Avaliação da dor no pós-operatório de cesariana através da utilização do questionário de Mcgill

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Varella, Rachel Souza de Queiroz
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6421
Resumo: Introdução: A dor é um sintoma freqüente no pós-operatório. Ao contrário do que acontece com outras cirurgias, no pós-operatório da cesariana as mulheres não podem realizar repouso porque precisam cuidar do recém-nascido. A taxa de cesarianas no Brasil é muito elevada e conhecer a percepção de dor das mulheres no pós-operatório desta cirurgia, pode ajudar a estabelecer novas rotinas de utilização de analgésicos. Objetivos: O objetivo desse estudo foi avaliar a dor no pós-operatório de cesariana através do questionário de dor de McGill. Esse instrumento avalia a dor nos seus diferentes aspectos: sensitivo, avaliativo, afetivo e miscelânia. A dor foi avaliada 36 a 48 horas após a cirurgia, quando já houve a metabolização das drogas utilizadas na anestesia. Materiais e métodos: Foi feito um estudo transversal com puerperas de cesariana no período de Dezembro 2010 a Maio de 2011. Participaram da pesquisa 120 mulheres submetidas à cesariana no Instituto Fernandes Figueira- FIOCRUZ, sem complicações no pós-operatório.Resultados: A dor pós-cesariana não apresentou diferença na sua dimensão em relação à idade, raça e renda familiar. A dor apresenta maiores escores no campo cognitivo-avaliativo nas pacientes com maior grau de instrução, e no campo miscelânia, nas mulheres com menor grau de instrução. O PRI afetivo nas pacientes solteiras foi maior quando comparado as pacientes que viviam com o companheiro. Não houve diferença no escore de dor em relação ao número de cesarianas anteriores. Mães com RN na UTI apresentaram maior índice de dor no campo miscelânia que mães com RN no alojamento conjunto. Mães que receberam anestesia com morfina apresentaram índice de dor total, sensitivo e avaliativo maior quando comparado as puérperas que receberam como opióide o fentanil. Mulheres que tiveram a cesariana indicada durante o trabalho de parto, apresentaram um PRI avaliativo maior quando comparada as mulheres que tiveram cesariana eletiva. Conclusão: A grande maioria das mulheres (93,3%) referiu que a dor pós-operatória da cesariana é de intensidade moderada a severa apesar do uso da medicação analgésica regular na prescrição. Mesmo assim, 88,3% das puérperas estavam muito satisfeitas ou satisfeitas com a medicação prescrita para alívio da dor. A utilização da avaliação rotineira do nível de dor percebido pelas puerperas pode proporcionar maior bem estar no período do pós-operatório quando estas mulheres precisam estar ativas para cuidar de seus bebês.
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Esse instrumento avalia a dor nos seus diferentes aspectos: sensitivo, avaliativo, afetivo e miscelânia. A dor foi avaliada 36 a 48 horas após a cirurgia, quando já houve a metabolização das drogas utilizadas na anestesia. Materiais e métodos: Foi feito um estudo transversal com puerperas de cesariana no período de Dezembro 2010 a Maio de 2011. Participaram da pesquisa 120 mulheres submetidas à cesariana no Instituto Fernandes Figueira- FIOCRUZ, sem complicações no pós-operatório.Resultados: A dor pós-cesariana não apresentou diferença na sua dimensão em relação à idade, raça e renda familiar. A dor apresenta maiores escores no campo cognitivo-avaliativo nas pacientes com maior grau de instrução, e no campo miscelânia, nas mulheres com menor grau de instrução. O PRI afetivo nas pacientes solteiras foi maior quando comparado as pacientes que viviam com o companheiro. Não houve diferença no escore de dor em relação ao número de cesarianas anteriores. Mães com RN na UTI apresentaram maior índice de dor no campo miscelânia que mães com RN no alojamento conjunto. Mães que receberam anestesia com morfina apresentaram índice de dor total, sensitivo e avaliativo maior quando comparado as puérperas que receberam como opióide o fentanil. Mulheres que tiveram a cesariana indicada durante o trabalho de parto, apresentaram um PRI avaliativo maior quando comparada as mulheres que tiveram cesariana eletiva. Conclusão: A grande maioria das mulheres (93,3%) referiu que a dor pós-operatória da cesariana é de intensidade moderada a severa apesar do uso da medicação analgésica regular na prescrição. Mesmo assim, 88,3% das puérperas estavam muito satisfeitas ou satisfeitas com a medicação prescrita para alívio da dor. A utilização da avaliação rotineira do nível de dor percebido pelas puerperas pode proporcionar maior bem estar no período do pós-operatório quando estas mulheres precisam estar ativas para cuidar de seus bebês.Purpose: Pain is a common postoperative symptom. Unlike other surgeries, in the postoperative period of Caesarean sections patients don’t get much rest because they must take care of their newborn babies. Brazil has one of the highest Caesarean rates in the world, and, thus, knowledge of pain perception in women in the postoperative period of Caesarean operations may help establish new routines in the use of painkillers. Objectives: The aim of this study was to assess pain in the postoperative period following Caesarean sections using the McGill Pain Questionnaire. This instrument assesses the sensory, evaluative, affective and miscellaneous components of pain. Pain was assessed 36 to 48 hours after surgery when the anesthetic drugs were already metabolized in the body. Material and Methods: We performed a cross-sectional study with women who had Caesarean section during the December 2010-May 2011 period. 120 women undergoing Caesarean sections at the Instituto Fernandes Figueira- FIOCRUZ, without surgery complication participated in the study. Results: Pain after Caesarean operation did not differ in terms of age, race and family income. The pain had higher scores in the cognitive-evaluative field in those patients with higher education levels and in the miscellaneous field in patients with lower education levels. The affective component of PRI in unmarried patients was higher compared to patients living with a partner. There was no difference in pain score compared to the number of previous Caesarean sections. Mothers with their babies in the NICU had higher score in the miscellaneous component of PRI than mothers rooming-in with their babies Mothers anesthetized with morphine had higher scores in the total PRI, sensory and evaluative components when compared to the mothers given an opioid such as fentanyl. Women with indication for Caesarean section during labor showed higher scores for the evaluative component of pain compared to women who had elective Caesarean section. Conclusions: Most women (93.3%) reported that postoperative pain intensity is moderate to severe despite the regular use of painkillers. Yet, 88.3% of the mothers were very satisfied or satisfied with the medication prescribed for pain relief. The use of routine assessment of the level of pain perceived by pregnant women can provide greater well-being in the postoperative period when these women must have plenty of energy to take care of their babies.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporInstituto Fernandes FigueiraCesarianaDorQuestionário de McGillDor Pós-OperatóriaCaesarean SectionPainMcGill QuestionnairePostoperative PainCesáreaMedição da DorPeríodo Pós-OperatórioAvaliação da dor no pós-operatório de cesariana através da utilização do questionário de Mcgillinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2011-10Departamento de EnsinoFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes FigueiraMestrado ProfissionalRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81914https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6421/1/license.txt7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81fMD51ORIGINALRachel Souza de Queiroz Varella.pdfRachel Souza de Queiroz Varella.pdfapplication/pdf650833https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6421/2/Rachel%20Souza%20de%20Queiroz%20Varella.pdfe904470b0e9c0296358eadc1aefbb893MD52TEXTRachel Souza de Queiroz Varella.pdf.txtRachel Souza de Queiroz Varella.pdf.txtExtracted texttext/plain153219https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6421/5/Rachel%20Souza%20de%20Queiroz%20Varella.pdf.txt2df9bf9c5c46a424629c00b3589953f8MD55THUMBNAILRachel Souza de Queiroz Varella.pdf.jpgRachel Souza de Queiroz Varella.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1254https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6421/4/Rachel%20Souza%20de%20Queiroz%20Varella.pdf.jpgfcd19c4b80bbaa3c53ba70f5068d5220MD54icict/64212019-01-09 16:13:33.317oai:www.arca.fiocruz.br:icict/6421TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBlIGFjZWl0YXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgY29weXJpZ2h0IGRhIGVkaXRvcmEgZG8gc2V1IGRvY3VtZW50by4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgRnVuZGHDp8OjbyBPc3dhbGRvIENydXogKEZJT0NSVVopLgoKYykgQ29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBkYSBGSU9DUlVaLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgCgpwb3IgcXVhbHF1ZXIgb3V0cm8gbWVpby4KCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgRklPQ1JVWiBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgCgpwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgYXJxdWl2bywgbWVpbyBvdSBzdXBvcnRlLCBwYXJhIGVmZWl0b3MgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgcHJlc2VydmHDp8OjbyAoYmFja3VwKSBlIGFjZXNzby4KCmUpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIAoKaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhIEZJT0NSVVogb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIAoKdXRpbGl6w6EtbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYsOpbSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZS4KCmcpIFNFIE8gRE9DVU1FTlRPIEVOVFJFR1VFIMOJIEJBU0VBRE8gRU0gVFJBQkFMSE8gRklOQU5DSUFETyBPVSBBUE9JQURPIFBPUiBPVVRSQSBJTlNUSVRVScOHw4NPIFFVRSBOw4NPIEEgRklPQ1JVWiwgREVDTEFSQSBRVUUgQ1VNUFJJVSAKClFVQUlTUVVFUiBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUEVMTyBSRVNQRUNUSVZPIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4gQSBGSU9DUlVaIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvcyAKCmRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-01-09T18:13:33Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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