Identificação de genótipos de rotavírus circulantes em crianças no Amapá em apoio a vigilância epidemiológica

• Autor(a) principal: Marques, Júlia Pantoja
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40031
• topic: Diarreia; Rotavirus; Amapá; Diarrhea; Rotavirus; Amapá; Rotavirus; Infecções por Rotavirus; Diarreia infantil; Vigilância Epidemiológica

Estima-se que nos países desenvolvidos e em desenvolvimento ocorram 23 milhões de atendimentos ambulatoriais e 2,3 milhões de internações por ano e que o rotavírus do grupo A (RVA) cause óbito em mais de 197.000 crianças a cada ano. Esse vírus acomete, principalmente, crianças menores de 5 anos de idade, particularmente nos países em desenvolvimento. Os RV são classificados no gênero Rotavirus, família Reoviridae, sendo constituídos por 11 segmentos de ácido ribonucleico de fita dupla (dsRNA) os quais se encontram inseridos no core viral. Os RV são classificados em nove grupos ou espécies designados de A a I. O objetivo do presente estudo foi o de detectar os RV em crianças diarreicas e não diarreicas de 0 a 5 anos no município de Macapá, Amapá.O estudo envolveu 161 amostras fecais colhidas de crianças com até cinco anos de idade no período de janeiro de 2014 a agosto de 2015 com ou sem diarreia atendidos em níveis ambulatorial e hospitalar no município de Macapá, Amapá. O RVA foi identificado pelo Ensaio Imunoenzimático (EIE) seguido pela Reação em Cadeia da Polimerase precedida de transcrição Reversa (RT-PCR) e Nested PCR para amplificar os genes VP7 (tipos G) e VP4 (tipos P). A positividade encontrada para RVA foi de 18,6% (30/161), sendo encontrado somente o perfil eletroforético longo nas amostras estudadas (60%). Houve predominância do genótipo emergente G12P[8] circulando em crianças de Macapá, estado do Amapá. Das crianças diarreicas, 43,3% (13/30) associaram febre e vômito ao quadro clínico viral. Com relação ao quadro vacinal, houve associação significante entre a infecção por RVA e o número de doses da Vacina Oral de Rotavírus Humano (VORH) recebidas (p < 0,05), pois entre as crianças que tiveram infecção 70% (21/30) não completaram o esquema vacinal. Os resultados obtidos neste estudo refletem a importância da gastrenterite aguda por RV no estado do Amapá, onde, o genótipo circulante no período estudado foi o tipo emergente G12P[8], circulante na Europa, América e em algumas regiões do Brasil. Desta forma, há a necessidade de estudos adicionais na região, para contribuir com a rede de vigilância em saúde, visando a adoção de medidas educativas e de controle.