/2/maria_freitas_ioc_dout_2019.pdf449444a0280039e5f32d61de83215c9bMD52TEXTmaria_freitas_ioc_dout_2019.pdf.txtmaria_freitas_ioc_dout_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain501560https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42693/3/maria_freitas_ioc_dout_2019.pdf.txtd71fff5036f9a8349d9d703be8981a1eMD53icict/426932021-02-10 19:38:17.765oai:www.arca.fiocruz.br:icict/42693Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-02-10T22:38:17Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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