A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online) |
Texto Completo: | https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/21 |
Resumo: | A sociologia funcionalista das profissões distingue dois tipos muito diferentes de atividades de trabalho: as profissões e as ocupações (ambas no sentido que os ingleses lhes dão). Como apenas as primeiras (a dos médicos, advogados, engenheiros, professores...) são consideradas escolhas e áreas autônomas que permitem a construção de uma carreira, as segundas (que constituem a maioria) acabam sendo desvalorizadas. Os sociólogos interacionistas (como os de Chicago: Hughes, Becker, Strauss etc.) e críticos (marxianos, weberianos etc.) contestam essa posição e consideram que todas as atividades de trabalho poderiam se tornar “profissionais” (no sentido francês), desde que resultassem de uma socialização que permitisse a aquisição de competências e o reconhecimento (inclusive monetário) de todos os que exercem e compartilham uma mesma atividade. A comparação da socialização de clínicos gerais e de auxiliares de enfermagem na França ilustra esta tese, ao tomar o trabalho como um processo de construção e de reconhecimento de si. |
id |
FCC-1_c699eea3486d79d410b35a3496f729da |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.publicacoes.fcc.org.br:article/21 |
network_acronym_str |
FCC-1 |
network_name_str |
Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissionalTrabalhoCompetência ProfissionalSocializaçãoA sociologia funcionalista das profissões distingue dois tipos muito diferentes de atividades de trabalho: as profissões e as ocupações (ambas no sentido que os ingleses lhes dão). Como apenas as primeiras (a dos médicos, advogados, engenheiros, professores...) são consideradas escolhas e áreas autônomas que permitem a construção de uma carreira, as segundas (que constituem a maioria) acabam sendo desvalorizadas. Os sociólogos interacionistas (como os de Chicago: Hughes, Becker, Strauss etc.) e críticos (marxianos, weberianos etc.) contestam essa posição e consideram que todas as atividades de trabalho poderiam se tornar “profissionais” (no sentido francês), desde que resultassem de uma socialização que permitisse a aquisição de competências e o reconhecimento (inclusive monetário) de todos os que exercem e compartilham uma mesma atividade. A comparação da socialização de clínicos gerais e de auxiliares de enfermagem na França ilustra esta tese, ao tomar o trabalho como um processo de construção e de reconhecimento de si.Fundação Carlos Chagas2012-08-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/21Cadernos de Pesquisa; Vol. 42 No. 146 (2012); 351-367Cadernos de Pesquisa; Vol. 42 Núm. 146 (2012); 351-367Cadernos de Pesquisa; Vol. 42 No. 146 (2012); 351-367Cadernos de Pesquisa; v. 42 n. 146 (2012); 351-3671980-53140100-1574reponame:Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online)instname:Fundação Carlos Chagas (FCC)instacron:FCCporhttps://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/21/42Copyright (c) 2013 Cadernos de Pesquisahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessDubar, Claude2023-11-09T15:09:02Zoai:ojs.publicacoes.fcc.org.br:article/21Revistahttp://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/indexhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadpesq@fcc.org.br||cadpesq@fcc.org.br1980-53140100-1574opendoar:2023-11-09T15:09:02Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online) - Fundação Carlos Chagas (FCC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional |
title |
A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional |
spellingShingle |
A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional Dubar, Claude Trabalho Competência Profissional Socialização |
title_short |
A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional |
title_full |
A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional |
title_fullStr |
A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional |
title_full_unstemmed |
A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional |
title_sort |
A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional |
author |
Dubar, Claude |
author_facet |
Dubar, Claude |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dubar, Claude |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Trabalho Competência Profissional Socialização |
topic |
Trabalho Competência Profissional Socialização |
description |
A sociologia funcionalista das profissões distingue dois tipos muito diferentes de atividades de trabalho: as profissões e as ocupações (ambas no sentido que os ingleses lhes dão). Como apenas as primeiras (a dos médicos, advogados, engenheiros, professores...) são consideradas escolhas e áreas autônomas que permitem a construção de uma carreira, as segundas (que constituem a maioria) acabam sendo desvalorizadas. Os sociólogos interacionistas (como os de Chicago: Hughes, Becker, Strauss etc.) e críticos (marxianos, weberianos etc.) contestam essa posição e consideram que todas as atividades de trabalho poderiam se tornar “profissionais” (no sentido francês), desde que resultassem de uma socialização que permitisse a aquisição de competências e o reconhecimento (inclusive monetário) de todos os que exercem e compartilham uma mesma atividade. A comparação da socialização de clínicos gerais e de auxiliares de enfermagem na França ilustra esta tese, ao tomar o trabalho como um processo de construção e de reconhecimento de si. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-08-31 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/21 |
url |
https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/21 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/21/42 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2013 Cadernos de Pesquisa https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2013 Cadernos de Pesquisa https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Carlos Chagas |
publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Carlos Chagas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Cadernos de Pesquisa; Vol. 42 No. 146 (2012); 351-367 Cadernos de Pesquisa; Vol. 42 Núm. 146 (2012); 351-367 Cadernos de Pesquisa; Vol. 42 No. 146 (2012); 351-367 Cadernos de Pesquisa; v. 42 n. 146 (2012); 351-367 1980-5314 0100-1574 reponame:Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online) instname:Fundação Carlos Chagas (FCC) instacron:FCC |
instname_str |
Fundação Carlos Chagas (FCC) |
instacron_str |
FCC |
institution |
FCC |
reponame_str |
Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online) |
collection |
Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online) - Fundação Carlos Chagas (FCC) |
repository.mail.fl_str_mv |
cadpesq@fcc.org.br||cadpesq@fcc.org.br |
_version_ |
1795330308007002112 |