Contradições na avaliação de desempenho dos servidores técnico-administrativos em educação na universidade pública

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto,Juliana de Fátima
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Behr,Ricardo Roberto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos EBAPE.BR
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512015000400009
Resumo: Resumo:O objetivo deste estudo foi compreender, a partir do entendimento dos servidores técnico-administrativos em educação e das chefias imediatas, como ocorre a avaliação de desempenho na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). A análise afastou-se da teoria hegemônica, permitindo uma reflexão crítica sobre como as técnicas de gestão vem sendo implementadas na administração pública. Este artigo pode ser caracterizado como uma pesquisa de abordagem qualitativa, sendo o objeto de estudo relacionado ao campo de conhecimento da administração pública. Os dados empíricos foram produzidos por meio de entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistados 28 técnico-administrativos em educação e 11 chefias imediatas, selecionados conforme o critério da bola de neve. Utilizou-se a análise de conteúdo para o tratamento das entrevistas. Os técnico-administrativos em educação destacaram a insatisfação com a avaliação de desempenho, a importância da avaliação, o receio em avaliar a chefia imediata, a subjetividade existente na avaliação e o uso da avaliação como sistema de progressão. Para as chefias imediatas, a avaliação de desempenho é uma condição para melhoria no serviço público, existe uma dificuldade ao avaliar, há necessidade de mudanças na avaliação e, assim como os técnico-administrativos em educação, elas visualizam a avaliação como um sistema de progressão. Há insatisfação quanto à maneira como a avaliação é utilizada na universidade. Pode-se concluir que a avaliação de desempenho é um modelo importado de forma acrítica da iniciativa privada e que não resulta em melhorias efetivas no serviço público, levando ao aumento da individualidade em detrimento da coletividade.
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