Educação popular e segurança alimentar e nutricional em comunidades quilombolas do estado do Tocantins

• Autor(a) principal: Bruno, Juliana Ramos
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51381
• topic: Educação alimentar e nutricional; Educação popular e saúde; Comunidades quilombolas; Segurança alimentar e nutricional; Food and nutrition education; Popular education; Quilombolas community; Food and nutrition security; Grupos Étnicos; Educação Alimentar e Nutricional; Segurança Alimentar

Os problemas de Insegurança Alimentar e Nutricional são conhecidos desde os primeiros anos da chegada dos europeus às terras brasileiras no final do século XV. Os nativos escravizados morriam de fome ao recusarem a viver nas condições de escravidão que ali se encontravam. A situação dos escravos libertos continuou precária, pois não havia políticas de inserção no mercado de trabalho e na vida social das cidades, fazendo que se refugiassem em Quilombos afastados, dos quais muitos existem até os dias de hoje. No Tocantins são 15 Comunidade Quilombolas reconhecidas, das quais muitas vivem em condições precárias, sofrendo ainda grande preconceito e discriminação racial, acompanhadas de exclusão social, falta de cidadania e Insegurança Alimentar e Nutricional. Perante a situação apresentada o presente projeto propõe contribuir para a melhora nas condições de Segurança Alimentar e Nutricional das comunidades, através da realização de atividades de Educação Alimentar e Nutricional na luz da Educação Popular e Saúde, nas 15 Comunidades Quilombolas do Estado. A Educação Popular, é apresentada por Paulo Freire como a educação libertária, sendo discutida por diversos atores no campo da saúde, onde o processo de transmissão de conhecimento, amplamente utilizado por profissionais da área, dá lugar para a ampliação dos espaços de interação cultural e negociação entre os diversos atores envolvidos em determinado problema social para a construção compartilhada do conhecimento e da organização política necessários à sua superação. Para tanto, será necessário um prévio conhecimento acerca das condições de SAN em cada uma das comunidades, onde será realizada uma pesquisa através de entrevistas com 10% das famílias cadastradas. Após a consolidação dos dados da pesquisa, haverá uma oficina de Planejamento com diversos líderes comunitários para que sejam planejadas as atividades educativas em alimentação e nutrição. Está prevista a realização de 4 oficinas educativas temáticas em cada comunidade, onde o tema a ser abordado dependerá do resultado da pesquisa e do acordo feito na oficina de planejamento.