Qualidade de vida em idosos hipertensos e diabéticos acompanhados pela Estratégia Saúde da Família no Município de Manaus, Amazonas

• Autor(a) principal: Santos, Thaliê Cavalcante
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Souza, Márcio Thiago Marinho, Mendonça, Nágila Alves, Beltrão, Carlos Arthur Marinho da Silva, Sousa, José Diego de Brito, Barbosa, Taciana Lemos, Herkrath, Fernando José, Cardoso, Evangeline Maria
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38103
• topic: Estratégia Saúde da Família; Doença crônica não transmissível; DCNT; Hipertensão Arterial Sistêmica; HAS; Diabetes Mellitus; DM; Prevalência; Idosos

O número de indivíduos com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) vem aumentando, acompanhando o aumento da expectativa de vida no Brasil. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) estão entre as DCNT com maior prevalência entre os idosos. Tais doenças compartilham fatores de risco comuns e estão associadas a redução na qualidade de vida (QV) dos indivíduos. Analisar a qualidade de vida geral de pacientes idosos, diagnosticados com hipertensão arterial sistêmica ou diabete mellitus e acompanhados pela Estratégia Saúde da Família no município de Manaus, Amazonas. Trata-se de estudo transversal, realizado por meio de inquérito domiciliar, utilizando o instrumento World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref). O cálculo amostral considerou o valor 25 para o desvio-padrão do escore do instrumento, assumiu como ¼ dos valores mínimos e máximo do seu intervalo (0-100), com precisão de 2% e nível de confiança de 95%. Com a correção para população finita o tamanho da amostra foi definido em 591 indivíduos. Foram incluídos pacientes idosos com HAS e DM residentes em Manaus e excluídos os que não eram cadastrados pelas equipes de saúde da família. Os dados foram analisados por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Observou-se que 50 indivíduos tinham diagnóstico de DM, 270 de HAS e 188 de ambas, HAS e DM. A idade média dos participantes foi 71 anos, 66,7% era do sexo feminino, a maioria possuía apenas o ensino fundamental (52,8%) e 52,6% viviam com companheiro/cônjuge. O melhor escore geral de QV foi obtido pelos indivíduos com apenas HAS (60,7±12,4). O domínio que obteve melhor escore, para os 3 grupos, foi o psicológico: HAS (68,4±15,0), DM (64,5±13,1) e HAS+DM (66,8±14,6). Os piores escores foram encontrados para o domínio ambiental: HAS (57,0±13,8), DM (54,4±14,4) e HAS+DM (55,5±13,2). Idosos com DM obtiveram piores escores de QV. O diagnóstico tardio e as comorbidades associadas com essa condição podem ser fatores relevantes para o resultado encontrado. O conhecimento dos fatores associados com a qualidade de vida geral e seus domínios nessa população é importante para o planejamento e implementação de ações e políticas públicas que contribuam para minimizar o impacto da HAS e DM na qualidade de vida destes indivíduos.