Dengue and land cover heterogeneity in Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Maria Goreti Rosa
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Tsouris, Pantelis, Reis, Izabel Cristina dos, Magalhães, Mônica de Avelar Figueiredo Mafra, Nascimento, Teresa Fernandes Silva do, Rocha, Nildimar Honorio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2613
Resumo: As epidemias de dengue no Brasil têm sido cada vez mais frequentes, de maior incidência e gravidade. No Brasil, Aedes aegypti é o único vetor comprovado de dengue. Durante o período 2007-2008, o estado de Rio de Janeiro sofreu uma das epidemias de dengue mais graves da sua história em termos de morbidade e mortalidade. Durante este período, 322.371 casos e 240 mortes foram registrados, com 100 mortes devido à febre hemorrágica/ síndrome de choque e 140 mortes devido a outras complicações relacionadas ao dengue. A transmissão do dengue é influenciada por fatores estreitamente relacionados, muitos dos quais diretamente associados ao ambiente. Cada cidade tem suas próprias características que são dadas principalmente por sua paisagem e populações humanas. O Rio de Janeiro é uma cidade de 6 milhões de indivíduos que compartilham um espaço heterogêneo de ~1.200km2. A densidade da população humana varia entre 5.000 habitantes/km2 em média, nas planícies, chegando à densidade de ~40.000 habitantes/km2 vivendo em favelas, principalmente nos morros. Estes 6 milhões de indivíduos vivem em zonas altamente urbanizadas, médio-urbanizadas e peri-urbanas de transição, como os bolsões de áreas rurais e semi-rurais cercados pela cidade em expansão, em sua maior parte nas planícies intercaladas por três complexos de montanhas. Para analisar o espaço heterogêneo da cidade de Rio de Janeiro, mapas de cobertura da terra e de bairros foram justapostos a casos georeferenciados de dengue, durante o período epidêmico 2007-2008. Essa análise resultou na identificação de aglomerados de bairros (clusters) com elevada incidência de dengue (hotspots) em 7 áreas, denominados Jacarepaguá, Centro, Ilhas, Guaratiba, Norte, Ocidental e Pedra. O aglomerado mais importante foi aquele constituído pelo ecossistema urbano da planície de Jacarepaguá. Estes diferentes ecossistemas urbanos diferem epidemiologicamente no sentido de quando e como o dengue é transmitido? No Rio de Janeiro, há um dengue de áreas altamente urbanizadas, um dengue de áreas médio-urbanizadas e um dengue de áreas cobertas por vegetação? Apesar de serem necessários estudos adicionais que tomem em consideração outros aspectos, o presente estudo indica que os diferentes ecossistemas urbanos observados podem repercutir na transmissão do dengue no Rio de Janeiro
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A transmissão do dengue é influenciada por fatores estreitamente relacionados, muitos dos quais diretamente associados ao ambiente. Cada cidade tem suas próprias características que são dadas principalmente por sua paisagem e populações humanas. O Rio de Janeiro é uma cidade de 6 milhões de indivíduos que compartilham um espaço heterogêneo de ~1.200km2. A densidade da população humana varia entre 5.000 habitantes/km2 em média, nas planícies, chegando à densidade de ~40.000 habitantes/km2 vivendo em favelas, principalmente nos morros. Estes 6 milhões de indivíduos vivem em zonas altamente urbanizadas, médio-urbanizadas e peri-urbanas de transição, como os bolsões de áreas rurais e semi-rurais cercados pela cidade em expansão, em sua maior parte nas planícies intercaladas por três complexos de montanhas. 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Apesar de serem necessários estudos adicionais que tomem em consideração outros aspectos, o presente estudo indica que os diferentes ecossistemas urbanos observados podem repercutir na transmissão do dengue no Rio de JaneiroDengue epidemics in Brazil have become more frequent and more severe and involving larger populations in the last years. In Brazil Aedes aegypti is the only known vector. During the 2007–2008 period, Rio de Janeiro state experienced the most severe dengue epidemics ever reported in terms of morbidity and mortality. During this period, 322,371 cases and 240 deaths were registered, with 100 deaths due to dengue haemorragic fever/ dengue shock syndrome and 140 due to other dengue-related complications. Dengue transmission is influenced by closely related factors, many of which directly associated to the environment. Every city has its own specificities that are mainly given by its landscape and human populations. Rio de Janeiro is a city of 6 million individuals who share a heterogeneous space of ~1,200km2. Human population density ranges from 5,000 inhabitants/km2 average mainly in the lowlands, with slums (or favelas) mainly in the slopes, where densities reach ~40,000 inhabitants/km2. These 6 million individuals live in highly urbanized, medium-urbanized and peri-urban transition zones with pockets of rural and semi–rural areas surrounded by the expanding city, mostly in the lowlands interspersed by three mountain complexes. To analyze the heterogeneous space of the city of Rio de Janeiro in relation to dengue, neighborhoods land cover maps where juxtaposed to dengue georeferenced cases, during the epidemic period 2007-2008. This analysis resulted in the observation of spatial clusters of high incidence dengue cases (hotspots) in 7 areas, namely, Jacarepaguá, Downtown, Island, Guaratiba, Northern, Western and Pedra. The most important cluster was constituted by the Jacarepaguá lowland urban ecosystem. Do the different urban ecosystems differ epidemiologically in terms of when and how dengue is transmitted? In Rio de Janeiro, is there a dengue of highly urbanized areas, a dengue of medium urbanized areas and a dengue of medium-high vegetated areas? Or in all those different urban ecosystems there is a shared characteristic that favor dengue transmission? Even though further studies should be conducted taking other aspects into account, the present study indicates that the different urban ecosystems observed might influence dengue transmission in Rio de Janeiro.Las epidemias de dengue en Brasil se han vuelto cada vez más frecuentes y severas y han involucrado poblaciones cada vez mayores en los últimos años. En Brasil, Aedes aegypti es el único vector conocido de dengue. Durante el período 2007-2008, el estado de Río de Janeiro sufrió la epidemia de dengue más grave de su historia en términos de morbilidad y mortalidad. Durante este período, se registraron 322.371 casos y 240 muertes, con 100 muertes por dengue hemorrágico y síndrome de choque y 140 muertes debidas a otras complicaciones relacionadas con el dengue. La transmisión del dengue es influenciada por factores estrechamente relacionados, muchos de los cuales están directamente relacionados con el ambiente. Cada ciudad tiene características específicas, que se dan principalmente por su paisaje y sus poblaciones humanas. Río de Janeiro es una ciudad de 6 millones de habitantes que comparten un espacio heterogéneo de ~ 1,200 km². La densidad de población presenta una media de 5.000 habitantes/km², principalmente en las tierras bajas, mientras en los barrios marginales (o favelas), situados principalmente en las laderas, la densidad puede llegar a ~ 40.000 habitantes/km². Estos 6 millones de personas viven en zonas alta y medianamente urbanizadas, y zonas peri-urbanas de transición, con bolsillos de áreas rurales y semi rurales rodeados por la ciudad en expansión, sobre todo en las tierras bajas, intercaladas entre tres complejos montañosos. Para analizar la heterogeneidad espacial de la ciudad de Río de Janeiro en relación con el dengue, mapas de cobertura del suelo de los barrios fueron yuxtapuestos a los casos de dengue georreferenciados durante la epidemia de 2007-2008. Este análisis dio lugar a la observación de agrupamientos espaciales (clusters) de alta incidencia de casos de dengue (hotspots) en 7 áreas, a saber, Jacarepaguá, Centro, Isla, Guaratiba, Norte, Oeste y Pedra. El grupo más importante está constituido por el ecosistema urbano de tierras bajas en Jacarepaguá. Son los diferentes ecosistemas urbanos epidemiológicamente diferentes, en términos de cuándo y cómo se transmite el dengue? Hay un dengue de las zonas altamente urbanizadas, un dengue de las zonas medianamente urbanizadas y un dengue de áreas cubiertas con vegetación, o en los diferentes ecosistemas urbanos hay una característica común que favorezca la transmisión del dengue? Aunque nuevos estudios se deben realizar teniendo en cuenta otros aspectos, el presente estudio indica que los diferentes ecosistemas urbanos observados tienen importancia en la transmisión del dengue en Río de JaneiroFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Transmissores de Hematozoários. Departamento de Entomologia. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFreitas & Tsouris Consultants. Spata, Áttica, GreeceInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Departamento de Processamento de Imagem. São José dos Campos, SP, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Centro de Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Laboratório de Geoprocessamento. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Transmissores de Hematozoários. Departamento de Entomologia. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Transmissores de Hematozoários. Departamento de Entomologia. Rio de Janeiro, RJ, BrasilengDengueRio de JaneiroEcossistema urbanoDengueRio de JaneiroUrban ecosystemDengueRio de JaneiroEcosistemas urbanosDengue and land cover heterogeneity in Rio de JaneiroDengue e a heterogeneidade da cobertura da terra no Rio de JaneiroDengue y heterogeneidad de la cobertura de la tierra en Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALDengue and land cover_2010.pdfDengue and land cover_2010.pdfapplication/pdf5998565https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2613/1/Dengue%20and%20land%20cover_2010.pdf483eeeb58577e971981804a75712c1efMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81648https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2613/2/license.txte095249ac7cacefbfe39684dfe45e706MD52TEXTDengue and land cover_2010.pdf.txtDengue and land cover_2010.pdf.txtExtracted texttext/plain78839https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2613/3/Dengue%20and%20land%20cover_2010.pdf.txt257ae85464e1eeaa77e3730ba3147a45MD53THUMBNAILDengue and land cover_2010.pdf.jpgDengue and land cover_2010.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2213https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2613/4/Dengue%20and%20land%20cover_2010.pdf.jpg6ebbc7875cf1e6e3fe996585b7d01de2MD54icict/26132018-04-06 09:14:40.72oai:www.arca.fiocruz.br:icict/2613Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKQnkgc2lnbmluZyBhbmQgc3VibWl0dGluZyB0aGlzIGxpY2Vuc2UsIHlvdSAodGhlIGF1dGhvcihzKSBvciBjb3B5cmlnaHQKb3duZXIpIGdyYW50cyB0byBEU3BhY2UgVW5pdmVyc2l0eSAoRFNVKSB0aGUgbm9uLWV4Y2x1c2l2ZSByaWdodCB0byByZXByb2R1Y2UsCnRyYW5zbGF0ZSAoYXMgZGVmaW5lZCBiZWxvdyksIGFuZC9vciBkaXN0cmlidXRlIHlvdXIgc3VibWlzc2lvbiAoaW5jbHVkaW5nCnRoZSBhYnN0cmFjdCkgd29ybGR3aWRlIGluIHByaW50IGFuZCBlbGVjdHJvbmljIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bSwKaW5jbHVkaW5nIGJ1dCBub3QgbGltaXRlZCB0byBhdWRpbyBvciB2aWRlby4KCllvdSBhZ3JlZSB0aGF0IERTVSBtYXksIHdpdGhvdXQgY2hhbmdpbmcgdGhlIGNvbnRlbnQsIHRyYW5zbGF0ZSB0aGUKc3VibWlzc2lvbiB0byBhbnkgbWVkaXVtIG9yIGZvcm1hdCBmb3IgdGhlIHB1cnBvc2Ugb2YgcHJlc2VydmF0aW9uLgoKWW91IGFsc28gYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5IGtlZXAgbW9yZSB0aGFuIG9uZSBjb3B5IG9mIHRoaXMgc3VibWlzc2lvbiBmb3IKcHVycG9zZXMgb2Ygc2VjdXJpdHksIGJhY2stdXAgYW5kIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSByZXByZXNlbnQgdGhhdCB0aGUgc3VibWlzc2lvbiBpcyB5b3VyIG9yaWdpbmFsIHdvcmssIGFuZCB0aGF0IHlvdSBoYXZlCnRoZSByaWdodCB0byBncmFudCB0aGUgcmlnaHRzIGNvbnRhaW5lZCBpbiB0aGlzIGxpY2Vuc2UuIFlvdSBhbHNvIHJlcHJlc2VudAp0aGF0IHlvdXIgc3VibWlzc2lvbiBkb2VzIG5vdCwgdG8gdGhlIGJlc3Qgb2YgeW91ciBrbm93bGVkZ2UsIGluZnJpbmdlIHVwb24KYW55b25lJ3MgY29weXJpZ2h0LgoKSWYgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgZm9yIHdoaWNoIHlvdSBkbyBub3QgaG9sZCBjb3B5cmlnaHQsCnlvdSByZXByZXNlbnQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZSBvYnRhaW5lZCB0aGUgdW5yZXN0cmljdGVkIHBlcm1pc3Npb24gb2YgdGhlCmNvcHlyaWdodCBvd25lciB0byBncmFudCBEU1UgdGhlIHJpZ2h0cyByZXF1aXJlZCBieSB0aGlzIGxpY2Vuc2UsIGFuZCB0aGF0CnN1Y2ggdGhpcmQtcGFydHkgb3duZWQgbWF0ZXJpYWwgaXMgY2xlYXJseSBpZGVudGlmaWVkIGFuZCBhY2tub3dsZWRnZWQKd2l0aGluIHRoZSB0ZXh0IG9yIGNvbnRlbnQgb2YgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24uCgpJRiBUSEUgU1VCTUlTU0lPTiBJUyBCQVNFRCBVUE9OIFdPUksgVEhBVCBIQVMgQkVFTiBTUE9OU09SRUQgT1IgU1VQUE9SVEVECkJZIEFOIEFHRU5DWSBPUiBPUkdBTklaQVRJT04gT1RIRVIgVEhBTiBEU1UsIFlPVSBSRVBSRVNFTlQgVEhBVCBZT1UgSEFWRQpGVUxGSUxMRUQgQU5ZIFJJR0hUIE9GIFJFVklFVyBPUiBPVEhFUiBPQkxJR0FUSU9OUyBSRVFVSVJFRCBCWSBTVUNICkNPTlRSQUNUIE9SIEFHUkVFTUVOVC4KCkRTVSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgeW91ciBuYW1lKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3Iocykgb3Igb3duZXIocykgb2YgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24sIGFuZCB3aWxsIG5vdCBtYWtlIGFueSBhbHRlcmF0aW9uLCBvdGhlciB0aGFuIGFzIGFsbG93ZWQgYnkgdGhpcwpsaWNlbnNlLCB0byB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-04-06T12:14:40Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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