Infecção experimental de células musculares esqueléticas de embriões de Gallus gallus domesticus (Linneaus, 1758) pelo vírus da febre amarela 17DD
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26582 |
Resumo: | A vacina contra febre amarela é produzida a partir da inoculação da amostra FA 17DD em ovos embrionados de galinha no nono dia de desenvolvimento. Os embriões inteiros são coletados no décimo segundo dia de desenvolvimento para formulação da vacina. Este processo de produção permite que uma grande quantidade de proteína de galinha faça parte da formulação final da vacina, contraindicando o seu uso a pessoas que são alérgicas a estes componentes. No momento da coleta, após 72 horas de infecção, o tecido muscular esquelético é o principal tecido infectado e responsável pela biossíntese de partículas virais. Neste tecido, as primeiras células a serem infectadas possuem morfologia sugestiva de mioblasto. O presente trabalho descreveu fenotipicamente estas células como precursoras miogênicas que expressam em alguns casos o fator de transcrição Pax7. Além disso, células musculares esqueléticas de embrião de galinha são susceptíveis e permissíveis à infecção in vitro, e mantém o padrão de infecção observado in vivo Precursores miogênicos e mioblastos são alvos preferenciais de infecção, porém o estabelecimento da infecção não depende da presença destes tipos celulares. In vitro, o pico de produção viral ocorre em 48 horas após a infecção e decai após 72 horas acompanhado da observação de um efeito citopático da cultura. In vivo, a infecção se esgota no tecido muscular esquelético após 120 horas de infecção sem a presença de infiltrado inflamatório associado ao fim da infecção. Os dados deste trabalho nos permitem concluir que a cultura de células musculares esqueléticas é um bom modelo para o estudo da infecção pelo vírus 17DD, pois apresenta boa reprodutibilidade do fenômeno observado in vivo, e nos leva a perspectiva do desenvolvimento de métodos alternativos de produção da vacina baseados em uma plataforma de cultura de células. |
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Souza, Yuli Rodrigues Maia deBonaldo, Myrna CristinaVieira, Débora Ferreira BarretoMermelstein, Cláudia dos SantosGuedes, Priscila TavaresOliveira, Jaqueline Mendes deMachado, Marcelo PelajoManso, Pedro Paulo de Abreu2018-05-23T14:50:10Z2018-05-23T14:50:10Z2017SOUZA, Yuli Rodrigues Maia de. Infecção experimental de células musculares esqueléticas de embriões de Gallus gallus domesticus (Linneaus, 1758) pelo vírus da febre amarela 17DD. 2017. 128 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26582A vacina contra febre amarela é produzida a partir da inoculação da amostra FA 17DD em ovos embrionados de galinha no nono dia de desenvolvimento. Os embriões inteiros são coletados no décimo segundo dia de desenvolvimento para formulação da vacina. Este processo de produção permite que uma grande quantidade de proteína de galinha faça parte da formulação final da vacina, contraindicando o seu uso a pessoas que são alérgicas a estes componentes. No momento da coleta, após 72 horas de infecção, o tecido muscular esquelético é o principal tecido infectado e responsável pela biossíntese de partículas virais. Neste tecido, as primeiras células a serem infectadas possuem morfologia sugestiva de mioblasto. O presente trabalho descreveu fenotipicamente estas células como precursoras miogênicas que expressam em alguns casos o fator de transcrição Pax7. Além disso, células musculares esqueléticas de embrião de galinha são susceptíveis e permissíveis à infecção in vitro, e mantém o padrão de infecção observado in vivo Precursores miogênicos e mioblastos são alvos preferenciais de infecção, porém o estabelecimento da infecção não depende da presença destes tipos celulares. In vitro, o pico de produção viral ocorre em 48 horas após a infecção e decai após 72 horas acompanhado da observação de um efeito citopático da cultura. In vivo, a infecção se esgota no tecido muscular esquelético após 120 horas de infecção sem a presença de infiltrado inflamatório associado ao fim da infecção. Os dados deste trabalho nos permitem concluir que a cultura de células musculares esqueléticas é um bom modelo para o estudo da infecção pelo vírus 17DD, pois apresenta boa reprodutibilidade do fenômeno observado in vivo, e nos leva a perspectiva do desenvolvimento de métodos alternativos de produção da vacina baseados em uma plataforma de cultura de células.The yellow fever vaccine is produced from the inoculation of the YF 17DD sample in chicken embryonic eggs on the ninth day of development. The whole embryos are collected on the twelfth day of development for vaccine formulation. This production process allows a large amount of chicken protein to be part of the final formulation of the vaccine, contraindicating its use to people who are allergic to these compounds. At the time of collection, after 72 hours of infection, the skeletal muscle tissue is the main infected tissue and responsible for the biosynthesis of viral particles. In this tissue, the first cells to be infected have morphology suggestive of myoblast. The present work has phenotypically described these cells as myogenic precursors that in some cases express the Pax7 transcription factor In addition, skeletal chicken embryo muscle cells are susceptible and permissive for in vitro infection, besides to the maintanence of the pattern of infection observed in vivo. Myogenic precursors and myoblasts are preferred targets of infection, but the establishment of infection does not depend on the presence of these cell types. In vitro, peak viral production occurs within 48 hours after infection and decays after 72 hours accompanied by the observation of a cytopathic effect of the culture. In vivo, the infection is depleted in skeletal muscle tissue after 120 hours of infection without the presence of inflammatory infiltrate associated with the end of infection. The data of this work allow us to conclude that the skeletal muscle cell primary culture is a good model for the study of the infection of muscle cells with 17DD virus, since it presents good reproducibility of the phenomenon observed in vivo, contributing to the understanding of the virus infection and leads us to the perspective of developing alternative methods of producing the vaccine based on a cell culture platform.2018-12-01Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porVacina contra Febre AmarelaEmbrião de GalinhaFibras Musculares EsqueléticasCultura Primária de CélulasVacina contra Febre AmarelaEmbrião de GalinhaFibras Musculares EsqueléticasCultura Primária de CélulasInfecção experimental de células musculares esqueléticas de embriões de Gallus gallus domesticus (Linneaus, 1758) pelo vírus da febre amarela 17DDinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017Pós-Graduação em Biologia Celular e MolecularFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecularinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26582/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALyuli_souza_ioc_mest_2017.pdfyuli_souza_ioc_mest_2017.pdfapplication/pdf9230353https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26582/2/yuli_souza_ioc_mest_2017.pdfaf80b7b5b071ea3c1251470a58aba685MD52TEXTyuli_souza_ioc_mest_2017.pdf.txtyuli_souza_ioc_mest_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain197668https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26582/3/yuli_souza_ioc_mest_2017.pdf.txt21b2ad9691d10eae39a8c17a7ad0ad5dMD53icict/265822021-03-24 16:32:22.596oai:www.arca.fiocruz.br:icict/26582Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-03-24T19:32:22Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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