Cistogênese e estágios esquizontes em células epiteliais de felinos infectadas pelo Toxoplasma gondii, in vitro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6307 |
Resumo: | O Toxoplasma gondiié um protozoário parasito intracelular, agente causador da toxoplasmose que é uma das zoonoses mais endêmicas do mundo. O T. gondii possui dois tipos de reprodução: assexuada, que origina dois estágios evolutivos infectivos, os bradizoítos e taquizoítos e a sexuada que ocorre no tecido epitelial intestinal, exclusivamente de felídeos, hospedeirosdefinitivos, resultando na formação de oocistos imaturos que são eliminados nas suas fezes. A disseminação de oocistos no ambiente é o principal fator que explica a distribuição mundial do parasito, associada à formação de cistos teciduais que aumentam a capacidade de transmissão do parasito, através do consumo de carne crua ou mal cozida. Dada a especificidade de o ciclo sexuado ocorrer no tecidoepitelial, o principal objetivo do presente trabalho foi investigar, in vitro,a interação do T. gondiicom células epiteliais oriundas do intestino de ratos e de rim de felídeos, a fim de estabelecer possíveis correlações entre a origem do tecido (epitelial) e a fonte (rato e felídeos) que possam determinar o destino intracelular do parasito. Assim, culturas de linhagens celulares CRFK e IEC-6 foram infectadas com bradizoítos e taquizoítos de T. gondiicom diferentes cargas infectivas. Após os desenhosexperimentais as culturas foram processadas como de rotina para microscopia óptica de luz e fluorescência e para microscopia eletrônica de transmissão e varredura. As análises quantitativas mostraram que a linhagem CRFK foi mais susceptível à infecção frente aos dois estágios infectivos do que a linhagem IEC-6 e que essa diferença foi independente da carga parasitária e do estágio infectivo utilizados. As análises qualitativas mostraram que a linhagem CRFK foi maissusceptível à infecção do que a linhagem IEC-6 e esse evento foi independente da carga infectiva utilizada. As análises qualitativas mostraram que a cistogênese se estabeleceu de forma espontânea na CRFK quando infectada com bradizoítosda cepa ME49 ao se utilizar a carga infectiva de 1:10 (parasito-célula hospedeira). Além disso, esta linhagem celular apontou estágios infectivos morfologicamente distintos de taquizoítos e bradizoítos, similares aos estágios esquizontes de T. gondii. O presente estudo mostrou que existem diferenças no destino intracelular do parasito de acordo com o tipo celular utilizado. O emprego de células epiteliais de felinos como modelo celular da toxoplasmose experimental mostrou que pode contribuir com novos subsídios para o estudo da biologia celular do parasito, assim como contribuir como metodologia alternativa para o melhor entendimento do ciclo enteroepitelial doT. gondii. Este modelo celular abre um novo campo de investigação para aspectos moleculares desta interação que possam contribuir, por exemplo, para introdução de estratégias que venham a interferir em umas das principais vias de disseminação da toxoplasmose. Além disso, a CRFK se mostrou um modelo celular em potencial para a produção de cistos de T. gondii in vitroem larga escala abrindo perspectivas na redução do uso de animais experimentais para isolamento de cistos e inserção na área de inovação e desenvolvimento tecnológico. |
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Muno, Renata Morley deSoeiro, Maria de Nazaré CCarvalho, Lais deSeabra, Sergio HenriqueGuimarães, Erick VazDaMatta, Renato AugustoBarbosa, Helene Santos2013-02-08T13:30:15Z2013-02-08T13:30:15Z2011MUNO, R. M. de. Cistogênese e estágios esquizontes em células epiteliais de felinos infectadas pelo Toxoplasma gondii, in vitro. 2011. 108f. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular) – Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro 2011.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6307O Toxoplasma gondiié um protozoário parasito intracelular, agente causador da toxoplasmose que é uma das zoonoses mais endêmicas do mundo. O T. gondii possui dois tipos de reprodução: assexuada, que origina dois estágios evolutivos infectivos, os bradizoítos e taquizoítos e a sexuada que ocorre no tecido epitelial intestinal, exclusivamente de felídeos, hospedeirosdefinitivos, resultando na formação de oocistos imaturos que são eliminados nas suas fezes. A disseminação de oocistos no ambiente é o principal fator que explica a distribuição mundial do parasito, associada à formação de cistos teciduais que aumentam a capacidade de transmissão do parasito, através do consumo de carne crua ou mal cozida. Dada a especificidade de o ciclo sexuado ocorrer no tecidoepitelial, o principal objetivo do presente trabalho foi investigar, in vitro,a interação do T. gondiicom células epiteliais oriundas do intestino de ratos e de rim de felídeos, a fim de estabelecer possíveis correlações entre a origem do tecido (epitelial) e a fonte (rato e felídeos) que possam determinar o destino intracelular do parasito. Assim, culturas de linhagens celulares CRFK e IEC-6 foram infectadas com bradizoítos e taquizoítos de T. gondiicom diferentes cargas infectivas. Após os desenhosexperimentais as culturas foram processadas como de rotina para microscopia óptica de luz e fluorescência e para microscopia eletrônica de transmissão e varredura. As análises quantitativas mostraram que a linhagem CRFK foi mais susceptível à infecção frente aos dois estágios infectivos do que a linhagem IEC-6 e que essa diferença foi independente da carga parasitária e do estágio infectivo utilizados. As análises qualitativas mostraram que a linhagem CRFK foi maissusceptível à infecção do que a linhagem IEC-6 e esse evento foi independente da carga infectiva utilizada. As análises qualitativas mostraram que a cistogênese se estabeleceu de forma espontânea na CRFK quando infectada com bradizoítosda cepa ME49 ao se utilizar a carga infectiva de 1:10 (parasito-célula hospedeira). Além disso, esta linhagem celular apontou estágios infectivos morfologicamente distintos de taquizoítos e bradizoítos, similares aos estágios esquizontes de T. gondii. O presente estudo mostrou que existem diferenças no destino intracelular do parasito de acordo com o tipo celular utilizado. O emprego de células epiteliais de felinos como modelo celular da toxoplasmose experimental mostrou que pode contribuir com novos subsídios para o estudo da biologia celular do parasito, assim como contribuir como metodologia alternativa para o melhor entendimento do ciclo enteroepitelial doT. gondii. Este modelo celular abre um novo campo de investigação para aspectos moleculares desta interação que possam contribuir, por exemplo, para introdução de estratégias que venham a interferir em umas das principais vias de disseminação da toxoplasmose. Além disso, a CRFK se mostrou um modelo celular em potencial para a produção de cistos de T. gondii in vitroem larga escala abrindo perspectivas na redução do uso de animais experimentais para isolamento de cistos e inserção na área de inovação e desenvolvimento tecnológico.Toxoplasma gondiiis an intracellular protozoan parasite, the causative agent of toxoplasmosis which is one of the most endemic zoonoses in the world. T. gondiihas two types of reproduction: the asexual, which leadstwo evolutive infective stages, the bradyzoites and tachyzoites and the sexual thatoccurs in the intestinal epithelial tissue, exclusively in cats, the definitive hosts, resulting in the formation of immature oocysts that are shed in their feces. The spread ofoocysts in the environment is the main factor that explains the global distribution and dissemination of toxoplasmosis, leading to the formation of tissue cysts increasingthe parasite capacity of transmission, through ingestion of raw or undercooked meat. Once the specificity of the sexual cycle occurs in epithelial tissue, the main objective of this study was to investigate the in vitrointeraction of T. gondii epithelial cells derived from the intestine of rats and kidney of cats, in order to establish possible correlations between the origin of tissue (epithelial) and the source (rats and cats) that may determine the intracellular fate of the parasite. Thus CRFK and IEC-6 cell lines were infected with T. gondiibradyzoites and tachyzoites with different infective loads. The kinetic study of the infective capacity of both stages of the parasites was performed by fixing cell cultures at different times of interaction, aiming the quantitative analysis of infection of both cell types fronts of two strains and two infective stages of the parasite. After the experimental designs cultures were processed as routine for light microscopy and fluorescence and transmission and scanning electron microscopy. Quantitative analysis showed that CRFK line was more susceptible to infection than the IEC-6 line, and that this event was independentof the infective stage or the infective load used. The qualitative analysis showed that cystogenesis occurred spontaneously in the CRFK line when infected with the ME49 strain bradyzoites, by using the load of 1:10. In addition, this cell linepointed to morphologically distinct stages of tachyzoites and bradyzoites, similar to schizonts stages of T. gondii. The present study showed that there are differences in the intracellular fate of the parasite according to the cell type used. The use of feline epithelial cells as cellular model of experimental toxoplasmosis showed that it can contribute with new insights for studying the cell biology of the parasite as well as contribute as an alternative methodology for better understanding T. gondiienteroepithelial cycle. This cellular model opens a new field of investigation for molecular aspects of this interaction that can contribute, for example, to introduce strategies that will interfere in one of the main routes of toxoplasmosis spread. In addition, the CRFK line presented itself as a potential cellular model for cysts production in vitro in large scale opening perspectives on reduction in the use of animals forcysts isolation and insertion in inovation an technological development area.Fundação Oswaldo Cruz.Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporCistogênese e estágios esquizontes em células epiteliais de felinos infectadas pelo Toxoplasma gondii, in vitroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2011-08Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzMestradoRio de Janeiro / RJPrograma Pós-Graduação em Biologia Celular e MolecularToxoplasma gondiiCélulas epiteliaisInteração T. gondii-célula epitelialCistogêneseEstágios esquizontesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALrenata_m_muno_ioc_bcm_0063_2011.pdfrenata_m_muno_ioc_bcm_0063_2011.pdfapplication/pdf80505015https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6307/1/renata_m_muno_ioc_bcm_0063_2011.pdf41503f5b6c3aed2807dcf9752212e9f1MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81914https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6307/2/license.txt7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81fMD52THUMBNAILrenata_m_muno_ioc_bcm_0063_2011.pdf.jpgrenata_m_muno_ioc_bcm_0063_2011.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1062https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6307/3/renata_m_muno_ioc_bcm_0063_2011.pdf.jpg4c784cc2c276cc3fc1e2805536af2dffMD53TEXTrenata_m_muno_ioc_bcm_0063_2011.pdf.txtrenata_m_muno_ioc_bcm_0063_2011.pdf.txtExtracted texttext/plain215090https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6307/4/renata_m_muno_ioc_bcm_0063_2011.pdf.txt90fdd590067dd7474bae68c1b521dc8cMD54icict/63072019-05-07 16:45:56.016oai:www.arca.fiocruz.br:icict/6307TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBlIGFjZWl0YXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgY29weXJpZ2h0IGRhIGVkaXRvcmEgZG8gc2V1IGRvY3VtZW50by4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgRnVuZGHDp8OjbyBPc3dhbGRvIENydXogKEZJT0NSVVopLgoKYykgQ29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBkYSBGSU9DUlVaLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgCgpwb3IgcXVhbHF1ZXIgb3V0cm8gbWVpby4KCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgRklPQ1JVWiBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgCgpwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgYXJxdWl2bywgbWVpbyBvdSBzdXBvcnRlLCBwYXJhIGVmZWl0b3MgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgcHJlc2VydmHDp8OjbyAoYmFja3VwKSBlIGFjZXNzby4KCmUpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIAoKaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhIEZJT0NSVVogb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIAoKdXRpbGl6w6EtbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYsOpbSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZS4KCmcpIFNFIE8gRE9DVU1FTlRPIEVOVFJFR1VFIMOJIEJBU0VBRE8gRU0gVFJBQkFMSE8gRklOQU5DSUFETyBPVSBBUE9JQURPIFBPUiBPVVRSQSBJTlNUSVRVScOHw4NPIFFVRSBOw4NPIEEgRklPQ1JVWiwgREVDTEFSQSBRVUUgQ1VNUFJJVSAKClFVQUlTUVVFUiBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUEVMTyBSRVNQRUNUSVZPIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4gQSBGSU9DUlVaIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvcyAKCmRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-05-07T19:45:56Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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O Toxoplasma gondiié um protozoário parasito intracelular, agente causador da toxoplasmose que é uma das zoonoses mais endêmicas do mundo. O T. gondii possui dois tipos de reprodução: assexuada, que origina dois estágios evolutivos infectivos, os bradizoítos e taquizoítos e a sexuada que ocorre no tecido epitelial intestinal, exclusivamente de felídeos, hospedeirosdefinitivos, resultando na formação de oocistos imaturos que são eliminados nas suas fezes. A disseminação de oocistos no ambiente é o principal fator que explica a distribuição mundial do parasito, associada à formação de cistos teciduais que aumentam a capacidade de transmissão do parasito, através do consumo de carne crua ou mal cozida. Dada a especificidade de o ciclo sexuado ocorrer no tecidoepitelial, o principal objetivo do presente trabalho foi investigar, in vitro,a interação do T. gondiicom células epiteliais oriundas do intestino de ratos e de rim de felídeos, a fim de estabelecer possíveis correlações entre a origem do tecido (epitelial) e a fonte (rato e felídeos) que possam determinar o destino intracelular do parasito. Assim, culturas de linhagens celulares CRFK e IEC-6 foram infectadas com bradizoítos e taquizoítos de T. gondiicom diferentes cargas infectivas. Após os desenhosexperimentais as culturas foram processadas como de rotina para microscopia óptica de luz e fluorescência e para microscopia eletrônica de transmissão e varredura. As análises quantitativas mostraram que a linhagem CRFK foi mais susceptível à infecção frente aos dois estágios infectivos do que a linhagem IEC-6 e que essa diferença foi independente da carga parasitária e do estágio infectivo utilizados. As análises qualitativas mostraram que a linhagem CRFK foi maissusceptível à infecção do que a linhagem IEC-6 e esse evento foi independente da carga infectiva utilizada. As análises qualitativas mostraram que a cistogênese se estabeleceu de forma espontânea na CRFK quando infectada com bradizoítosda cepa ME49 ao se utilizar a carga infectiva de 1:10 (parasito-célula hospedeira). Além disso, esta linhagem celular apontou estágios infectivos morfologicamente distintos de taquizoítos e bradizoítos, similares aos estágios esquizontes de T. gondii. O presente estudo mostrou que existem diferenças no destino intracelular do parasito de acordo com o tipo celular utilizado. O emprego de células epiteliais de felinos como modelo celular da toxoplasmose experimental mostrou que pode contribuir com novos subsídios para o estudo da biologia celular do parasito, assim como contribuir como metodologia alternativa para o melhor entendimento do ciclo enteroepitelial doT. gondii. Este modelo celular abre um novo campo de investigação para aspectos moleculares desta interação que possam contribuir, por exemplo, para introdução de estratégias que venham a interferir em umas das principais vias de disseminação da toxoplasmose. Além disso, a CRFK se mostrou um modelo celular em potencial para a produção de cistos de T. gondii in vitroem larga escala abrindo perspectivas na redução do uso de animais experimentais para isolamento de cistos e inserção na área de inovação e desenvolvimento tecnológico. |
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