Política pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Angélica Baptista
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14272
Resumo: O estudo investiga o surgimento da telessaúde no Brasil e sua configuração como serviço na rede de atenção do SUS, propondo a partir desta análise, uma metodologia de avaliação. Os resultados desta pesquisa, realizada no período de 2009 a 2012, estão apresentados em três artigos científicos. O artigo inicial é um estudo transversal, com o aporte teórico das políticas públicas, que apresenta a entrada da telessaúde na agenda pública brasileira, observando a primeira iniciativa nacional na administração pública, Rede Universitária de Telemedicina - Rute. Conclui-se que duas questões emergiram com a implantação dos serviços de telessaúde: a necessidade de inclusão digital do setor e a interoperabilidade de sistemas de informação em saúde na rede de atenção. Já o segundo artigo propõe um conceito de telessaúde com o enfoque do campo de saberes da saúde coletiva, considerando a inovação e a pesquisa translacional como elementos-chave a fim de se compreender o papel da telessaúde no sistema de saúde. Telessaúde é conceituada como toda atividade em rede, mediada por computação que promove a translação de conhecimento entre a pesquisa e os serviços de saúde. O último artigo descreve um método de avaliação para os serviços de telessaúde, validado por uma consulta a especialistas, membros da Rute, na modalidade de pesquisa qualitativa, utilizando a técnica Delfos. Como produto final desta tese, há dezesseis recomendações para planejar a avaliação e monitoramento de serviços de telessaúde no SUS, além de outros aspectos relacionados à especificidade da avaliação da telessaúde. Nas palavras de especialistas que contribuíram para a formação do Programa Nacional de Telessaúde brasileiro e que fundaram a Rute, a telessaúde fortalece o SUS na medida em que: contribui para atualização e qualificação profissional através de treinamento em serviço de maneira síncrona e assíncrona; dissemina práticas clínicas atualizadas, adéqua conteúdos de tele-educação à realidade local do profissional de saúde, promove a educação permanente do profissional para o correto procedimento ou intervenção clínica; auxilia na coleta e 10 sistematização de dados para subsidiar novas intervenções e abordagens no contexto epidemiológico local; fornece subsídios para construção de uma política de inclusão digital para a área da saúde; estimula a alfabetização sanitária crítica dos gestores, alfabetização sanitária funcional dos profissionais de saúde e a alfabetização sanitária crítica e interativa dos usuários; contribui para o acesso ao serviço de saúde pela sociedade; esclarece a população por meio eletrônico sobre a situação de saúde de comunidade; desenvolve sistemas de acordo com a interoperabilidade de informações de sistemas de saúde regulada pela administração pública; adota padrões seguros de troca de informação entre sistemas de registros eletrônicos em saúde; submete seus sistemas a testes de usabilidade com usuários finais; produz dados para o registro eletrônico centrado no paciente; prevê no sistema de encaminhamento os diversos níveis de complexidade do sistema de saúde; produz indicadores de saúde unificados, visando um melhor planejamento dos serviços; constrói interface única entre sistemas de telessaúde assistenciais e educacionais de acordo com a Classificação Internacional de Doenças na última versão.
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O artigo inicial é um estudo transversal, com o aporte teórico das políticas públicas, que apresenta a entrada da telessaúde na agenda pública brasileira, observando a primeira iniciativa nacional na administração pública, Rede Universitária de Telemedicina - Rute. Conclui-se que duas questões emergiram com a implantação dos serviços de telessaúde: a necessidade de inclusão digital do setor e a interoperabilidade de sistemas de informação em saúde na rede de atenção. Já o segundo artigo propõe um conceito de telessaúde com o enfoque do campo de saberes da saúde coletiva, considerando a inovação e a pesquisa translacional como elementos-chave a fim de se compreender o papel da telessaúde no sistema de saúde. Telessaúde é conceituada como toda atividade em rede, mediada por computação que promove a translação de conhecimento entre a pesquisa e os serviços de saúde. 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Nas palavras de especialistas que contribuíram para a formação do Programa Nacional de Telessaúde brasileiro e que fundaram a Rute, a telessaúde fortalece o SUS na medida em que: contribui para atualização e qualificação profissional através de treinamento em serviço de maneira síncrona e assíncrona; dissemina práticas clínicas atualizadas, adéqua conteúdos de tele-educação à realidade local do profissional de saúde, promove a educação permanente do profissional para o correto procedimento ou intervenção clínica; auxilia na coleta e 10 sistematização de dados para subsidiar novas intervenções e abordagens no contexto epidemiológico local; fornece subsídios para construção de uma política de inclusão digital para a área da saúde; estimula a alfabetização sanitária crítica dos gestores, alfabetização sanitária funcional dos profissionais de saúde e a alfabetização sanitária crítica e interativa dos usuários; contribui para o acesso ao serviço de saúde pela sociedade; esclarece a população por meio eletrônico sobre a situação de saúde de comunidade; desenvolve sistemas de acordo com a interoperabilidade de informações de sistemas de saúde regulada pela administração pública; adota padrões seguros de troca de informação entre sistemas de registros eletrônicos em saúde; submete seus sistemas a testes de usabilidade com usuários finais; produz dados para o registro eletrônico centrado no paciente; prevê no sistema de encaminhamento os diversos níveis de complexidade do sistema de saúde; produz indicadores de saúde unificados, visando um melhor planejamento dos serviços; constrói interface única entre sistemas de telessaúde assistenciais e educacionais de acordo com a Classificação Internacional de Doenças na última versão.The study investigates the emergence of telehealth in Brazil and its configuration as a service on the attention network of SUS. The results of this research made from 2009 to 2012 are presented in three papers. The initial article is a cross-sectional public policy study, which presents the input of telehealth in Brazilian public agenda. The second article proposes a concept of telehealth with the focus of the field of knowledge of public health, considering innovation and translational research as key elements in order to understand the role of telehealth in the healthcare system. The third article describes a method for the evaluation of telehealth services, validated by an expert consultation, members of Telemedicine University 11 Network/Rute, in the form of qualitative research, using the Delphi technique. As a product of this thesis, there are sixteen recommendations for planning monitoring and evaluation of telehealth services in SUS, and other aspects related to the specific evaluation of telehealth. In the words of experts who contributed to the formation of the Brazilian National Telehealth Program and founded the Rute, telehealth strengthens the SUS as it: contributes to updating and professional skills through training in service synchronously and asynchronously; disseminates practices date clinical education content adapted for to local health professionals; promotes continuing education professional for the correct procedure or clinical intervention; assists in the collection and systematization of data to support new interventions and approaches in the context of local epidemiological; provides subsidies for construction of a digital inclusion policy for health; stimulates critical health literacy of managers, functional health literacy of health professionals and health literacy critical and interactive users; contributes to access to health services by the company; clarifies the public by electronic means on the health status of the community; develops systems according to the interoperability of health information systems regulated by the government; adopts safety standards for the exchange of information between systems of electronic health records; submit your systems the usability testing with end users; produces data for patient-centered electronic record; provides the referral system at different levels of complexity of the health system; produces standardized health indicators in order to better plan services; builds single interface between telehealth systems and provides educational assistance and its computerization project according to the International Classification of Diseases in the latest version.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porTelessaúdeAvaliaçãoPolítica públicaPesquisa translacionalTelehealthAssessmentPublic policiesTranslational researchInovaçãoSistemas de InformaçãoTelecomunicaçõesInternetAvaliação de Serviços de SaúdePolíticas PúblicasPesquisa Médica TranslacionalPolítica pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS?Public policy, education, technology and articulated health: how telehealth can contribute to strengthen the SUS?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Angelica_Silva_ENSP_2013.pdfapplication/pdf3853306https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14272/1/ve_Angelica_Silva_ENSP_2013.pdf8fc7241deea60248b9ccee147c9fb70aMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14272/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT216.pdf.txt216.pdf.txtExtracted texttext/plain264763https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14272/3/216.pdf.txtf6b050073b09cb827f03041fc2619ca5MD53ve_Angelica_Silva_ENSP_2013.pdf.txtve_Angelica_Silva_ENSP_2013.pdf.txtExtracted texttext/plain264840https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14272/4/ve_Angelica_Silva_ENSP_2013.pdf.txt4bd47fec5c4bef70555fa94822150cb9MD54icict/142722023-08-03 11:24:19.37oai:www.arca.fiocruz.br:icict/14272Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-03T14:24:19Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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