Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Fernanda da Fonseca e
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13491
Resumo: A leishmaniose ainda é uma das doenças mais negligenciadas do mundo. Ela está presente nos cinco continentes e é endêmica em 98 países, com 350 milhões de pessoas vivendo em zonas de risco e mais de 12 milhões de pessoas infectadas. Compreende um complexo de doenças causadas por mais de 20 espécies do gênero Leishmania. No Brasil, a Leishmania amazonensis é uma espécie dermotrópica importante. Apesar do progresso na compreensão da bioquímica e biologia deste parasito, este conhecimento ainda não tem refletido na descoberta de novos e eficazes agentes quimioterápicos contra a doença. O tratamento atual é insatisfatório, com altas taxas de toxidez e ineficácia, e não há vacina humana licenciada. A pesquisa de novos medicamentos, a partir de fontes naturais, é amplamente utilizada como uma abordagem bem sucedida na detecção de compostos para o tratamento de doenças parasitárias. Compostos puros obtidos de plantas, como certos flavonoides, exibem atividade antiprotozoária. A apigenina é uma flavona bioativa, abundantemente presente em frutas, ervas e legumes, que mostrou atividade leishmanicida. A apigenina inibiu o crescimento celular de ambas as formas evolutivas de L. amazonensis de maneira dose-dependente. Este efeito inibitório, em promastigotas, foi igual a 74% após 24 h de tratamento com 96 \03BCM de apigenina e, em amastigotas intracelulares, foi igual a 71% após 72 h de tratamento com 12 \03BCM do composto. O IC50/24 h em promastigotas foi 23,68 \03BCM e o IC50/72 h em amastigotas foi 4,33 \03BCM. Observou-se que a apigenina foi capaz de induzir o aumento nos níveis de ERO nos promastigotas e nos macrófagos infectados com L. amazonensis A incubação com os antioxidantes NAC e GSH reduziu a morte induzida pela apigenina nesses parasitos. A apigenina também foi capaz de causar a diminuição no potencial de membrana mitocondrial, a parada do ciclo celular, a diminuição do potencial proliferativo e alterações ultraestruturais mitocondriais e golgienses nos promastigotas tratados, também de maneira dose-dependente. Além disso, os macrófagos infectados mostraram que o tratamento com apigenina induziu um aumento no número de autofagossomos próximo das amastigotas, sugerindo também a contribuição da autofagia no mecanismo de ação do composto. Na avaliação in silico, a apigenina exibiu propriedades ADMET favoráveis e preencheu a "Regra dos 5\201D de Lipinski, mostrando ser bem absorvida, permeável e oralmente viável. O tratamento oral com apigenina (1 e 2 mg/Kg/dia) em camundongos BALB/c infectados com L. amazonensis mostrou controlar o desenvolvimento da lesão na orelha destes animais e reduzir a carga parasitária de maneira dose-dependente. Os resultados in vitro contribuíram para elucidar a atividade leishmanicida da apigenina e, juntamente como os resultados in vivo, entusiasmam em propor essa flavona como um composto suplementar no tratamento da leishmaniose
id CRUZ_c5ed8cf2600bdb09d940304448f387e8
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/13491
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Silva, Fernanda da Fonseca eBou Habib, Elvira Maria Saraiva ChequerVieira, Leda QuerciaCastro, Solange Lisboa deSantos, Eduardo Caio Torres dosBarreto, Rubem Figueiredo Sadok MennaAmaral, Elmo Eduardo de Almeida2016-04-04T12:35:27Z2016-04-04T12:35:27Z2014SILVA, F. da F. e. Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonenses. 2014. 69f. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de janeiro, RJ, 2014https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13491A leishmaniose ainda é uma das doenças mais negligenciadas do mundo. Ela está presente nos cinco continentes e é endêmica em 98 países, com 350 milhões de pessoas vivendo em zonas de risco e mais de 12 milhões de pessoas infectadas. Compreende um complexo de doenças causadas por mais de 20 espécies do gênero Leishmania. No Brasil, a Leishmania amazonensis é uma espécie dermotrópica importante. Apesar do progresso na compreensão da bioquímica e biologia deste parasito, este conhecimento ainda não tem refletido na descoberta de novos e eficazes agentes quimioterápicos contra a doença. O tratamento atual é insatisfatório, com altas taxas de toxidez e ineficácia, e não há vacina humana licenciada. A pesquisa de novos medicamentos, a partir de fontes naturais, é amplamente utilizada como uma abordagem bem sucedida na detecção de compostos para o tratamento de doenças parasitárias. Compostos puros obtidos de plantas, como certos flavonoides, exibem atividade antiprotozoária. A apigenina é uma flavona bioativa, abundantemente presente em frutas, ervas e legumes, que mostrou atividade leishmanicida. A apigenina inibiu o crescimento celular de ambas as formas evolutivas de L. amazonensis de maneira dose-dependente. Este efeito inibitório, em promastigotas, foi igual a 74% após 24 h de tratamento com 96 \03BCM de apigenina e, em amastigotas intracelulares, foi igual a 71% após 72 h de tratamento com 12 \03BCM do composto. O IC50/24 h em promastigotas foi 23,68 \03BCM e o IC50/72 h em amastigotas foi 4,33 \03BCM. Observou-se que a apigenina foi capaz de induzir o aumento nos níveis de ERO nos promastigotas e nos macrófagos infectados com L. amazonensis A incubação com os antioxidantes NAC e GSH reduziu a morte induzida pela apigenina nesses parasitos. A apigenina também foi capaz de causar a diminuição no potencial de membrana mitocondrial, a parada do ciclo celular, a diminuição do potencial proliferativo e alterações ultraestruturais mitocondriais e golgienses nos promastigotas tratados, também de maneira dose-dependente. Além disso, os macrófagos infectados mostraram que o tratamento com apigenina induziu um aumento no número de autofagossomos próximo das amastigotas, sugerindo também a contribuição da autofagia no mecanismo de ação do composto. Na avaliação in silico, a apigenina exibiu propriedades ADMET favoráveis e preencheu a "Regra dos 5\201D de Lipinski, mostrando ser bem absorvida, permeável e oralmente viável. O tratamento oral com apigenina (1 e 2 mg/Kg/dia) em camundongos BALB/c infectados com L. amazonensis mostrou controlar o desenvolvimento da lesão na orelha destes animais e reduzir a carga parasitária de maneira dose-dependente. Os resultados in vitro contribuíram para elucidar a atividade leishmanicida da apigenina e, juntamente como os resultados in vivo, entusiasmam em propor essa flavona como um composto suplementar no tratamento da leishmanioseLeishmaniasis is still one of the most neglected diseases in the world. It is present on five continents and is endemic in 98 countries, with 350 million people living in areas at risk and more than 12 million people infected. Comprises a complex of diseases caused by over 20 species of the genus Leishmania . In Brazil, Leishmania amazonensis is an important dermotropic specie. Despite progress in understanding the biochemistry and biology of this parasite, this knowledge has not been refle cted in the discovery of new and effective chemotherapeutic agents against the disease. The current treatment is unsatisfactory, with high toxicity and ineffectiveness, and there is no licensed human vaccine. The research of new drugs from natural sources is widely used as a successful approach in detecting compounds for the treatment of parasitic diseases. Pure compounds obtained from plants, such as certain flavonoids, exhibit antiprotozoal activity. Apigenin is a bioactive flavone, abundantly present in fruits, herbs and vegetables, which showed leishmanicidal activity. Apigenin inhibited cell growth of both forms of L. amazonensis in dose - dependent manner. This inhibitory effect on promastigotes was equal to 74% after 24 h of treatment with 96 μM apigenin and on intracellular amastigotes was equal to 71% after 72 h of treatment with 1 2 μM of the compound. The IC 50 / 24 h) in promastigotes was 23.68 μM and the IC 50 /72 h in amastigotes was 4.33 μM. It was observed that apigenin was able to induce increased lev els of ROS in treated promastigotes and L. amazonensis - infected macrophages. Pre - incubation with antioxidants, such as NAC and GSH, reduced apigenin - induced death in these parasites. Apigenin was also able to cause a decrease in mitochondrial membrane pote ntial, the cell cycle arrest, the decrease of proliferative potential, and mitochondrial and golgiense’s ultrastructural changes in treated promastigotes, also in dose - dependent manner. In addition, macrophages have shown that apigenin treatment induced an increase in the number of autophagosomes close to the amastigotes, suggesting the involvement of autophagy in the mechanism of action of the compound. When evaluated in silico , apigenin exhibited favorable ADMET properties and filled the Lipinski ’s "R ule of 5" , showing to be well absorbed, permeable and orally viable . In murine cutaneous leishmaniasis model, the oral t reatment with apigenin (1 and 2 mg/K g/day) in BALB/c infected mice showed to control the lesion development on ear of these animals and to r educe the parasite burden in dose - dependent manner. In vitro studies have contributed to elucidate the leishmanicidal activity of apigenin and, together with the in vivo results, enthusiastic in proposing this flavone as an additional compound in the treat ment of leishmaniasisFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporEstudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2014Pós-Graduação em Biologia Celular e MolecularFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e MolecularApigeninaLeishmaniaLeishmaniose/terapiaEspécies de Oxigênio ReativasMacrófagosProteomainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALfernanda_silva_ioc_mest_2014.pdfapplication/pdf3910647https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13491/1/fernanda_silva_ioc_mest_2014.pdf4b04c7f0b0d2eaf5ff868421bef619ecMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13491/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTfernanda_silva_ioc_mest_2014.pdf.txtfernanda_silva_ioc_mest_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain176920https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13491/3/fernanda_silva_ioc_mest_2014.pdf.txt3f9cce6f969c4ec1f0650181708305f7MD53icict/134912022-06-24 13:10:56.408oai:www.arca.fiocruz.br:icict/13491Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-24T16:10:56Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis
title Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis
spellingShingle Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis
Silva, Fernanda da Fonseca e
Apigenina
Leishmania
Leishmaniose/terapia
Espécies de Oxigênio Reativas
Macrófagos
Proteoma
title_short Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis
title_full Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis
title_fullStr Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis
title_full_unstemmed Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis
title_sort Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis
author Silva, Fernanda da Fonseca e
author_facet Silva, Fernanda da Fonseca e
author_role author
dc.contributor.member.pt_BR.fl_str_mv Bou Habib, Elvira Maria Saraiva Chequer
Vieira, Leda Quercia
Castro, Solange Lisboa de
Santos, Eduardo Caio Torres dos
Barreto, Rubem Figueiredo Sadok Menna
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Fernanda da Fonseca e
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Amaral, Elmo Eduardo de Almeida
contributor_str_mv Amaral, Elmo Eduardo de Almeida
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Apigenina
Leishmania
Leishmaniose/terapia
Espécies de Oxigênio Reativas
Macrófagos
Proteoma
topic Apigenina
Leishmania
Leishmaniose/terapia
Espécies de Oxigênio Reativas
Macrófagos
Proteoma
description A leishmaniose ainda é uma das doenças mais negligenciadas do mundo. Ela está presente nos cinco continentes e é endêmica em 98 países, com 350 milhões de pessoas vivendo em zonas de risco e mais de 12 milhões de pessoas infectadas. Compreende um complexo de doenças causadas por mais de 20 espécies do gênero Leishmania. No Brasil, a Leishmania amazonensis é uma espécie dermotrópica importante. Apesar do progresso na compreensão da bioquímica e biologia deste parasito, este conhecimento ainda não tem refletido na descoberta de novos e eficazes agentes quimioterápicos contra a doença. O tratamento atual é insatisfatório, com altas taxas de toxidez e ineficácia, e não há vacina humana licenciada. A pesquisa de novos medicamentos, a partir de fontes naturais, é amplamente utilizada como uma abordagem bem sucedida na detecção de compostos para o tratamento de doenças parasitárias. Compostos puros obtidos de plantas, como certos flavonoides, exibem atividade antiprotozoária. A apigenina é uma flavona bioativa, abundantemente presente em frutas, ervas e legumes, que mostrou atividade leishmanicida. A apigenina inibiu o crescimento celular de ambas as formas evolutivas de L. amazonensis de maneira dose-dependente. Este efeito inibitório, em promastigotas, foi igual a 74% após 24 h de tratamento com 96 \03BCM de apigenina e, em amastigotas intracelulares, foi igual a 71% após 72 h de tratamento com 12 \03BCM do composto. O IC50/24 h em promastigotas foi 23,68 \03BCM e o IC50/72 h em amastigotas foi 4,33 \03BCM. Observou-se que a apigenina foi capaz de induzir o aumento nos níveis de ERO nos promastigotas e nos macrófagos infectados com L. amazonensis A incubação com os antioxidantes NAC e GSH reduziu a morte induzida pela apigenina nesses parasitos. A apigenina também foi capaz de causar a diminuição no potencial de membrana mitocondrial, a parada do ciclo celular, a diminuição do potencial proliferativo e alterações ultraestruturais mitocondriais e golgienses nos promastigotas tratados, também de maneira dose-dependente. Além disso, os macrófagos infectados mostraram que o tratamento com apigenina induziu um aumento no número de autofagossomos próximo das amastigotas, sugerindo também a contribuição da autofagia no mecanismo de ação do composto. Na avaliação in silico, a apigenina exibiu propriedades ADMET favoráveis e preencheu a "Regra dos 5\201D de Lipinski, mostrando ser bem absorvida, permeável e oralmente viável. O tratamento oral com apigenina (1 e 2 mg/Kg/dia) em camundongos BALB/c infectados com L. amazonensis mostrou controlar o desenvolvimento da lesão na orelha destes animais e reduzir a carga parasitária de maneira dose-dependente. Os resultados in vitro contribuíram para elucidar a atividade leishmanicida da apigenina e, juntamente como os resultados in vivo, entusiasmam em propor essa flavona como um composto suplementar no tratamento da leishmaniose
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-04-04T12:35:27Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-04-04T12:35:27Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SILVA, F. da F. e. Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonenses. 2014. 69f. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de janeiro, RJ, 2014
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13491
identifier_str_mv SILVA, F. da F. e. Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonenses. 2014. 69f. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de janeiro, RJ, 2014
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13491
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13491/1/fernanda_silva_ioc_mest_2014.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13491/2/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13491/3/fernanda_silva_ioc_mest_2014.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 4b04c7f0b0d2eaf5ff868421bef619ec
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
3f9cce6f969c4ec1f0650181708305f7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324861982998528