Que feira é essa?: a construção da comida como objeto a partir da experiência da Xepa
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47556 |
Resumo: | Há anos, também como pesquisadora, antropóloga (Blanco, 2015), penso em escrever sobre a instituição das feiras populares no Brasil, pois este é um fenômeno que sempre me despertou interesse, curiosidade. No entanto, escrever sobre as feiras, no decorrer de minhas investigações, deixou de estar conectado ao simbolismo da comida, e à sua capacidade de construção de uma identidade ou cultura, e passou a compreender a própria comida como um objeto que constrói e é construído nas relações. Pensando na proposta deste texto em relação ao título deste número, diria então, que o substantivo ‘gosto’ carece de ‘social’, pois ele em si seria uma construção conjunta da socialidade, de forma ampla, o que inclui aspectos biológicos, culturais, psicológicos e naturais. Segundo Hervé This, o gosto é a sensação sintética e global. Ele seria “a combinação das sensações gustativas, olfativas, mecânicas, (…) que uma vez percebido de maneira psicológica, é interpretado pelo cérebro, o qual associa a ele as qualidades advindas das experiências individuais ou sociais, tais como memórias, emoções e aprendizados”. Da mesma forma, a ideia de hábitos alimentares tira de foco o alimento como sendo ele capaz de sintetizar todas as relações, tanto do plano biológico, como cultural e social em um só objeto. Proponho assim, pensar o objeto comida como um todo, sendo a feira popular um locus privilegiado de construção do conhecimento. Para tanto, irei compartilhar uma cena etnográfica sobre a instituição da xepa, concluindo então como a feira pode ser um lugar interessante para pensar a comida e o comestível. A referida cena foi vivenciada em uma feira popular no bairro do Madalena em São Paulo, no qual realizei pesquisa de campo durante o ano de 2013 e tem como objetivo iniciar uma reflexão sobre a construção do comestível e da própria definição do que chamamos de ‘comida’. Nesta vivência de um ano de campo pude aprender muito sobre antropologia e sobra a vida em zonas de precariedade e compartilho aqui com vocês um pouco do que eu aprendi na feira do Madalena. |
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Pensando na proposta deste texto em relação ao título deste número, diria então, que o substantivo ‘gosto’ carece de ‘social’, pois ele em si seria uma construção conjunta da socialidade, de forma ampla, o que inclui aspectos biológicos, culturais, psicológicos e naturais. Segundo Hervé This, o gosto é a sensação sintética e global. Ele seria “a combinação das sensações gustativas, olfativas, mecânicas, (…) que uma vez percebido de maneira psicológica, é interpretado pelo cérebro, o qual associa a ele as qualidades advindas das experiências individuais ou sociais, tais como memórias, emoções e aprendizados”. Da mesma forma, a ideia de hábitos alimentares tira de foco o alimento como sendo ele capaz de sintetizar todas as relações, tanto do plano biológico, como cultural e social em um só objeto. Proponho assim, pensar o objeto comida como um todo, sendo a feira popular um locus privilegiado de construção do conhecimento. Para tanto, irei compartilhar uma cena etnográfica sobre a instituição da xepa, concluindo então como a feira pode ser um lugar interessante para pensar a comida e o comestível. A referida cena foi vivenciada em uma feira popular no bairro do Madalena em São Paulo, no qual realizei pesquisa de campo durante o ano de 2013 e tem como objetivo iniciar uma reflexão sobre a construção do comestível e da própria definição do que chamamos de ‘comida’. Nesta vivência de um ano de campo pude aprender muito sobre antropologia e sobra a vida em zonas de precariedade e compartilho aqui com vocês um pouco do que eu aprendi na feira do Madalena.Sem afiliação.Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Observatório Brasileiro de Hábitos Alimentares. Brasília, DF, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Observatório Brasileiro de Hábitos Alimentares. Brasília, DF, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Observatório Brasileiro de Hábitos Alimentares. Brasília, DF, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Observatório Brasileiro de Hábitos Alimentares. 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