Caminhos reprodutivos de mulheres com filhos e filhas vivendo com a Síndrome Congênita do Zika Vírus
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44516 |
Resumo: | O presente estudo buscou compreender como se estabelecem as decisões reprodutivas de mulheres com filhos e filhas vivendo com a Síndrome Congênita do Zika Vírus. Considerando as possíveis transformações nos seus caminhos reprodutivos e as desigualdades estruturais envolvidas no campo da reprodução e que se evidenciaram com a situação de emergência em saúde pública, elegeu-se problematizar a questão a partir dos marcos referenciais saúde, direitos e justiça reprodutiva. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada entre 19 de julho e 31 de outubro de 2018, em diferentes locais da região metropolitana do Rio de Janeiro. A construção dos dados privilegiou a realização de entrevistas no formato semiestruturado, através de um roteiro temático previamente delimitado. Além disso, buscando um diálogo com as entrevistas realizadas, um outro instrumento se apresentou como meio de produzir e sistematizar as reflexões da pesquisadora no desenvolvimento do estudo, sendo esses registros notas de inspiração etnográfica sobre o trabalho de campo. As entrevistas com nove mulheres foram previamente agendadas e os encontros ocorreram em locais próximos ou na residência das participantes do estudo, assim como em lugares nos arredores de espaços institucionais de cuidados para seus filhos e filhas. A análise foi realizada a partir da interpretação de sentidos, perspectiva que busca compreender a lógica interna dos sentidos presentes e emergentes de palavras, inter-relações, grupos e instituições em relação ao tema estudado. Como resultado, três núcleos de sentido emergiram: (1) mudanças na vida a partir da epidemia do vírus Zika, (2) o campo da contracepção e a construção dos caminhos reprodutivos e (3) escolhas reprodutivas após a epidemia As esferas da reprodução e da contracepção se evidenciaram como de responsabilidade feminina, observando-se ainda o papel exercido por outras mulheres no que se refere à composição de uma rede de referências e influências nesse campo. O medo de que uma nova gestação viesse a acontecer reforçou uma busca por outros métodos contraceptivos utilizados após a gravidez da criança afetada pelo vírus Zika, se confirmando também as repercussões no campo da sexualidade. A título de conclusão, observa-se que para que essas mulheres possam traçar caminhos reprodutivos pautados pela autonomia e justiça, se mostra necessário favorecer a construção de políticas públicas e o fortalecimento de serviços que garantam atenção integral à sua saúde sexual e reprodutiva. |
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Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada entre 19 de julho e 31 de outubro de 2018, em diferentes locais da região metropolitana do Rio de Janeiro. A construção dos dados privilegiou a realização de entrevistas no formato semiestruturado, através de um roteiro temático previamente delimitado. Além disso, buscando um diálogo com as entrevistas realizadas, um outro instrumento se apresentou como meio de produzir e sistematizar as reflexões da pesquisadora no desenvolvimento do estudo, sendo esses registros notas de inspiração etnográfica sobre o trabalho de campo. As entrevistas com nove mulheres foram previamente agendadas e os encontros ocorreram em locais próximos ou na residência das participantes do estudo, assim como em lugares nos arredores de espaços institucionais de cuidados para seus filhos e filhas. A análise foi realizada a partir da interpretação de sentidos, perspectiva que busca compreender a lógica interna dos sentidos presentes e emergentes de palavras, inter-relações, grupos e instituições em relação ao tema estudado. Como resultado, três núcleos de sentido emergiram: (1) mudanças na vida a partir da epidemia do vírus Zika, (2) o campo da contracepção e a construção dos caminhos reprodutivos e (3) escolhas reprodutivas após a epidemia As esferas da reprodução e da contracepção se evidenciaram como de responsabilidade feminina, observando-se ainda o papel exercido por outras mulheres no que se refere à composição de uma rede de referências e influências nesse campo. O medo de que uma nova gestação viesse a acontecer reforçou uma busca por outros métodos contraceptivos utilizados após a gravidez da criança afetada pelo vírus Zika, se confirmando também as repercussões no campo da sexualidade. A título de conclusão, observa-se que para que essas mulheres possam traçar caminhos reprodutivos pautados pela autonomia e justiça, se mostra necessário favorecer a construção de políticas públicas e o fortalecimento de serviços que garantam atenção integral à sua saúde sexual e reprodutiva.The present study sought to understand how the reproductive decisions of women with sons and daughters living with the Congenital Syndrome of the Zika Virus are made. Considering the possible transformations in their reproductive paths and the structural inequalities involved in the field of reproduction, which were evidenced by the state of emergency in public health, it was decided to problematize the issue from the reference frameworks on health, rights and reproductive justice. This was a qualitative research, conducted between July 19 and October 31, 2018, in different locations in the metropolitan area of Rio de Janeiro. The elaboration of the data prioritized interviews in the semi-structured format, through a thematic route previously delimited. In addition, seeking dialogue with the interviews, another instrument was presented as a means of producing and systematizing the researcher's reflections on the development of the study, and these records were notes of ethnographic inspiration about the fieldwork. The interviews with nine women were previously scheduled and the meetings were held near or in the study participants' own homes, as well as in places around institutional care spaces for their sons and daughters. The analysis was based on the interpretation of meanings, a perspective that seeks to understand the internal logic of the present and emerging senses of words, interrelations, groups and institutions in relation to the subject studied. As a result, three bases of sense have emerged: (1) changes in life from the Zika Virus epidemic, (2) the field of contraception and the construction of reproductive paths and (3) reproductive choices after the epidemic. The spheres of reproduction and contraception were evidenced as female oriented responsibility, while observing the role played by other women in the composition of a network of references and influences in this field The fear that a new pregnancy would happen bolstered a search for other contraceptive methods after the pregnancy of the child affected by the Zika virus, and also confirming the repercussions in the field of sexuality. As a conclusion, it is observed that in order for these women to trace reproductive paths guided by autonomy and justice, it is necessary to favor the construction of public policies and the strengthening of services that guarantee integral attention to their sexual and reproductive health.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porZika VírusMicrocefaliaReproduçãoDireitos Sexuais e ReprodutivosSaúde da MulherZika VírusMicrocefaliaInfecção por Zika VírusDireitos sexuais e reprodutivosComportamento reprodutivoCaminhos reprodutivos de mulheres com filhos e filhas vivendo com a Síndrome Congênita do Zika Vírusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes FigueiraFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44516/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALmilena_ribeiro_iff_mest_2019.pdfapplication/pdf1895355https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44516/2/milena_ribeiro_iff_mest_2019.pdfafa0e305a118fe11a62d6bed1083617eMD52TEXTmilena_ribeiro_iff_mest_2019.pdf.txtmilena_ribeiro_iff_mest_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain274074https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44516/3/milena_ribeiro_iff_mest_2019.pdf.txte9b0f6a5e2bd50aa5f98d8514297c30dMD53icict/445162020-11-19 02:05:10.125oai:www.arca.fiocruz.br:icict/44516Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352020-11-19T05:05:10Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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