Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rios, Adriana Salvio
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44489
Resumo: O vírus Zika, identificado no Brasil no ano de 2015, infectou um número significativo de pessoas. A sequela mais grave constatada pela doença foi a microcefalia, que chamou a atenção dos meios governamentais e acadêmicos pelo aumento expressivo do número de casos no país. Um elevado número de gestantes infectadas concebeu crianças com microcefalia, o que levou o país a decretar epidemia em 2015 e 2016. Com a epidemia da doença o Ministério da Saúde (MS) elaborou o protocolo de atendimento às crianças, com microcefalia, infectadas pelo vírus Zika, e dentre as orientações, consta a recomendação da avaliação da Triagem Auditiva Neonatal (TAN). Objetivo: analisar as respostas auditivas verificadas pela TAN, normal ou alterada, de crianças expostas ao vírus Zika que não apresentaram Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA); e associar essas respostas auditivas com o trimestre gestacional em que a infecção pelo vírus Zika foi adquirida. Materiais e Método: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal retrospectivo, desenvolvido a partir da coorte prospectiva da infecção pelo vírus Zika do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira / Fundação Oswaldo Cruz (IFF/FIOCRUZ), denominada \201CExposição vertical ao Zika vírus e suas consequências para o neurodesenvolvimento infantil\201D. A população alvo foi constituída de crianças incluídas no estudo da coorte no período de Março de 2016 a Dezembro de 2017, avaliadas pelos exames da TAN: Emissões Otoacústicas Evocadas Transiente (EOAT) e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE-A) Foram incluídas no estudo crianças com ou sem microcefalia, que apresentaram o exame laboratorial RT-PCR positivo para o vírus Zika, e também crianças cujas mães tiveram esse resultado positivo. Foram excluídos lactentes que não tiveram a TAN concluída (EOAT e PEATE-A), os que apresentaram resultados negativos do exame RT- PCR e os lactentes com IRDA. Os testes da triagem auditiva realizados foram as EOAT e o PEATE, ambos no modo automático. O lactente foi considerado reprovado na TAN quando apresentou alteração em pelo menos um reteste (EOAT ou PEATE-A), em ao menos uma orelha. Resultados: Foram analisados os dados de 45 crianças, sendo 30 (66,7%) do sexo feminino. A mediana da idade da realização do primeiro exame da TAN foi de 7 dias (IIQ 2-32dias). A prevalência de falha foi de 6,7%, incluindo teste e reteste, e os mesmos lactentes que apresentaram falha em EOAT falharam também no PEATE-A; dentre esses um paciente passou em EOAT e falhou em PEATE-A em uma das orelhas. Os resultados sugerem alteração sensorioneural com ou sem o Espectro da Neuropatia Auditiva (ENA) em 6,7% da amostra (3 pacientes/ 3 orelhas); e 2,2% da população (1 paciente/1 orelha) com a possibilidade de apresentar somente o ENA. Em relação ao trimestre gestacional da infecção, o estudo demonstra que há associação do trimestre em que a gestante adquiriu a doença com o resultado da TAN. Conclusão: dados revelam que a infecção adquirida no primeiro trimestre pode apresentar relação com a falha nos exames da TAN.
id CRUZ_e7ff340ab2bb183ac7b195e9e7deb653
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/44489
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Rios, Adriana SalvioZin, Andrea AraujoFrota, Silvana Maria Monte Coelho2020-11-17T20:48:18Z2020-11-17T20:48:18Z2019RIOS, Adriana Salvio. Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika. 2019. 83 f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Criança e da Mulher) - Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44489O vírus Zika, identificado no Brasil no ano de 2015, infectou um número significativo de pessoas. A sequela mais grave constatada pela doença foi a microcefalia, que chamou a atenção dos meios governamentais e acadêmicos pelo aumento expressivo do número de casos no país. Um elevado número de gestantes infectadas concebeu crianças com microcefalia, o que levou o país a decretar epidemia em 2015 e 2016. Com a epidemia da doença o Ministério da Saúde (MS) elaborou o protocolo de atendimento às crianças, com microcefalia, infectadas pelo vírus Zika, e dentre as orientações, consta a recomendação da avaliação da Triagem Auditiva Neonatal (TAN). Objetivo: analisar as respostas auditivas verificadas pela TAN, normal ou alterada, de crianças expostas ao vírus Zika que não apresentaram Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA); e associar essas respostas auditivas com o trimestre gestacional em que a infecção pelo vírus Zika foi adquirida. Materiais e Método: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal retrospectivo, desenvolvido a partir da coorte prospectiva da infecção pelo vírus Zika do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira / Fundação Oswaldo Cruz (IFF/FIOCRUZ), denominada \201CExposição vertical ao Zika vírus e suas consequências para o neurodesenvolvimento infantil\201D. A população alvo foi constituída de crianças incluídas no estudo da coorte no período de Março de 2016 a Dezembro de 2017, avaliadas pelos exames da TAN: Emissões Otoacústicas Evocadas Transiente (EOAT) e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE-A) Foram incluídas no estudo crianças com ou sem microcefalia, que apresentaram o exame laboratorial RT-PCR positivo para o vírus Zika, e também crianças cujas mães tiveram esse resultado positivo. Foram excluídos lactentes que não tiveram a TAN concluída (EOAT e PEATE-A), os que apresentaram resultados negativos do exame RT- PCR e os lactentes com IRDA. Os testes da triagem auditiva realizados foram as EOAT e o PEATE, ambos no modo automático. O lactente foi considerado reprovado na TAN quando apresentou alteração em pelo menos um reteste (EOAT ou PEATE-A), em ao menos uma orelha. Resultados: Foram analisados os dados de 45 crianças, sendo 30 (66,7%) do sexo feminino. A mediana da idade da realização do primeiro exame da TAN foi de 7 dias (IIQ 2-32dias). A prevalência de falha foi de 6,7%, incluindo teste e reteste, e os mesmos lactentes que apresentaram falha em EOAT falharam também no PEATE-A; dentre esses um paciente passou em EOAT e falhou em PEATE-A em uma das orelhas. Os resultados sugerem alteração sensorioneural com ou sem o Espectro da Neuropatia Auditiva (ENA) em 6,7% da amostra (3 pacientes/ 3 orelhas); e 2,2% da população (1 paciente/1 orelha) com a possibilidade de apresentar somente o ENA. Em relação ao trimestre gestacional da infecção, o estudo demonstra que há associação do trimestre em que a gestante adquiriu a doença com o resultado da TAN. Conclusão: dados revelam que a infecção adquirida no primeiro trimestre pode apresentar relação com a falha nos exames da TAN.The Zika virus, identified in 2015, infected a considerable amount of people in Brazil. The disease´s most serious sequel was microcephaly, which attracted the attention of governmental agencies and academic circles because of the significant increase in the number of cases in the country. A high number of infected pregnant women generated children with microcephaly, which led the government to declare an epidemic in 2015 and 2016. Due to the epidemic, the National Health Service developed protocols to assist children with microcephaly infected by the Zika virus. The guidelines included the Universal Neonatal Hearing Screening test (UNHS). Objective: This study aims to analyze normal or altered auditory hearing responses in the UNHS test in children exposed to the Zika virus who did not present hearing impairment risk indicators and correlate these auditory responses with the gestational trimester in which the Zika virus infection was acquired. Materials and Methods: This is a retrospective, cross-sectional descriptive study developed from the prospective cohort of the Zika virus infection at the Fernandes Figueira National Institute of Women, Children and Adolescents Health/ Oswaldo Cruz Foundation (IFF / FIOCRUZ), denominated "Vertical exposure to the Zika virus and its consequences for children neurodevelopment". The target population consisted of children included in the cohort study from March 2016 to December 2017, assessed by the UNHS Transient Evoked Otoacoustic Emissions Test (TEOAE) and the Brainstem Auditory Evoked Potentials Test (BAEP-A). We included children with and without microcephaly, tested positive in the RT-PCR laboratory test for the Zika virus, and children whose mothers were tested positive in this exam. Infants who did not have a complete UNHS test (TEOAE and BAEP-A), infants with negative RT-PCR results, and infants with hearing impairment risk indicators were excluded Both TEOAE and BAEP-A hearing screening tests were performed in automatic mode. An infant was considered to have a fail UNHS when he/she presented alteration in at least one retest (TEOAE or BAEP-A) in at least one ear. Results: From the 45 children analyzed, 30 (66.7%) were female. The average age of the first UNHS test was 7 days (IQR 2-32 days). The prevalence of failure was 6.7%, including test and retest. The same infants who presented a fail in TEOAE also presented a fail in BAEP- A; among them there was a patient who passed in TEOAE and failed in BAEP-A in one of the ears. The results suggest a sensorineural alteration with or without the Auditory Neuropathy Spectrum Disorder (ANSD) in 6.7% of the sample (3 patients / 3 ears); and 2.2% of the population (1 patient / 1 ear) with the possibility of presenting only ANSD. Regarding the gestational trimester of the infection, the study shows that there is an association between the trimester in which the pregnant woman acquired the disease and the UNHS test result. Conclusion: Data reveals that the infection acquired in the first trimester may be related to the fail in the UNHS tests.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porRecém-nascidoPerda auditivaZika vírusMicrocefaliaAnomalias congênitasZika VirusTriagem NeonatalPerda AuditivaMicrocefaliaAnormalidades CongênitasAnálise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zikainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes FigueiraFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44489/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALadriana_rios_iff_mest_2019.pdfapplication/pdf1898250https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44489/2/adriana_rios_iff_mest_2019.pdfd5afbee9bc9292389a83d54935ffec6aMD52TEXTadriana_rios_iff_mest_2019.pdf.txtadriana_rios_iff_mest_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain120724https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44489/3/adriana_rios_iff_mest_2019.pdf.txtcc0eab8a4ef73e7c07639522b689d90eMD53icict/444892020-11-18 12:59:00.268oai:www.arca.fiocruz.br:icict/44489Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352020-11-18T15:59Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika
title Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika
spellingShingle Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika
Rios, Adriana Salvio
Recém-nascido
Perda auditiva
Zika vírus
Microcefalia
Anomalias congênitas
Zika Virus
Triagem Neonatal
Perda Auditiva
Microcefalia
Anormalidades Congênitas
title_short Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika
title_full Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika
title_fullStr Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika
title_full_unstemmed Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika
title_sort Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika
author Rios, Adriana Salvio
author_facet Rios, Adriana Salvio
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rios, Adriana Salvio
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Zin, Andrea Araujo
Frota, Silvana Maria Monte Coelho
contributor_str_mv Zin, Andrea Araujo
Frota, Silvana Maria Monte Coelho
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Recém-nascido
Perda auditiva
Zika vírus
Microcefalia
Anomalias congênitas
topic Recém-nascido
Perda auditiva
Zika vírus
Microcefalia
Anomalias congênitas
Zika Virus
Triagem Neonatal
Perda Auditiva
Microcefalia
Anormalidades Congênitas
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Zika Virus
Triagem Neonatal
Perda Auditiva
Microcefalia
Anormalidades Congênitas
description O vírus Zika, identificado no Brasil no ano de 2015, infectou um número significativo de pessoas. A sequela mais grave constatada pela doença foi a microcefalia, que chamou a atenção dos meios governamentais e acadêmicos pelo aumento expressivo do número de casos no país. Um elevado número de gestantes infectadas concebeu crianças com microcefalia, o que levou o país a decretar epidemia em 2015 e 2016. Com a epidemia da doença o Ministério da Saúde (MS) elaborou o protocolo de atendimento às crianças, com microcefalia, infectadas pelo vírus Zika, e dentre as orientações, consta a recomendação da avaliação da Triagem Auditiva Neonatal (TAN). Objetivo: analisar as respostas auditivas verificadas pela TAN, normal ou alterada, de crianças expostas ao vírus Zika que não apresentaram Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA); e associar essas respostas auditivas com o trimestre gestacional em que a infecção pelo vírus Zika foi adquirida. Materiais e Método: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal retrospectivo, desenvolvido a partir da coorte prospectiva da infecção pelo vírus Zika do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira / Fundação Oswaldo Cruz (IFF/FIOCRUZ), denominada \201CExposição vertical ao Zika vírus e suas consequências para o neurodesenvolvimento infantil\201D. A população alvo foi constituída de crianças incluídas no estudo da coorte no período de Março de 2016 a Dezembro de 2017, avaliadas pelos exames da TAN: Emissões Otoacústicas Evocadas Transiente (EOAT) e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE-A) Foram incluídas no estudo crianças com ou sem microcefalia, que apresentaram o exame laboratorial RT-PCR positivo para o vírus Zika, e também crianças cujas mães tiveram esse resultado positivo. Foram excluídos lactentes que não tiveram a TAN concluída (EOAT e PEATE-A), os que apresentaram resultados negativos do exame RT- PCR e os lactentes com IRDA. Os testes da triagem auditiva realizados foram as EOAT e o PEATE, ambos no modo automático. O lactente foi considerado reprovado na TAN quando apresentou alteração em pelo menos um reteste (EOAT ou PEATE-A), em ao menos uma orelha. Resultados: Foram analisados os dados de 45 crianças, sendo 30 (66,7%) do sexo feminino. A mediana da idade da realização do primeiro exame da TAN foi de 7 dias (IIQ 2-32dias). A prevalência de falha foi de 6,7%, incluindo teste e reteste, e os mesmos lactentes que apresentaram falha em EOAT falharam também no PEATE-A; dentre esses um paciente passou em EOAT e falhou em PEATE-A em uma das orelhas. Os resultados sugerem alteração sensorioneural com ou sem o Espectro da Neuropatia Auditiva (ENA) em 6,7% da amostra (3 pacientes/ 3 orelhas); e 2,2% da população (1 paciente/1 orelha) com a possibilidade de apresentar somente o ENA. Em relação ao trimestre gestacional da infecção, o estudo demonstra que há associação do trimestre em que a gestante adquiriu a doença com o resultado da TAN. Conclusão: dados revelam que a infecção adquirida no primeiro trimestre pode apresentar relação com a falha nos exames da TAN.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-11-17T20:48:18Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-11-17T20:48:18Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv RIOS, Adriana Salvio. Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika. 2019. 83 f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Criança e da Mulher) - Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44489
identifier_str_mv RIOS, Adriana Salvio. Análise da triagem auditiva de crianças expostas ao vírus Zika. 2019. 83 f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Criança e da Mulher) - Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44489
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44489/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44489/2/adriana_rios_iff_mest_2019.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44489/3/adriana_rios_iff_mest_2019.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
d5afbee9bc9292389a83d54935ffec6a
cc0eab8a4ef73e7c07639522b689d90e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1822791546365280256