Estudo de prevalência de auto-anticorpos não órgão específicos em população rural do nordeste brasileiro (Cavunge-BA)
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34902 |
Resumo: | Os auto-anticorpos hepáticos (AAH), incluindo os anticorpos antinúcleo (ANA), antimúsculo liso (SMA), antimicrossoma de fígado e rim do tipo 1 (anti-M1), anticitosol hepático do tipo 1 (anti-LC1) e antimitocôndria (AMA), podem ser encontrados em 1 % a 43% dos indivíduos saudáveis, sendo considerados auto-anticorpos naturais. Por outro lado, são também considerados marcadores de enfermidades auto-imunes, particularmente hepatite auto-imune (HAI) e cirrose biliar primária (CBP), duas doenças auto-imunes do fígado de prevalência ainda desconhecida na população brasileira. Com o intuito de avaliar a freqüência de AAH na população normal e sua correlação com estado de doença e de investigar a prevalência de HAI e CBP no Brasil, foram coletadas amostras de soro de 725 indivíduos, aleatoriamente selecionados, residentes no povoado de Cavunge para realização de AAH por imunofluorescência indireta (IFI), empregando cortes de roedores, fibroblastos e células Hep-2. Os resultados foram comparados com dados demográficos e marcadores sorológicos de infecção por vírus A, B e C. Positividade para AAH foi considerada na presença de titulação igualou superior a 1:40, sendo considerada clinicamente relevante titulação igualou superior a 1:80. Cento e um indivíduos (14%) apresentaram reatividade para AAH, a maioria com títulos de 1:40, sendo observada positividade para SMA, ANA e AMA em respectivamente 10%, 4% e 0,1% dos indivíduos. Não foi encontrada reatividade para anti-LKM 1 e anti-LC 1. Os principais padrões de IFI para SMA e ANA foram, respectivamente, vaso e glomérulo I e nuclear pontilhado grosso. Apenas um indivíduo com SMA exibiu reatividade para anti-microfilamento em baixo título, não sendo observada reatividade para anti-M2 no único portador de AMA. Indivíduos com AAH positivos apresentaram idade significantemente maior e maior preponderância do sexo feminino, quando comparados àqueles sem reatividade para AAH. Não foi observada correlação entre infecção pregressa ou ativa por vírus hepatotrópicos e AAH. Nenhum paciente com HAI ou CBP foi identificado empregando o rastreamento de AAH como estratégia. Corroborando com dados da literatura, os resultados do presente estudo indicam que AAH ocorrem em baixos títulos na população normal, preponderantemente em mulheres e em indivíduos com idade mais avançada e não se correlacionam com estado de doença. Diante da raridade dessas enfermidades na população brasileira, o emprego isolado destes auto-anticorpos como marcadores de doença hepática auto-imune, em nosso meio, deve portanto ser fortemente desaconselhado. |
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Cunha, Liliane MonteiroAndrade, Zilton de AraújoAtta, Ajax MercêsBarral Netto, ManoelBittencourt, Paulo LisboaBittencourt, Paulo Lisboa2019-08-20T14:08:30Z2019-08-20T14:08:30Z2009CUNHA, Liliane Monteiro. Estudo de prevalência de auto-anticorpos não órgão específicos em população rural do nordeste brasileiro (Cavunge-BA). 2009. 104 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2009.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34902Os auto-anticorpos hepáticos (AAH), incluindo os anticorpos antinúcleo (ANA), antimúsculo liso (SMA), antimicrossoma de fígado e rim do tipo 1 (anti-M1), anticitosol hepático do tipo 1 (anti-LC1) e antimitocôndria (AMA), podem ser encontrados em 1 % a 43% dos indivíduos saudáveis, sendo considerados auto-anticorpos naturais. Por outro lado, são também considerados marcadores de enfermidades auto-imunes, particularmente hepatite auto-imune (HAI) e cirrose biliar primária (CBP), duas doenças auto-imunes do fígado de prevalência ainda desconhecida na população brasileira. Com o intuito de avaliar a freqüência de AAH na população normal e sua correlação com estado de doença e de investigar a prevalência de HAI e CBP no Brasil, foram coletadas amostras de soro de 725 indivíduos, aleatoriamente selecionados, residentes no povoado de Cavunge para realização de AAH por imunofluorescência indireta (IFI), empregando cortes de roedores, fibroblastos e células Hep-2. Os resultados foram comparados com dados demográficos e marcadores sorológicos de infecção por vírus A, B e C. Positividade para AAH foi considerada na presença de titulação igualou superior a 1:40, sendo considerada clinicamente relevante titulação igualou superior a 1:80. Cento e um indivíduos (14%) apresentaram reatividade para AAH, a maioria com títulos de 1:40, sendo observada positividade para SMA, ANA e AMA em respectivamente 10%, 4% e 0,1% dos indivíduos. Não foi encontrada reatividade para anti-LKM 1 e anti-LC 1. Os principais padrões de IFI para SMA e ANA foram, respectivamente, vaso e glomérulo I e nuclear pontilhado grosso. Apenas um indivíduo com SMA exibiu reatividade para anti-microfilamento em baixo título, não sendo observada reatividade para anti-M2 no único portador de AMA. Indivíduos com AAH positivos apresentaram idade significantemente maior e maior preponderância do sexo feminino, quando comparados àqueles sem reatividade para AAH. Não foi observada correlação entre infecção pregressa ou ativa por vírus hepatotrópicos e AAH. Nenhum paciente com HAI ou CBP foi identificado empregando o rastreamento de AAH como estratégia. Corroborando com dados da literatura, os resultados do presente estudo indicam que AAH ocorrem em baixos títulos na população normal, preponderantemente em mulheres e em indivíduos com idade mais avançada e não se correlacionam com estado de doença. Diante da raridade dessas enfermidades na população brasileira, o emprego isolado destes auto-anticorpos como marcadores de doença hepática auto-imune, em nosso meio, deve portanto ser fortemente desaconselhado.Antinuclear (ANA), anti-smooth muscle (SMA), anti-mitochondrial (AMA), anti-liver kidney microsome type 1 (anti-LKM1) and anti-liver citosol type 1 (anti-LC1) antibodies are reported to occur in approximately 1% to 43% of healthy subjects, usually in low titers. When in higher titers, they are considered, as well, as serological markers of autoimmune diseases of the liver, such as autoimmune hepatitis (AIH) and primary biliary cirrhosis (PBC). Even though both diseases are said to be rare in Brazil, their prevalence is currently unknown in Brazilians. The aims of the present study were to determine the frequency of the aforementioned auto-antibodies (AA) in healthy subjects from a rural brazilian community, as well as to correlate its presence with viral and autoimmune diseases, particularly AIH and PBC. Seven hundred twenty-five subjects from Cavunge, Brazil were submitted to laboratory evaluation in order to search for the presence of ANA, SMA, AMA, anti-LKM1 and anti-LC1 by indiret immunofluorescence (IIF). Titers equal or above 1:40 or equal or above 1:80 were considered positive or clinically relevant, respectively. All subjects with AA in clinically relevant titers were subsequently evaluated for the presence of autoimmune or infectious disorders. Comparisons of results were undertaken with demographic parameters and serology for hepatitis A, B and C. One hundred and one (14%) subjects had AA, particularly SMA (10%), ANA (4%) and AMA (0,1%). Most had titers igual to 1:40. None had reactivity for anti-LKMI or anti-LC1. One subject with SMA exhibited reactivity to anti-microfilament antibody. On the contrary, no reactiviy for anti-M2 antibody was disclosed in the AMA-positive subject. Subjects with AA were significantly more frequenly females and had higher age, when compared to their counterparts without AA. No correlation between past or present serological evidence of hepatits A, B or C and occurrence of AA was disclosed. Further clinical and laboratory evaluation failed to disclose any case of AIH or PBC. The only subject with AMA by IIF had no cholestasis. In conclusion, AA can occur in a subset of healthy subjects, more frequenly in females and in the elderly, and are not associated with viral or autoimmune diseases. Caution should be taken when using AA solely as markers of autoimmunity, due to its frequency in the general population and the rarity of autoimmune liver diseases at least in Brazil.CNPq e PRONEX.Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porCentro de Pesquisas Gonçalo MonizAnticorposHepatite autoimuneCirrose Biliar PrimáriaHepatite Viral HumanaPopulaçãoAntibodiesHepatitis AutoimmuneLiver Cirrhosis BiliaryHepatitis Viral HumanPopulationEstudo de prevalência de auto-anticorpos não órgão específicos em população rural do nordeste brasileiro (Cavunge-BA)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2009Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Centro de Pesquisas Goncalo MonizMestrado AcadêmicoSalvador/BAPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34902/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALLiliane Monteiro Cunha Estudo... 2009[1].pdfLiliane Monteiro Cunha Estudo... 2009[1].pdfapplication/pdf42238521https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34902/2/Liliane%20Monteiro%20Cunha%20Estudo...%202009%5b1%5d.pdf1f20feb15935774cb34ee33c68c5e1d2MD52TEXTLiliane Monteiro Cunha Estudo... 2009[1].pdf.txtLiliane Monteiro Cunha Estudo... 2009[1].pdf.txtExtracted texttext/plain151024https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34902/3/Liliane%20Monteiro%20Cunha%20Estudo...%202009%5b1%5d.pdf.txt4a65320a2c01083c97284c17c47d970eMD53icict/349022019-08-21 23:47:40.252oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34902Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-08-22T02:47:40Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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