Efeito da saliva de Lutzomyia longipalpis (Diptera: phlebotominae) sobre a resposta inflamatória em camundongos BALB
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34276 |
Resumo: | Os indivíduos que são continuamente expostos às picadas de insetos exibem uma seqüência regular de sensibilidade, iniciando com uma fase ausente de reação, seguida de uma resposta do tipo tardia, depois tardia e imediata, somente imediata e culminando com a ausência completa de reação às picadas, onde os indivíduos voltam à situação inicial, atingindo um nível de desensibilização. Evidencia-se a formação de uma resposta específica contra os componentes salivares e que estes elementos poderão constituir-se em alvos para possíveis vacinas contra as doenças transmitidas por insetos. Sensibilizar camundongos BALB/c com picadas de Lutzomyia longipalpis e desafiá-Ios com 0,2 par de glândula salivar, no intuito de investigar a cinética das células inflamatórias e a resposta imune à saliva. Camundongos BALB/c foram sensibilizados com picadas de fêmeas do flebótomo Lutzomyia longipalpis com intervalos de 10 dias. Ao final das sensibilizações, coletou-se o soro para a dosagem de anticorpos antisaliva. Após 10 dias da última exposição, inoculou-se 1O μl de salina com ou sem 0.2 par de saliva na orelha dos camundongos e a seguir fragmentos de tecidos auricular foram retirados e fixados em formol a 10% para as análises histológicas. O bolsão inflamatório foi construído pela injeção de LPS ou saliva e as células coletadas 12 horas depois. Após cinco exposições, os camundongos apresentaram altos níveis de anticorpos IgG total e de anticorpos IgG 1. O infiltrado inflamatório na orelha dos camundongos cinco vezes expostos mostrou-se mais intenso do que nos demais grupos de camundongos. Houve um aumento do número de neutrófilos, macrófagos e mastócitos ao longo das sensibilizações. Nos animais com 5 exposições após 2h do desafio com SGS foi observado hemorragia e o edema foi mais intenso. Nas orelhas após 48h do desafio com SGS foi observado necrose e células de aspecto apoptótico. Os neutrófilos foram as células que predominaram no exsudato inflamatório dos três grupos de camundongos. O número de Mo/Mo foi maior no exsudato do bolsão inflamatório dos animais controle injetados com SGS, com marcada redução nas exposições subseqüentes. A saliva de L. longipalpis induz uma resposta inflamatória com características indicativas de uma resposta mista, combinando elementos do tipo Th2 de aspectos de uma reação tardia do tipo DTH. Ademais, a saliva apresenta uma potente capacidade de recrutar macrófagos, a qual é progressivamente modulada após as exposições, o que pode ser relevante na infecção por Leishmania, um parasita predominantemente intramacrofágico. |
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Silva, Francinaldo SNeves, Neuza Maria AlcântaraAndrade, Zilton de AraújoBarral, Aldina Maria PradoBarral, Aldina Maria Prado2019-07-19T12:27:49Z2019-07-19T12:27:49Z2002SILVA, Francinaldo S. Efeito da saliva de Lutzomyia longipalpis (Diptera: phlebotominae) sobre a resposta inflamatória em camundongos BALB. 2002. 67 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2002.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34276Os indivíduos que são continuamente expostos às picadas de insetos exibem uma seqüência regular de sensibilidade, iniciando com uma fase ausente de reação, seguida de uma resposta do tipo tardia, depois tardia e imediata, somente imediata e culminando com a ausência completa de reação às picadas, onde os indivíduos voltam à situação inicial, atingindo um nível de desensibilização. Evidencia-se a formação de uma resposta específica contra os componentes salivares e que estes elementos poderão constituir-se em alvos para possíveis vacinas contra as doenças transmitidas por insetos. Sensibilizar camundongos BALB/c com picadas de Lutzomyia longipalpis e desafiá-Ios com 0,2 par de glândula salivar, no intuito de investigar a cinética das células inflamatórias e a resposta imune à saliva. Camundongos BALB/c foram sensibilizados com picadas de fêmeas do flebótomo Lutzomyia longipalpis com intervalos de 10 dias. Ao final das sensibilizações, coletou-se o soro para a dosagem de anticorpos antisaliva. Após 10 dias da última exposição, inoculou-se 1O μl de salina com ou sem 0.2 par de saliva na orelha dos camundongos e a seguir fragmentos de tecidos auricular foram retirados e fixados em formol a 10% para as análises histológicas. O bolsão inflamatório foi construído pela injeção de LPS ou saliva e as células coletadas 12 horas depois. Após cinco exposições, os camundongos apresentaram altos níveis de anticorpos IgG total e de anticorpos IgG 1. O infiltrado inflamatório na orelha dos camundongos cinco vezes expostos mostrou-se mais intenso do que nos demais grupos de camundongos. Houve um aumento do número de neutrófilos, macrófagos e mastócitos ao longo das sensibilizações. Nos animais com 5 exposições após 2h do desafio com SGS foi observado hemorragia e o edema foi mais intenso. Nas orelhas após 48h do desafio com SGS foi observado necrose e células de aspecto apoptótico. Os neutrófilos foram as células que predominaram no exsudato inflamatório dos três grupos de camundongos. O número de Mo/Mo foi maior no exsudato do bolsão inflamatório dos animais controle injetados com SGS, com marcada redução nas exposições subseqüentes. A saliva de L. longipalpis induz uma resposta inflamatória com características indicativas de uma resposta mista, combinando elementos do tipo Th2 de aspectos de uma reação tardia do tipo DTH. Ademais, a saliva apresenta uma potente capacidade de recrutar macrófagos, a qual é progressivamente modulada após as exposições, o que pode ser relevante na infecção por Leishmania, um parasita predominantemente intramacrofágico.Individuals continuously exposed to insect bites show a regular sequence of sensitivity, beginning with a non-reactive phase, followed by a delayed response, and then delayed together with imnnediate, only imnnediate and culminating with the complete absence of reactions to the insect bites, where the individuals come back to the initial phase, reaching a desensitization situation. It is shown that individuals mount a specific response against salivary compounds and that such elements may be effective targets for insect-born disease vaccines. To sensitize BALB/c mice with Lutzomyia longipalpis bites and challenge them with 0.2 pair of salivary gland aiming at evaluating the inflammatory cells kinetics and the immune response to sandfly saliva. BALB/c mice were sensitized with Lutzomyia longipalpis bites with a 10-day interval. At the end of the sensitizations, mice sera were collected for measuring the antisaliva antibodies levels. On the tenth day after the last exposition 10 |il of saline with or not with 0.2 pair of salivary gland were injected into the mice ears and the sections extracted and fixed in formaline 10% for the histological analyses. The inflammatory air-pouch was formed by the injection of LPS or saliva into mice dorsum and the cells were collected 12 hours afterwards. After the five expositions mice showed high titles of IgG and IgGI antibodies. The inflammatory infiltrate in the fivetime exposed mice ears was more intense than the other groups of mice. Along the expositions the number of neutrophils, macrophages and mast cells were higher. The ears of the five-time exposed mice after the 2h-challenge injections with saliva showed hemorrhage and a more intense edema. In the 48-saliva challenged ears, necrosis focus and apoptotic cells were observed. The neutrophils were the most predominant cells in the inflammatory site in the three groups of mice. The number of Mo/M(j) was higher in the inflammatory air-pouch exsudate of the non-sensitized mice, with markedly reduction from that point on. L longipalpis saliva induces an inflammatory response with indicative characteristics of a mixed response, showing Th2 type elements and aspects of a DTH delayed type response. Furthermore, L. longipalpis saliva presents a potent capability of recruiting macrophages to which it is progressively modulated after expositions, being very important in infection by Leishmania, an intramacrophagic parasite.Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porCentro de Pesquisas Gonçalo MonizLutzomyiaSalivaInsetoInflamaçãoLutzomyia longipalpisSalivaInflammationInsect biteEfeito da saliva de Lutzomyia longipalpis (Diptera: phlebotominae) sobre a resposta inflamatória em camundongos BALBinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2002Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Centro de Pesquisas Gonçalo MonizMestrado AcadêmicoSalvador/BAPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34276/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALFracinaldo S Silva Efeito da saliva...2002.pdfFracinaldo S Silva Efeito da saliva...2002.pdfapplication/pdf25190073https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34276/2/Fracinaldo%20S%20Silva%20%20Efeito%20da%20saliva...2002.pdf59e3357892d07c4c91d29d0da8fa0985MD52TEXTFracinaldo S Silva Efeito da saliva...2002.pdf.txtFracinaldo S Silva Efeito da saliva...2002.pdf.txtExtracted texttext/plain91367https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34276/3/Fracinaldo%20S%20Silva%20%20Efeito%20da%20saliva...2002.pdf.txt57d4ddbae6bd0b15f67a85e9e3466742MD53icict/342762019-07-20 16:33:48.921oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34276Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-07-20T19:33:48Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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