Nanoencapsulação de vitamina C extraída de resíduo agroindustrial para preparação de filmes comestíveis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1091023 |
Resumo: | A atividade agroindustrial gera resíduos que ocasionam impactos ambientais, tendo, contudo, potencial de reaproveitamento para a obtenção de compostos bioativos, como o resíduo proveniente da fabricação de polpa de acerola (Malpighia emarginata D.C.) que é rico em vitamina C. Assim, objetivando aproveitar esta vitamina, este trabalho propôs sua extração via gelificação iônica (nanoencapsulação) com quitosana e tripolifosfato de sódio. As suspensões de nanopartículas (NP) foram caracterizadas e avaliadas suas estabilidades em diferentes condições de estocagem (incidência de luz, temperatura e atmosfera oxidante). Adicionalmente, filmes nanocompósitos (NC) obtidos a partir destas NP e matriz filmogênica de galactomanana foram preparados, caracterizados e avaliada sua estabilidade. Os resultados por Espalhamento de Luz Dinâmico e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) indicaram morfologia homogênea, forma esférica e tamanho de -220 nm. Quanto à estabilidade da vitamina C nas suspensões de NP, a análise por espectrofotometria no UV-visível mostrou uma taxa de degradação bem menor para a condição encapsulada, resultando em mais de 30% de preservação em comparação com os sistemas não-encapsulados ao final do 15° dia de estocagem. Esta degradação pôde ser satisfatoriamente representada pelo modelo cinético de primeira ordem, em que os tempos de meia-vida dos sistemas encapsulados foram duas vezes maiores (-20 dias) que os controles não-encapsulados (-10 dias). O valor da Energia de Ativação para o processo de degradação sob temperatura ficou em torno 20,1 kcal/mol, sendo esta a condição que mais alterou as propriedades das nanopartículas, resultando em um aumento de tamanho para 405 nm. Em concordância, os filmes NC também resultaram em preservação da vitamina C principalmente para o teste em temperatura elevada, o qual manteve cerca de 80% da concentração inicial. enquanto que na condição não-encapsulada este valor caiu para 45%. A análise morfológica desses filmes por MEV indicou boa distribuição das nanopartículas na matriz de galactomanana. No entanto, não foi possível constatar diferença significativa no perfil de liberação da vitamina C encapsulada em comparação à não-encapsulada a partir dos filmes. Desta forma, os resultados indicam a viabilidade do uso do método de encapsulamento para estabilização da vitamina C extraída do resíduo agroindustrial de acerola. O método proposto apresenta, portanto, potencialidade de aplicação em filmes comestíveis para revestimento de frutas e preparação de embalagens ativas com propriedades nutracêuticas. |
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A atividade agroindustrial gera resíduos que ocasionam impactos ambientais, tendo, contudo, potencial de reaproveitamento para a obtenção de compostos bioativos, como o resíduo proveniente da fabricação de polpa de acerola (Malpighia emarginata D.C.) que é rico em vitamina C. Assim, objetivando aproveitar esta vitamina, este trabalho propôs sua extração via gelificação iônica (nanoencapsulação) com quitosana e tripolifosfato de sódio. As suspensões de nanopartículas (NP) foram caracterizadas e avaliadas suas estabilidades em diferentes condições de estocagem (incidência de luz, temperatura e atmosfera oxidante). Adicionalmente, filmes nanocompósitos (NC) obtidos a partir destas NP e matriz filmogênica de galactomanana foram preparados, caracterizados e avaliada sua estabilidade. Os resultados por Espalhamento de Luz Dinâmico e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) indicaram morfologia homogênea, forma esférica e tamanho de -220 nm. Quanto à estabilidade da vitamina C nas suspensões de NP, a análise por espectrofotometria no UV-visível mostrou uma taxa de degradação bem menor para a condição encapsulada, resultando em mais de 30% de preservação em comparação com os sistemas não-encapsulados ao final do 15° dia de estocagem. Esta degradação pôde ser satisfatoriamente representada pelo modelo cinético de primeira ordem, em que os tempos de meia-vida dos sistemas encapsulados foram duas vezes maiores (-20 dias) que os controles não-encapsulados (-10 dias). O valor da Energia de Ativação para o processo de degradação sob temperatura ficou em torno 20,1 kcal/mol, sendo esta a condição que mais alterou as propriedades das nanopartículas, resultando em um aumento de tamanho para 405 nm. Em concordância, os filmes NC também resultaram em preservação da vitamina C principalmente para o teste em temperatura elevada, o qual manteve cerca de 80% da concentração inicial. enquanto que na condição não-encapsulada este valor caiu para 45%. A análise morfológica desses filmes por MEV indicou boa distribuição das nanopartículas na matriz de galactomanana. No entanto, não foi possível constatar diferença significativa no perfil de liberação da vitamina C encapsulada em comparação à não-encapsulada a partir dos filmes. Desta forma, os resultados indicam a viabilidade do uso do método de encapsulamento para estabilização da vitamina C extraída do resíduo agroindustrial de acerola. O método proposto apresenta, portanto, potencialidade de aplicação em filmes comestíveis para revestimento de frutas e preparação de embalagens ativas com propriedades nutracêuticas. |
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