Solarização do solo com filmes plásticos com e sem aditivo estabilizador de luz ultravioleta.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BARROS, B. C.
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: PATRICIO, F. R. A., LOPES, M. E. B. M., FREITAS, S. S., SINIGAGLIA, C., MALAVOLTA, V. M. A., TESSARIOLI NETO, J., GHINI, R.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/15496
Resumo: Visando auxiliar na escolha de filmes plásticos adequados para a solarização, dois experimentos foram instalados em Mogi das Cruzes e Piracicaba (SP), em janeiro e fevereiro de 2000. Três tipos de filmes plásticos transparentes de polietileno de baixa densidade (PEBD), com 100 mm de espessura, produzidos pela empresa Nortène Plásticos Ltda., foram testados: a) FES, filme estufa super tricarpa super aditivado, com aditivo estabilizador de luz ultravioleta (baseado em aminas estericamente impedidas); b) FSOL, filme para solarização produzido com metade da quantidade do mesmo aditivo e c) LT, lona plástica transparente, sem aditivo, além de uma testemunha sem cobertura plástica, em delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Após a retirada dos plásticos foi conduzida uma safra de alface em ambos os locais. Foi realizada análise química dos solos e das plantas colhidas, além de avaliada a infestação por plantas daninhas e a massa fresca das plantas colhidas. Em Piracicaba também foram realizadas análises microbiológicas dos solos e determinada a viabilidade de Pythium aphanidermattum. Em Mogi das Cruzes foi avaliada a incidência de podridão de esclerotínia, causada por Sclerotinia minor. As temperaturas médias registradas, a 10 cm de profundidade, nos solos sob os diferentes filmes plásticos foram semelhantes, de 44-41oC nos solos solarizados e de 33,9-30,2oC nos solos não solarizados de Piracicaba e Mogi das Cruzes, respectivamente. Detectou-se aumento na massa fresca das plantas colhidas nas parcelas solarizadas, de 49% em Piracicaba e 24% em Mogi das Cruzes, independente do plástico testado. Nos dois locais também houve drástica redução na infestação por plantas daninhas nas áreas solarizadas. Nas análises microbianas não foram verificadas alterações na liberação de CO2, no carbono da biomassa microbiana, no quociente metabólico e no número total de bactérias. O número de fungos foi menor nos tratamentos com plástico contendo aditivo. A viabilidade de P. aphanidermatum foi reduzida em todos os tratamentos solarizados, independente do plástico utilizado. Houve aumento no pH, na saturação por bases (V%) e nos teores de NH4+ (190%), Mn (94,6%) e Mg2+ (18%), dos solos solarizados. Também as plantas de alface colhidas nessas parcelas apresentaram maiores teores de Zn (43%), Mg2+ (12%) e K+ (4%). Em Mogi das Cruzes foram observados aumentos nos teores de Mn (236%) e Cu (18%) nos solos solarizados e nas plantas colhidas nesses tratamentos (aumento de 99% para Mn e de 27% para Cu). A incidência da podridão de esclerotínia foi reduzida de 27,7% na testemunha para índices inferiores a 1% nas parcelas solarizadas com os diferentes filmes plásticos. O plástico sem aditivo estabilizador de luz ultravioleta partiu-se durante ambos os experimentos, após 60 e 90 dias de exposição ao ambiente, sendo considerado inadequado para a solarização, mas não houve diferença entre os plásticos para nenhum atributo avaliado.
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Doenças de plantas
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Fitopatógenos
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