Desenvolvimento motor grosso das crianças com Síndrome Congênita do Vírus Zika
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47329 |
Resumo: | Introdução: A criança com SCZ possui alterações de tônus e postura, porém seu impacto ao longo desenvolvimento motor ainda é desconhecido após três anos dessa síndrome. Assim, avaliar e compreender o seu desempenho motor longitudinalmente pode dimensionar as alterações motoras grossas decorrentes da doença e direcionar ações de política pública. Objetivo: Descrever a evolução do desenvolvimento motor grosso de crianças com SCZ, acompanhadas no ambulatório de doenças infecciosas pediátricas de um hospital de referência do Estado do Rio de Janeiro. Método: Estudo descritivo e prospectivo, pertencente a uma coorte, intitulada: \201CExposição Vertical ao Vírus Zika e suas consequências no neurodesenvolvimento da criança\201D. Foram avaliadas crianças com SCZ a partir de 7 meses de idade e excluídas crianças com artrogripose ou outras malformações osteoarticulares congênitas. A amostra foi classificada de acordo com o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) e avaliadas pelo teste de Medida de Função Motora Grossa (GMFM-88) em dois momentos, sendo a segunda avaliação após vinte e quatro meses (dois anos de idade no mínimo), desde que decorrido um prazo mínimo de doze meses entre a primeira e a segunda avaliação Após a segunda avaliação, foram observados os Diamantes de Prognóstico Motor de Rosenbaum. Os dados foram analisados de maneira descritiva. Resultados: 74 crianças compuseram a amostra do estudo, na qual 52,1% (n=39) eram do gênero masculino, 43% (n=32) possuíam PCR + ZIKV, 73% (n=54) tinham microcefalia, e a maior parte, ou seja, 55,4% (n=41) foram expostas durante o 1° trimestre. Na avaliação inicial, a idade mediana foi de 13 (8-24) meses, e na final de 28 (24-28) meses. Seis crianças foram classificadas como leve (GMFCS I ou II), 11 como moderada (GMFCS III) e 57 como grave (GMFCS IV ou V). Com relação ao GMFM-88, o grupo grave obteve mediana de escore total inicial de 10,05 e final de 12,40, o grupo moderado mudou de 25,60 para 29,60, e o grupo leve passou de 82,60 para 91,00. Observada uma associação forte, negativa e estatisticamente significativa entre os grupos de GMFCS e os escore do GMFM \2013 88 da avaliação final (-0,732; p<0,001). O diamante A (sentar- se com apoio) e B (sentar-se se com braços livres por 3 segundos) foram alcançados por todo o grupo moderado e leve, mas por nem toda a amostra do grupo grave. O diamante C (andar 10 passos para frente sem apoio) foi alcançado por parte da amostra do grupo leve. Nenhuma criança pontuou no Diamante D (descer 4 degraus de escada alternando os pés e com as mãos livres). Conclusão: O comprometimento motor das crianças da pesquisa foi na sua maioria compatível com crianças com Paralisia Cerebral (PC) grave: apenas 5 crianças que alcançaram a marcha independente após 24 meses. Existe uma relação inversa entre o GMFCS e o GMFM, no qual as crianças mais graves funcionalmente apresentavam um escore total menor. Foi possível entender que essas crianças com SCZ apresentam alterações importantes no que tange ao desenvolvimento neurosensóriomotor, impondo uma vida com condições crônicas complexas de saúde Assim, a partir dos resultados deste estudo pode-se direcionar melhor as intervenções terapêuticas e auxiliar a construção de diretrizes clínicas para esta população. |
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Hamanaka, TatianaPone, Marcos Vinicius da SilvaRibeiro, Carla Trevisan Martins2021-05-24T16:53:16Z2021-05-24T16:53:16Z2020HAMANAKA, Tatiana. Desenvolvimento motor grosso das crianças com Síndrome Congênita do Vírus Zika. 2020. 98 f. Dissertação (Mestrado em Ciências)-Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47329Introdução: A criança com SCZ possui alterações de tônus e postura, porém seu impacto ao longo desenvolvimento motor ainda é desconhecido após três anos dessa síndrome. Assim, avaliar e compreender o seu desempenho motor longitudinalmente pode dimensionar as alterações motoras grossas decorrentes da doença e direcionar ações de política pública. Objetivo: Descrever a evolução do desenvolvimento motor grosso de crianças com SCZ, acompanhadas no ambulatório de doenças infecciosas pediátricas de um hospital de referência do Estado do Rio de Janeiro. Método: Estudo descritivo e prospectivo, pertencente a uma coorte, intitulada: \201CExposição Vertical ao Vírus Zika e suas consequências no neurodesenvolvimento da criança\201D. Foram avaliadas crianças com SCZ a partir de 7 meses de idade e excluídas crianças com artrogripose ou outras malformações osteoarticulares congênitas. A amostra foi classificada de acordo com o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) e avaliadas pelo teste de Medida de Função Motora Grossa (GMFM-88) em dois momentos, sendo a segunda avaliação após vinte e quatro meses (dois anos de idade no mínimo), desde que decorrido um prazo mínimo de doze meses entre a primeira e a segunda avaliação Após a segunda avaliação, foram observados os Diamantes de Prognóstico Motor de Rosenbaum. Os dados foram analisados de maneira descritiva. Resultados: 74 crianças compuseram a amostra do estudo, na qual 52,1% (n=39) eram do gênero masculino, 43% (n=32) possuíam PCR + ZIKV, 73% (n=54) tinham microcefalia, e a maior parte, ou seja, 55,4% (n=41) foram expostas durante o 1° trimestre. Na avaliação inicial, a idade mediana foi de 13 (8-24) meses, e na final de 28 (24-28) meses. Seis crianças foram classificadas como leve (GMFCS I ou II), 11 como moderada (GMFCS III) e 57 como grave (GMFCS IV ou V). Com relação ao GMFM-88, o grupo grave obteve mediana de escore total inicial de 10,05 e final de 12,40, o grupo moderado mudou de 25,60 para 29,60, e o grupo leve passou de 82,60 para 91,00. Observada uma associação forte, negativa e estatisticamente significativa entre os grupos de GMFCS e os escore do GMFM \2013 88 da avaliação final (-0,732; p<0,001). O diamante A (sentar- se com apoio) e B (sentar-se se com braços livres por 3 segundos) foram alcançados por todo o grupo moderado e leve, mas por nem toda a amostra do grupo grave. O diamante C (andar 10 passos para frente sem apoio) foi alcançado por parte da amostra do grupo leve. Nenhuma criança pontuou no Diamante D (descer 4 degraus de escada alternando os pés e com as mãos livres). Conclusão: O comprometimento motor das crianças da pesquisa foi na sua maioria compatível com crianças com Paralisia Cerebral (PC) grave: apenas 5 crianças que alcançaram a marcha independente após 24 meses. Existe uma relação inversa entre o GMFCS e o GMFM, no qual as crianças mais graves funcionalmente apresentavam um escore total menor. Foi possível entender que essas crianças com SCZ apresentam alterações importantes no que tange ao desenvolvimento neurosensóriomotor, impondo uma vida com condições crônicas complexas de saúde Assim, a partir dos resultados deste estudo pode-se direcionar melhor as intervenções terapêuticas e auxiliar a construção de diretrizes clínicas para esta população.Introduction: Children with SCZ has changes in tone and posture but the syndrome\2019s impact on motor development is still unknown after three years with it. Thus, assessing their motor performance longitudinally it\2019s possible to measure the gross motor changes caused by the disease and orientate public policy actions on the matter. Objective: To describe the evolution of gross motor function in children with SCZ up at the pediatric ambulatory of infectious disease clinic from a reference hospital in the state of Rio de Janeiro. Method: Descriptive and prospective study belonging to a cohort entitled: \201CVertical Exposure to Zika Virus and its consequences on the child's neurodevelopment\201D. Children with SCZ from 7 months of age were evaluated and excluding children with arthrogryposis or other congenital osteoarticular malformations. The sample was classified according to the Gross Motor Function Classification System (GMFCS) and evaluated through the Gross Motor Function Measurement test (GMFM-88) in two distinctive moments, the second being after 24 months and with at least one year after the first one. After the last evaluation, the Diamonds of motor prediction were observed according to Rosenbaum. The data were analyzed in a descriptive manner. Results: 74 children compose the study sample. 52% (n = 39) were male, and 43% (n = 32) had CRP + ZIKV, 73% (n = 54) had microcephaly, and the most of it was exposed in the 1st trimester 55.4% (n = 41). In the initial evaluation, the average age was 13 (8-24) months, and in the final, 28 (24-28) months. Six children were classified as mild, 11 as moderate and 57 as severe, according to the GMFCS. According to the GMFM-88, the severe group obtained a median total score of 10.05 and a final of 12.40, the moderate group changed from 25.60 to 29.60, and the mild group went from 82, 60 to 91.00 A negative and statistically significant association was observed between the GMFCS groups and the GMFM - 88 scores from the final evaluation (-0.732; p = 0.000). Diamonds A (sitting with support) and B (sitting with free arms for 3 seconds) were achieved by the entire moderate and mild group, but not by the entire sample in the severe group. Diamond C (walking 10 steps forward without support) was achieved by the mild group sample. No child scored on the Diamond D (going down 4 steps with alternating feet and hands free). Conclusion: The motor impairment of the children in the study was mostly compatible with severe CP, we found only 5 children who reached gait after 24 months. There is a relation between GMFCS and GMFM, where the most functionally severe children had a lower total score. It was possible to understand that these children with SCZ present important changes regarding the neurosensory motor development, imposing a life with complex chronical health conditions. Thus, based on the results of this study, it is possible to better target therapeutic interventions and assist in the construction of clinical guidelines for this specific group.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porVírus ZikaDesenvolvimento motorSíndrome Congênita ZikaZika VírusInfecção por Zika VírusTranstornos das habilidades motorasCriançaDesenvolvimento motor grosso das crianças com Síndrome Congênita do Vírus Zikainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2020Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes FigueiraFundação Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/47329/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALtatiana_hamanaka_iff_mest_2020.pdfapplication/pdf1707206https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/47329/2/tatiana_hamanaka_iff_mest_2020.pdf45dba6f9983dc7516dbfb68cd554569cMD52TEXTtatiana_hamanaka_iff_mest_2020.pdf.txttatiana_hamanaka_iff_mest_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain114365https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/47329/3/tatiana_hamanaka_iff_mest_2020.pdf.txt697560dea67e897ac89165c6c100a0c1MD53icict/473292021-05-31 22:39:18.7oai:www.arca.fiocruz.br:icict/47329Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-06-01T01:39:18Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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