Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Silvia Ramos
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4418
Resumo: Movimentos sociais, por meio de suas organizações e redes têm tido, desde o final dos anos 70, papéis relevantes na definição de políticas sociais no Brasil. Na área da saúde, os casos da Aids, da saúde da mulher e da reforma psiquiátrica demonstram o papel decisivo de organizações da sociedade civil na elaboração e na implementação de políticas não apenas mais democráticas e contemporâneas, mas também mais eficientes. O mesmo pode ser dito em relação às políticas ambientais ou às políticas educacionais ou culturais. O que ocorreu na área da segurança pública? Que agendas – isto é, que demandas, discursos e práticas – organizações e redes dos movimentos sociais tiveram e têm e qual o seu papel na produção de políticas contra a violência no campo da segurança pública? Por meio de três artigos e por uma metodologia de pesquisa que combinou abordagens qualitativas e quantitativas, procuro situar as principais respostas a esta pergunta e exploro dois casos específicos em que as conexões com os temas da violência e da criminalidade fazem parte da própria constituição identitária desses segmentos como grupos: o movimento homossexual e suas respostas contra a homofobia, e os grupos de jovens de favelas e suas respostas contra a criminalidade de jovens da periferia ou contra a criminalização da imagem desses mesmos jovens. Neste segundo caso, minha análise parte da experiência do grupo AfroReggae, do Rio de Janeiro, e procura caracterizar a produção de um ator político que entra em cena no Brasil a partir dos anos 1990 – o “jovem de periferia”. Organizações da sociedade civil historicamente têm tido experiências reduzidas de interferência em processos de reforma das polícias e das políticas de segurança. Argumentarei que as razões para isto situam-se não só na resistência de gestores da segurança aos movimentos sociais, mas também em características dos próprios movimentos. Procuro demonstrar que iniciativas inovadoras de jovens de favelas em relação à polícia podem representar contribuições importantes para o repertório de práticas da sociedade civil quanto às forças de segurança. E que o movimento homossexual brasileiro, ao incluir demandas claras ao setor de segurança pública como parte da agenda contra a homofobia, produziu um modelo capaz de inspirar novas experiências. Concluirei propondo uma agenda de pesquisas sobre ações da sociedade civil nas áreas da segurança e da saúde para responder à violência no Brasil.
id CRUZ_d4807ffe509994a16b2b5c4f4b3343ed
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/4418
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Souza, Silvia RamosMinayo, Maria Cecília de Souza2012-09-05T18:23:52Z2012-09-05T18:23:52Z2008SOUZA, Silvia Ramos. Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais. 2007. 145 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4418Movimentos sociais, por meio de suas organizações e redes têm tido, desde o final dos anos 70, papéis relevantes na definição de políticas sociais no Brasil. Na área da saúde, os casos da Aids, da saúde da mulher e da reforma psiquiátrica demonstram o papel decisivo de organizações da sociedade civil na elaboração e na implementação de políticas não apenas mais democráticas e contemporâneas, mas também mais eficientes. O mesmo pode ser dito em relação às políticas ambientais ou às políticas educacionais ou culturais. O que ocorreu na área da segurança pública? Que agendas – isto é, que demandas, discursos e práticas – organizações e redes dos movimentos sociais tiveram e têm e qual o seu papel na produção de políticas contra a violência no campo da segurança pública? Por meio de três artigos e por uma metodologia de pesquisa que combinou abordagens qualitativas e quantitativas, procuro situar as principais respostas a esta pergunta e exploro dois casos específicos em que as conexões com os temas da violência e da criminalidade fazem parte da própria constituição identitária desses segmentos como grupos: o movimento homossexual e suas respostas contra a homofobia, e os grupos de jovens de favelas e suas respostas contra a criminalidade de jovens da periferia ou contra a criminalização da imagem desses mesmos jovens. Neste segundo caso, minha análise parte da experiência do grupo AfroReggae, do Rio de Janeiro, e procura caracterizar a produção de um ator político que entra em cena no Brasil a partir dos anos 1990 – o “jovem de periferia”. Organizações da sociedade civil historicamente têm tido experiências reduzidas de interferência em processos de reforma das polícias e das políticas de segurança. Argumentarei que as razões para isto situam-se não só na resistência de gestores da segurança aos movimentos sociais, mas também em características dos próprios movimentos. Procuro demonstrar que iniciativas inovadoras de jovens de favelas em relação à polícia podem representar contribuições importantes para o repertório de práticas da sociedade civil quanto às forças de segurança. E que o movimento homossexual brasileiro, ao incluir demandas claras ao setor de segurança pública como parte da agenda contra a homofobia, produziu um modelo capaz de inspirar novas experiências. Concluirei propondo uma agenda de pesquisas sobre ações da sociedade civil nas áreas da segurança e da saúde para responder à violência no Brasil.Different social movements, through its organizations and networks, have played relevant roles in the formulation of social policies in Brazil ever since the late 1970’s. In the context of Public Health, the case of Aids, women’s health and the psychiatric reform show the decisive role played by civil society organizations in the design and implementation of public policies which became not only more democratic and contemporaneous, but also more efficient. The same reasoning apply to environmental, educational and cultural public policies. And what has occurred in the area of public safety? What kind of agendas – that is, demands, discourses and practice – have non governmental organizations and social movements had and still have and what are their roles in the design of public policies that deal with violence in the context of public safety? Through three different articles and a research metrology that combined qualitative and quantitative approaches I try to explore the main answers to this question and to discuss two specific cases in which the connection with the themes of violence and criminality are part of the constitutional identity of the groups: the homosexual movement and its responses to homophobia and the group of youngsters in the slums and their responses towards both the crimes young men are perpetrating and the criminalization of their images. In this second case, I analyze the experience of the Rio de Janeiro based group called AfroReggae trying to understand the product of this political actor which enters the scenario in the late 1990’s: the young men from the favelas. Civil society organizations have played a very limited role regarding the process of police and public safety reform. I will argue that the reasons for this have to do not only with the resistance of public safety managers to social movements, but also to the characteristics of those movements themselves. I try to show that the innovative initiatives of young slum dwellers in their relationship with the police may represent important contributions to the repertoire of civil society practices for dealing with the police. I will also try to demonstrate that the Brazilian homosexual movement, while including in the agenda against homophobia clear demands in the area of public safety, has produced a model that may inspire new experiences in the country. I will conclude with a proposition of a research agenda on civil society’s action in public security and health to answer to violence in Brazil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porRespostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentaisBrazilian response to urban violence in the field of public security: social movements and non governmental organizationsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaViolenceSafetySocial OrganizationHomosexualityCrimeUrban PopulationOrganizationsPublic PolicyViolênciaSegurançaOrganização SocialHomossexualidadeCrimePopulação UrbanaOrganizaçõesPolítica Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4418/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Silvia_Souza_ENSP_2007.pdfapplication/pdf1304082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4418/2/ve_Silvia_Souza_ENSP_2007.pdfca2dfce6aedcd852dae6561339bc4b75MD52TEXT342.pdf.txt342.pdf.txtExtracted texttext/plain358938https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4418/5/342.pdf.txtde55df4f1b717f4215e13ad7293e3b14MD55ve_Silvia_Souza_ENSP_2007.pdf.txtve_Silvia_Souza_ENSP_2007.pdf.txtExtracted texttext/plain356309https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4418/6/ve_Silvia_Souza_ENSP_2007.pdf.txt97be78c1ba25005c6144a6bc7257bdecMD56THUMBNAIL342.pdf.jpg342.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1316https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4418/4/342.pdf.jpg97b0ea26690daad32844ca6fa4c67803MD54icict/44182023-01-19 14:21:57.313oai:www.arca.fiocruz.br:icict/4418Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:21:57Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Brazilian response to urban violence in the field of public security: social movements and non governmental organizations
title Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais
spellingShingle Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais
Souza, Silvia Ramos
Violence
Safety
Social Organization
Homosexuality
Crime
Urban Population
Organizations
Public Policy
Violência
Segurança
Organização Social
Homossexualidade
Crime
População Urbana
Organizações
Política Pública
title_short Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais
title_full Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais
title_fullStr Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais
title_full_unstemmed Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais
title_sort Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais
author Souza, Silvia Ramos
author_facet Souza, Silvia Ramos
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Souza, Silvia Ramos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Minayo, Maria Cecília de Souza
contributor_str_mv Minayo, Maria Cecília de Souza
dc.subject.en.none.fl_str_mv Violence
Safety
Social Organization
Homosexuality
Crime
Urban Population
Organizations
Public Policy
topic Violence
Safety
Social Organization
Homosexuality
Crime
Urban Population
Organizations
Public Policy
Violência
Segurança
Organização Social
Homossexualidade
Crime
População Urbana
Organizações
Política Pública
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Violência
Segurança
Organização Social
Homossexualidade
Crime
População Urbana
Organizações
Política Pública
description Movimentos sociais, por meio de suas organizações e redes têm tido, desde o final dos anos 70, papéis relevantes na definição de políticas sociais no Brasil. Na área da saúde, os casos da Aids, da saúde da mulher e da reforma psiquiátrica demonstram o papel decisivo de organizações da sociedade civil na elaboração e na implementação de políticas não apenas mais democráticas e contemporâneas, mas também mais eficientes. O mesmo pode ser dito em relação às políticas ambientais ou às políticas educacionais ou culturais. O que ocorreu na área da segurança pública? Que agendas – isto é, que demandas, discursos e práticas – organizações e redes dos movimentos sociais tiveram e têm e qual o seu papel na produção de políticas contra a violência no campo da segurança pública? Por meio de três artigos e por uma metodologia de pesquisa que combinou abordagens qualitativas e quantitativas, procuro situar as principais respostas a esta pergunta e exploro dois casos específicos em que as conexões com os temas da violência e da criminalidade fazem parte da própria constituição identitária desses segmentos como grupos: o movimento homossexual e suas respostas contra a homofobia, e os grupos de jovens de favelas e suas respostas contra a criminalidade de jovens da periferia ou contra a criminalização da imagem desses mesmos jovens. Neste segundo caso, minha análise parte da experiência do grupo AfroReggae, do Rio de Janeiro, e procura caracterizar a produção de um ator político que entra em cena no Brasil a partir dos anos 1990 – o “jovem de periferia”. Organizações da sociedade civil historicamente têm tido experiências reduzidas de interferência em processos de reforma das polícias e das políticas de segurança. Argumentarei que as razões para isto situam-se não só na resistência de gestores da segurança aos movimentos sociais, mas também em características dos próprios movimentos. Procuro demonstrar que iniciativas inovadoras de jovens de favelas em relação à polícia podem representar contribuições importantes para o repertório de práticas da sociedade civil quanto às forças de segurança. E que o movimento homossexual brasileiro, ao incluir demandas claras ao setor de segurança pública como parte da agenda contra a homofobia, produziu um modelo capaz de inspirar novas experiências. Concluirei propondo uma agenda de pesquisas sobre ações da sociedade civil nas áreas da segurança e da saúde para responder à violência no Brasil.
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-09-05T18:23:52Z
dc.date.available.fl_str_mv 2012-09-05T18:23:52Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SOUZA, Silvia Ramos. Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais. 2007. 145 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4418
identifier_str_mv SOUZA, Silvia Ramos. Respostas brasileiras à violência urbana no campo da segurança pública: os movimentos sociais e as organizações não governamentais. 2007. 145 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4418
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4418/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4418/2/ve_Silvia_Souza_ENSP_2007.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4418/5/342.pdf.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4418/6/ve_Silvia_Souza_ENSP_2007.pdf.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4418/4/342.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
ca2dfce6aedcd852dae6561339bc4b75
de55df4f1b717f4215e13ad7293e3b14
97be78c1ba25005c6144a6bc7257bdec
97b0ea26690daad32844ca6fa4c67803
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324822552346624