Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RAMOS, Danielle Gonçalves Seabra Peixoto
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48707
Resumo: A Síndrome congênita do zika vírus é consequência do dano imposto pela infecção fetal pelo vírus da zika com subsequente prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor, além de deficiências sensoriais. No entanto, apesar da comprovada associação entre a microcefalia relacionada ao zika vírus e a perda auditiva congênita, as relações entre a síndrome congênita do zika e o desenvolvimento da linguagem, bem como a possibilidade do surgimento de perda auditiva de caráter progressivo ou instalação tardia, ainda necessitam de esclarecimentos. O presente estudo, portanto, tem como objetivo principal avaliar o espectro de alterações de audição e linguagem presentes como manifestações da síndrome congênita do zika. Trata-se de estudo de longitudinal no qual foram acompanhados por quatro anos crianças com evidência de exposição fetal ao vírus da zika, independentemente de apresentarem sintomas da síndrome, nascidas entre os anos de 2015 e 2017. As crianças com triagem auditiva neonatal normal no primeiro ano de vida, foram posteriormente acompanhadas com avaliação semestral através de pesquisa do potencial evocado auditivo de tronco encefálico, audiometria de observação comportamental e de exame otorrinolaringológico. Dentre 410 crianças recrutadas para o estudo, 342 com alguma evidência de exposição ao zika vírus durante a vida intrauterina participaram do estudo e 73,2% apresentavam perímetro cefálico normal ao nascimento. O potencial evocado auditivo de tronco encefálico manteve-se invariavelmente presente nas avaliações, mas a despeito dos limiares auditivos preservados, algumas crianças apresentavam resposta comportamental ao som alterada, o que pode ser justificado por alterações neuropsicomotoras como o controle cervical instável, além de tônus axial e postura inadequadas. Portanto, conclui-se que a perda auditiva neurossensorial secundária à exposição fetal ao zika vírus tem apresentação típica ao nascimento, enquanto a instalação tardia ou progressiva parece não fazer parte do espectro atual desta síndrome. Contudo, apesar de limiares auditivos preservados, algumas crianças podem evoluir com resposta comportamental ao som alterada, prejudicando o desenvolvimento de elementos primordiais de linguagem.
id UFPE_faf2d2dd5a3ac9dbd546ac3ebfcc21ea
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/48707
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling RAMOS, Danielle Gonçalves Seabra Peixotohttp://lattes.cnpq.br/6488706158294280http://lattes.cnpq.br/7012186333216890http://lattes.cnpq.br/7763357602664293CALDAS NETO, Sílvio da SilvaMUNIZ, Lilian Ferreira2023-01-20T19:29:19Z2023-01-20T19:29:19Z2022-08-22RAMOS, Danielle Gonçalves Seabra Peixoto. Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina. 2022. Tese (Doutorado em Cirurgia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48707A Síndrome congênita do zika vírus é consequência do dano imposto pela infecção fetal pelo vírus da zika com subsequente prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor, além de deficiências sensoriais. No entanto, apesar da comprovada associação entre a microcefalia relacionada ao zika vírus e a perda auditiva congênita, as relações entre a síndrome congênita do zika e o desenvolvimento da linguagem, bem como a possibilidade do surgimento de perda auditiva de caráter progressivo ou instalação tardia, ainda necessitam de esclarecimentos. O presente estudo, portanto, tem como objetivo principal avaliar o espectro de alterações de audição e linguagem presentes como manifestações da síndrome congênita do zika. Trata-se de estudo de longitudinal no qual foram acompanhados por quatro anos crianças com evidência de exposição fetal ao vírus da zika, independentemente de apresentarem sintomas da síndrome, nascidas entre os anos de 2015 e 2017. As crianças com triagem auditiva neonatal normal no primeiro ano de vida, foram posteriormente acompanhadas com avaliação semestral através de pesquisa do potencial evocado auditivo de tronco encefálico, audiometria de observação comportamental e de exame otorrinolaringológico. Dentre 410 crianças recrutadas para o estudo, 342 com alguma evidência de exposição ao zika vírus durante a vida intrauterina participaram do estudo e 73,2% apresentavam perímetro cefálico normal ao nascimento. O potencial evocado auditivo de tronco encefálico manteve-se invariavelmente presente nas avaliações, mas a despeito dos limiares auditivos preservados, algumas crianças apresentavam resposta comportamental ao som alterada, o que pode ser justificado por alterações neuropsicomotoras como o controle cervical instável, além de tônus axial e postura inadequadas. Portanto, conclui-se que a perda auditiva neurossensorial secundária à exposição fetal ao zika vírus tem apresentação típica ao nascimento, enquanto a instalação tardia ou progressiva parece não fazer parte do espectro atual desta síndrome. Contudo, apesar de limiares auditivos preservados, algumas crianças podem evoluir com resposta comportamental ao som alterada, prejudicando o desenvolvimento de elementos primordiais de linguagem.MERG/Fiocruz-PEThe congenital Zika syndrome (CZS) is a consequence of the damage imposed through fetal infection by the Zika virus (zikV) with subsequent impairment in neuromotor development, in addition to sensory handicaps. However, despite the proven association between zikV-related microcephaly and congenital hearing loss, the relationship between CZS and language development, as well as the possibility of progressive or late onset hearing loss, still need clarification. The goal of this study, therefore, is the characterization of the spectrum of hearing and language changes present as manifestations of CZS. This is a cohort study in which children born between 2015 and 2017, with some evidence of fetal exposure to zikV, regardless the symptoms of the syndrome, were followed up for four years. Children with normal newborn hearing screening (NHS) in the first year of life, were subsequently followed up with a biannual evaluation of cABR, behavioral observation audiometry (BOA) and otological examination. Of 410 children recruited into the study, 342 had some evidence of fetal exposure to Zika virus and 73.2% of these children did not have microcephaly at birth. The cABR was invariably present in the assessments, but despite the preserved auditory thresholds, some children had an altered behavioral response to sound, especially with limited ability to locate the sound source, which can be explained by neuropsychomotor alterations such as the unstable neck control, in addition to inadequate axial tone and posture. We conclude that our study clarifies that congenital SHL resulting from CZS has a typical presentation at birth, while late or progressive onset of hearing loss does not seem to be part of the current spectrum of the syndrome. However, despite preserved auditory thresholds, some children had an altered behavioral response to sound, especially with an inability to completely locate the sound source.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em CirurgiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMicrocefaliaZika vírusInfecção por zika vírusPerda auditivaDesenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Danielle Gonçalves Seabra Peixoto Ramos.pdfTESE Danielle Gonçalves Seabra Peixoto Ramos.pdfapplication/pdf616935https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48707/1/TESE%20Danielle%20Gon%c3%a7alves%20Seabra%20Peixoto%20Ramos.pdf522185166825e099e40964a363ac6981MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48707/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48707/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53TEXTTESE Danielle Gonçalves Seabra Peixoto Ramos.pdf.txtTESE Danielle Gonçalves Seabra Peixoto Ramos.pdf.txtExtracted texttext/plain64117https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48707/4/TESE%20Danielle%20Gon%c3%a7alves%20Seabra%20Peixoto%20Ramos.pdf.txtde24edbe2baca6766c61cac32470a02eMD54THUMBNAILTESE Danielle Gonçalves Seabra Peixoto Ramos.pdf.jpgTESE Danielle Gonçalves Seabra Peixoto Ramos.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1235https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48707/5/TESE%20Danielle%20Gon%c3%a7alves%20Seabra%20Peixoto%20Ramos.pdf.jpg12f92b47c22c648f7b3de6a18f5e53feMD55123456789/487072023-01-21 02:25:12.579oai:repositorio.ufpe.br:123456789/48707VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-01-21T05:25:12Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina
title Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina
spellingShingle Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina
RAMOS, Danielle Gonçalves Seabra Peixoto
Microcefalia
Zika vírus
Infecção por zika vírus
Perda auditiva
title_short Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina
title_full Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina
title_fullStr Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina
title_full_unstemmed Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina
title_sort Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina
author RAMOS, Danielle Gonçalves Seabra Peixoto
author_facet RAMOS, Danielle Gonçalves Seabra Peixoto
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6488706158294280
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7012186333216890
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7763357602664293
dc.contributor.author.fl_str_mv RAMOS, Danielle Gonçalves Seabra Peixoto
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv CALDAS NETO, Sílvio da Silva
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv MUNIZ, Lilian Ferreira
contributor_str_mv CALDAS NETO, Sílvio da Silva
MUNIZ, Lilian Ferreira
dc.subject.por.fl_str_mv Microcefalia
Zika vírus
Infecção por zika vírus
Perda auditiva
topic Microcefalia
Zika vírus
Infecção por zika vírus
Perda auditiva
description A Síndrome congênita do zika vírus é consequência do dano imposto pela infecção fetal pelo vírus da zika com subsequente prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor, além de deficiências sensoriais. No entanto, apesar da comprovada associação entre a microcefalia relacionada ao zika vírus e a perda auditiva congênita, as relações entre a síndrome congênita do zika e o desenvolvimento da linguagem, bem como a possibilidade do surgimento de perda auditiva de caráter progressivo ou instalação tardia, ainda necessitam de esclarecimentos. O presente estudo, portanto, tem como objetivo principal avaliar o espectro de alterações de audição e linguagem presentes como manifestações da síndrome congênita do zika. Trata-se de estudo de longitudinal no qual foram acompanhados por quatro anos crianças com evidência de exposição fetal ao vírus da zika, independentemente de apresentarem sintomas da síndrome, nascidas entre os anos de 2015 e 2017. As crianças com triagem auditiva neonatal normal no primeiro ano de vida, foram posteriormente acompanhadas com avaliação semestral através de pesquisa do potencial evocado auditivo de tronco encefálico, audiometria de observação comportamental e de exame otorrinolaringológico. Dentre 410 crianças recrutadas para o estudo, 342 com alguma evidência de exposição ao zika vírus durante a vida intrauterina participaram do estudo e 73,2% apresentavam perímetro cefálico normal ao nascimento. O potencial evocado auditivo de tronco encefálico manteve-se invariavelmente presente nas avaliações, mas a despeito dos limiares auditivos preservados, algumas crianças apresentavam resposta comportamental ao som alterada, o que pode ser justificado por alterações neuropsicomotoras como o controle cervical instável, além de tônus axial e postura inadequadas. Portanto, conclui-se que a perda auditiva neurossensorial secundária à exposição fetal ao zika vírus tem apresentação típica ao nascimento, enquanto a instalação tardia ou progressiva parece não fazer parte do espectro atual desta síndrome. Contudo, apesar de limiares auditivos preservados, algumas crianças podem evoluir com resposta comportamental ao som alterada, prejudicando o desenvolvimento de elementos primordiais de linguagem.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-08-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-01-20T19:29:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-01-20T19:29:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv RAMOS, Danielle Gonçalves Seabra Peixoto. Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina. 2022. Tese (Doutorado em Cirurgia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48707
identifier_str_mv RAMOS, Danielle Gonçalves Seabra Peixoto. Desenvolvimento da audição e linguagem em crianças expostas ao zika vírus na vida intrauterina. 2022. Tese (Doutorado em Cirurgia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48707
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48707/1/TESE%20Danielle%20Gon%c3%a7alves%20Seabra%20Peixoto%20Ramos.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48707/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48707/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48707/4/TESE%20Danielle%20Gon%c3%a7alves%20Seabra%20Peixoto%20Ramos.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48707/5/TESE%20Danielle%20Gon%c3%a7alves%20Seabra%20Peixoto%20Ramos.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 522185166825e099e40964a363ac6981
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973
de24edbe2baca6766c61cac32470a02e
12f92b47c22c648f7b3de6a18f5e53fe
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310618544340992