"Fala, galera": quem são e o que pensam divulgadores científicos no YouTube
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48625 |
Resumo: | A internet trouxe oportunidades inéditas para a área da divulgação científica no que se refere às possibilidades de alcance de públicos cada vez maiores e mais diversos. Um dos fenômenos surgidos na revolução digital que se seguiu à criação da rede é a figura do divulgador científico digital, capaz de utilizar os recursos da internet para a atividade de popularização da ciência na web. Nesse cenário tecnológico, o surgimento de plataformas de publicação de vídeos como o YouTube potencializou a capacidade comunicacional dos divulgadores científicos ao lhes proporcionar um meio audiovisual no qual podem utilizar linguagens e formas diversas para dialogarem com o público. No Brasil, uma comunidade de produtores e apresentadores de vídeos despontou e tem crescido substancialmente nos últimos anos, ampliando significativamente o alcance da divulgação científica no país. Esta pesquisa investiga quem são essas pessoas, analisando suas histórias, suas trajetórias acadêmicas e profissionais, suas motivações, referências e influências, as dificuldades que enfrentam para atuarem como divulgadores e quais são as suas percepções sobre a área da divulgação científica. Para tanto, foi feito um estudo quali-quantitativo que incluiu entrevistas com 11 divulgadores científicos e um questionário respondido por outros 50, todos atuando ativamente na plataforma no momento. Os dados captados pelos instrumentos de coletas de dados e a análise do conteúdo de suas falas trouxeram à luz informações importantes sobre esses divulgadores, desde a pouca diversidade sociodemográfica existente entre eles (ao mesmo tempo em que existe um desejo manifesto de mudar esse cenário) até a existência de pluralidade em suas visões sobre o papel do divulgador científico brasileiro (que encontram reflexos em perspectivas que vão do modelo de déficit ao de engajamento público). Os resultados indicam a necessidade de aumento da representatividade de grupos hoje minoritários atuando na divulgação científica brasileira no YouTube, de maneira a ampliar o alcance da atividade com a adição de perfis e linguagens que dialoguem com públicos mais diversos, bem como a necessidade de criação de medidas de fomento e valorização da atividade, apontada como uma das maiores dificuldades enfrentadas na área. |
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Santos, David Ayrolla dosAlmeida, Carla da Silva2021-08-13T15:03:55Z2021-08-13T15:03:55Z2021SANTOS, David Ayrolla dos. "Fala, galera": quem são e o que pensam divulgadores científicos no YouTube. 2021. 286 f. Dissertação (Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48625A internet trouxe oportunidades inéditas para a área da divulgação científica no que se refere às possibilidades de alcance de públicos cada vez maiores e mais diversos. Um dos fenômenos surgidos na revolução digital que se seguiu à criação da rede é a figura do divulgador científico digital, capaz de utilizar os recursos da internet para a atividade de popularização da ciência na web. Nesse cenário tecnológico, o surgimento de plataformas de publicação de vídeos como o YouTube potencializou a capacidade comunicacional dos divulgadores científicos ao lhes proporcionar um meio audiovisual no qual podem utilizar linguagens e formas diversas para dialogarem com o público. No Brasil, uma comunidade de produtores e apresentadores de vídeos despontou e tem crescido substancialmente nos últimos anos, ampliando significativamente o alcance da divulgação científica no país. Esta pesquisa investiga quem são essas pessoas, analisando suas histórias, suas trajetórias acadêmicas e profissionais, suas motivações, referências e influências, as dificuldades que enfrentam para atuarem como divulgadores e quais são as suas percepções sobre a área da divulgação científica. Para tanto, foi feito um estudo quali-quantitativo que incluiu entrevistas com 11 divulgadores científicos e um questionário respondido por outros 50, todos atuando ativamente na plataforma no momento. Os dados captados pelos instrumentos de coletas de dados e a análise do conteúdo de suas falas trouxeram à luz informações importantes sobre esses divulgadores, desde a pouca diversidade sociodemográfica existente entre eles (ao mesmo tempo em que existe um desejo manifesto de mudar esse cenário) até a existência de pluralidade em suas visões sobre o papel do divulgador científico brasileiro (que encontram reflexos em perspectivas que vão do modelo de déficit ao de engajamento público). Os resultados indicam a necessidade de aumento da representatividade de grupos hoje minoritários atuando na divulgação científica brasileira no YouTube, de maneira a ampliar o alcance da atividade com a adição de perfis e linguagens que dialoguem com públicos mais diversos, bem como a necessidade de criação de medidas de fomento e valorização da atividade, apontada como uma das maiores dificuldades enfrentadas na área.The Internet has brought unprecedented opportunities for the area of science communication with regard to the possibilities of reaching increasingly larger and more diverse audiences. One of the phenomena that emerged in the digital revolution following the creation of the internet is the figure of the digital science communicator, capable of using the resources of the web for the activity of popularization of science. In this technological scenario, the emergence of video publishing platforms such as YouTube has enhanced the communicational capacity of science communicators by providing them with an audiovisual medium in which they can use different languages and forms to dialogue with the public. In Brazil, a community of video producers and presenters has emerged and has grown substantially in recent years, significantly expanding the reach of science communication in the country. This research investigates who these people are, analyzing their histories, their academic and professional trajectories, their motivations, references and influences, the difficulties they face to act as communicators and what their perceptions about the area of science communication are. To this end, a quali-quantitative study was carried out, which included interviews with 11 science communicators and a questionnaire answered by another 50, all of whom were active on the platform at the time. The data captured by the data collection instruments and the content analysis of their speeches brought to light important information about these communicators, from the little sociodemographic diversity that exists among them (at the same time that there is a manifest desire to change this scenario) to the existence of plurality in their views on the role of the Brazilian science communicator (which are reflected in perspectives ranging from the deficit model to the public engagement model). The results indicate the need to increase the representativeness of today's minority groups working in the Brazilian science communication on YouTube, in order to expand the scope of the activity with the addition of profiles and languages that dialogue with more diverse audiences, as well as the need to create measures of promoting and valuing the activity, pointed out as one of the greatest difficulties faced in the area.CAPESFundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDivulgação CientíficaDivulgadores da CiênciaInternetYouTubeScience CommunicationScience CommunicatorsInternetYouTubeComunicação e Divulgação CientíficaInternetWebcast"Fala, galera": quem são e o que pensam divulgadores científicos no YouTubeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021Casa de Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48625/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL000245819.pdfapplication/pdf5287007https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48625/2/000245819.pdf96421623359fd9cc1c1305c20f1e27edMD52TEXT000245819.pdf.txt000245819.pdf.txtExtracted texttext/plain674623https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48625/3/000245819.pdf.txt6dc4435cbb950c6f9a4d09ec1c71da0bMD53icict/486252022-03-24 15:31:42.172oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48625Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-03-24T18:31:42Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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