A saúde nas eleições municipais de 2004 a 2012: os fatores associados ao financiamento eleitoral do setor de saúde no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/31421 |
Resumo: | O dinheiro importa na política, pois está positivamente associado à probabilidade de vitória e é um recurso desigualmente distribuído aos candidatos. Uma ampla literatura sobre o financiamento eleitoral empresarial tem sido desenvolvida no Brasil nos últimos anos. Esta dissertação contribui para essa literatura ao buscar responder, a partir da perspectiva das empresas doadoras, as seguintes questões: (a) Que fatores influenciam as empresas do setor de saúde a doarem mais nas eleições municipais brasileiras? (b) Quais são as principais empresas doadoras, e quem são os candidatos beneficiados por doações pelo setor? Para tanto, foram elaborados modelos de regressões multivariados com base em um banco de dados inédito que integra informações sobre as empresas do setor de saúde com a receitas de campanhas e resultados eleitorais entre o período de 2004 a 2012. Mais além, o estudo se utiliza de diversos estudos de casos para explorar em profundidade os fatores de natureza empresarial, política e demográfica sobre o financiamento eleitoral empresarial aos partidos e candidatos em diferentes municípios. A análise empírica testou onze hipóteses sobre a importância das seguintes variáveis: porte e tipo da empresa, localização da sede, experiência como doador, ideologia partidária, incumbência, pertencimento à base governista federal, ao partido do prefeito e governador em exercício, tamanho da população do município e gastos públicos com saúde e saneamento básico. Os achados sugerem que a alocação dos recursos monetários pelas empresas do setor de saúde para campanhas eleitorais ocorre de forma concentrada e desigual: apesar do setor de saúde ser composto por mais de 100 mil empresas, menos de 2 mil doaram nas eleições municipais e vinte são responsáveis por 40% do total disponibilizado pelo setor. Dentre as principais empresas doadoras, a estratégia de doação é influenciada por diferentes motivações, tais como: (i) o financiamento da candidatura de sócios e familiares; (ii) o interesse por disputas em locais estratégicos dos negócios da empresa; e (iii) a busca por conexões políticas com lideranças regionais e nacionais. Especificamente, os resultados indicam que o tamanho dos municípios, a localização da sede, centro de distribuição e produção da empresa, e a experiência prévia de doação influenciam a probabilidade e valor doado pelas empresas do setor de saúde. Já do lado dos candidatos, incumbentes tem maior probabilidade de serem financiados pelo setor de saúde, mas a orientação do partido também importa. Os resultados sugerem que os principais candidatos beneficiados tendem a serem classificados conforme os perfis: (i) sócio de empresa, bem relacionado com parceiros comerciais ou empresários da região em disputa; (ii) político profissional com longeva carreira na política e elevada probabilidade de vitória em disputas das capitais e grandes municípios; (iii) candidato com destaque regional ou apadrinhado por políticos com relevância regional e nacional; (iv) candidato incumbente com possível envolvimento em processos de fraude licitatória e superfaturamento de contratos. |
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Terada, Henrique YuzoEscolas::EAESPAvelino Filho, GeorgeFisch, Arthur Thury VieiraFonseca, Elize Massard daRusso, Guilherme Azzi2021-12-16T19:43:01Z2021-12-16T19:43:01Z2021-08-26https://hdl.handle.net/10438/31421O dinheiro importa na política, pois está positivamente associado à probabilidade de vitória e é um recurso desigualmente distribuído aos candidatos. Uma ampla literatura sobre o financiamento eleitoral empresarial tem sido desenvolvida no Brasil nos últimos anos. Esta dissertação contribui para essa literatura ao buscar responder, a partir da perspectiva das empresas doadoras, as seguintes questões: (a) Que fatores influenciam as empresas do setor de saúde a doarem mais nas eleições municipais brasileiras? (b) Quais são as principais empresas doadoras, e quem são os candidatos beneficiados por doações pelo setor? Para tanto, foram elaborados modelos de regressões multivariados com base em um banco de dados inédito que integra informações sobre as empresas do setor de saúde com a receitas de campanhas e resultados eleitorais entre o período de 2004 a 2012. Mais além, o estudo se utiliza de diversos estudos de casos para explorar em profundidade os fatores de natureza empresarial, política e demográfica sobre o financiamento eleitoral empresarial aos partidos e candidatos em diferentes municípios. A análise empírica testou onze hipóteses sobre a importância das seguintes variáveis: porte e tipo da empresa, localização da sede, experiência como doador, ideologia partidária, incumbência, pertencimento à base governista federal, ao partido do prefeito e governador em exercício, tamanho da população do município e gastos públicos com saúde e saneamento básico. Os achados sugerem que a alocação dos recursos monetários pelas empresas do setor de saúde para campanhas eleitorais ocorre de forma concentrada e desigual: apesar do setor de saúde ser composto por mais de 100 mil empresas, menos de 2 mil doaram nas eleições municipais e vinte são responsáveis por 40% do total disponibilizado pelo setor. Dentre as principais empresas doadoras, a estratégia de doação é influenciada por diferentes motivações, tais como: (i) o financiamento da candidatura de sócios e familiares; (ii) o interesse por disputas em locais estratégicos dos negócios da empresa; e (iii) a busca por conexões políticas com lideranças regionais e nacionais. Especificamente, os resultados indicam que o tamanho dos municípios, a localização da sede, centro de distribuição e produção da empresa, e a experiência prévia de doação influenciam a probabilidade e valor doado pelas empresas do setor de saúde. Já do lado dos candidatos, incumbentes tem maior probabilidade de serem financiados pelo setor de saúde, mas a orientação do partido também importa. Os resultados sugerem que os principais candidatos beneficiados tendem a serem classificados conforme os perfis: (i) sócio de empresa, bem relacionado com parceiros comerciais ou empresários da região em disputa; (ii) político profissional com longeva carreira na política e elevada probabilidade de vitória em disputas das capitais e grandes municípios; (iii) candidato com destaque regional ou apadrinhado por políticos com relevância regional e nacional; (iv) candidato incumbente com possível envolvimento em processos de fraude licitatória e superfaturamento de contratos.Money matters in politics. It is positively associated with the probability of winning and is an unevenly distributed resource to candidates. An extensive literature on corporate campaign funding has been developed in Brazil in recent years. This thesis contributes to this literature by seeking to answer, from the perspective of donors, the following questions (a) What factors influence companies of the health care sector to donate to political campaigns in Brazilian municipal elections? (b) What are the main donors, and who are the candidates who benefiting from donations by the health care sector? To this end, I conduct multivariate regression models based on an original database that integrates information on companies from the health care sector with data on campaign funding and electoral results between 2004 and 2012. Moreover, the study makes use of several case studies to analyze the level of influence of business, political and demographic factors on corporate electoral financing for parties and candidates across different municipalities. The empirical analysis tests eleven hypotheses about the importance of the following variables: size and type of health-sector company, location of headquarters, previous experience as electoral donor, party ideology, incumbency, alignment with the party of the president, governor and mayor, population size, and municipal-level health and sanitation public spending. Results indicate that the allocation of monetary resources by companies of the health sector to electoral campaigns is highly concentrated and uneven: there are more than 100,000 health sector companies in Brazil, but less than 2,000 contribute to municipal elections and 20 were responsible for 40% of the total amount donated by the sector. Among the main donor companies, the donation strategy seems to be influenced by different motivations, such as: (i) financing the candidacy of business partners and family members; (ii) interest in disputes at strategic locations for the company's business; and (iii) the search for political connections with regional and national leaders. Specifically, the results indicate that the size of municipalities, the location of the company's headquarters, distribution and production center, and previous experience with donations influence the probability and amount donated by companies from the health care sector. On the candidate side, incumbents are more likely to receive funds, but party orientation also matters. The results suggest that the main beneficiary candidates tend to be characterized by four main profiles: (i) partner of a company, well connected with commercial partners or businessmen in the disputed region; (ii) professional politician with a long career in politics and a high probability of winning in capitals and large municipalities; (iii) candidate with regional prominence or sponsored by politicians with regional and national relevance; (iv) incumbent candidate with possible involvement in bidding fraud and overbilling hiring processes.porElectoral financingCorporate donationHealth sectorMunicipal electionFinanciamento eleitoralDoação empresarialSetor de saúdeEleição municipalAdministração públicaFundos para campanha eleitoralCampanha eleitoral - BrasilDoaçõesEleições locaisEmpresasA saúde nas eleições municipais de 2004 a 2012: os fatores associados ao financiamento eleitoral do setor de saúde no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALFGV_CMAPG_DissertacaoMestrado_HenriqueTerada_vf.pdfFGV_CMAPG_DissertacaoMestrado_HenriqueTerada_vf.pdfPDFapplication/pdf2920392https://repositorio.fgv.br/bitstreams/c1ec585d-6003-475c-812e-0e6c7e9194de/download88d2c385ba7980054b32354a094a55ecMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/a13004f6-383b-4b15-b219-2be2c88282c1/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52TEXTFGV_CMAPG_DissertacaoMestrado_HenriqueTerada_vf.pdf.txtFGV_CMAPG_DissertacaoMestrado_HenriqueTerada_vf.pdf.txtExtracted 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Fundos para campanha eleitoral Campanha eleitoral - Brasil Doações Eleições locais Empresas |
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O dinheiro importa na política, pois está positivamente associado à probabilidade de vitória e é um recurso desigualmente distribuído aos candidatos. Uma ampla literatura sobre o financiamento eleitoral empresarial tem sido desenvolvida no Brasil nos últimos anos. Esta dissertação contribui para essa literatura ao buscar responder, a partir da perspectiva das empresas doadoras, as seguintes questões: (a) Que fatores influenciam as empresas do setor de saúde a doarem mais nas eleições municipais brasileiras? (b) Quais são as principais empresas doadoras, e quem são os candidatos beneficiados por doações pelo setor? Para tanto, foram elaborados modelos de regressões multivariados com base em um banco de dados inédito que integra informações sobre as empresas do setor de saúde com a receitas de campanhas e resultados eleitorais entre o período de 2004 a 2012. Mais além, o estudo se utiliza de diversos estudos de casos para explorar em profundidade os fatores de natureza empresarial, política e demográfica sobre o financiamento eleitoral empresarial aos partidos e candidatos em diferentes municípios. A análise empírica testou onze hipóteses sobre a importância das seguintes variáveis: porte e tipo da empresa, localização da sede, experiência como doador, ideologia partidária, incumbência, pertencimento à base governista federal, ao partido do prefeito e governador em exercício, tamanho da população do município e gastos públicos com saúde e saneamento básico. Os achados sugerem que a alocação dos recursos monetários pelas empresas do setor de saúde para campanhas eleitorais ocorre de forma concentrada e desigual: apesar do setor de saúde ser composto por mais de 100 mil empresas, menos de 2 mil doaram nas eleições municipais e vinte são responsáveis por 40% do total disponibilizado pelo setor. Dentre as principais empresas doadoras, a estratégia de doação é influenciada por diferentes motivações, tais como: (i) o financiamento da candidatura de sócios e familiares; (ii) o interesse por disputas em locais estratégicos dos negócios da empresa; e (iii) a busca por conexões políticas com lideranças regionais e nacionais. Especificamente, os resultados indicam que o tamanho dos municípios, a localização da sede, centro de distribuição e produção da empresa, e a experiência prévia de doação influenciam a probabilidade e valor doado pelas empresas do setor de saúde. Já do lado dos candidatos, incumbentes tem maior probabilidade de serem financiados pelo setor de saúde, mas a orientação do partido também importa. Os resultados sugerem que os principais candidatos beneficiados tendem a serem classificados conforme os perfis: (i) sócio de empresa, bem relacionado com parceiros comerciais ou empresários da região em disputa; (ii) político profissional com longeva carreira na política e elevada probabilidade de vitória em disputas das capitais e grandes municípios; (iii) candidato com destaque regional ou apadrinhado por políticos com relevância regional e nacional; (iv) candidato incumbente com possível envolvimento em processos de fraude licitatória e superfaturamento de contratos. |
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2021 |
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