Violência escolar e a militarização das escolas públicas: um estudo sobre o caso de Goiás

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ranna, Caio de Carvalho
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/30434
Resumo: Objetivo: o objetivo principal deste estudo consiste em verificar, comparativamente, se há diferença em relação ao nível de violência dentro do ambiente escolar, entre as escolas públicas não-militarizadas e as militarizadas do estado de Goiás. Metodologia: a metodologia do estudo é de natureza quali-quanti. Na primeira parte, foram realizadas entrevistas com professores e diretores de algumas escolas não-militarizadas e militarizadas. Na segunda parte, foram coletados dados quantitativos dos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), de 2017, a partir das respostas de professores e diretores em seus respectivos questionários, sobre algumas perguntas que tivessem relação com a violência escolar. Resultados: os resultados do SAEB indicam que os alunos das escolas estaduais militarizadas de Goiás cometem menos atos de violência (no sentido amplo do conceito, incluindo atos de indisciplina e “incivilidade”) do que os alunos das escolas não-militarizadas em relação aos seguintes aspectos: agressão verbal contra professores funcionários e alunos, roubos, índice de faltas, consumo de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, além terem melhor autoestima e maior assistência e acompanhamento por parte dos pais . Em compensação, os professores das escolas não-militarizadas perdem menos tempo em sala de aula procurando manter a ordem e a disciplina dos alunos. Os resultados das entrevistas da pesquisa quali se contrapõem a neste último ponto ao resultado do SAEB. Limitações: a pesquisa é limitada em relação aos dados qualitativos, pois não foi possível entrevistar uma ampla quantidade de professores e diretores, devido aos problemas oriundos da pandemia e da indisponibilidade das pessoas em querer participar da pesquisa, cujo tema é considerado delicado. Além disso, a pesquisa está restrita ao estado de Goiás, não sendo possível, portanto, fazer uma generalização dos resultados obtidos para todos os outros estados que adotam a política de militarização das escolas. Contribuições práticas: os resultados podem contribuir de forma prática para que os gestores e formuladores de políticas públicas em educação consigam dimensionar melhor a influência do processo de militarização das escolas públicas como alternativa para reduzir os problemas de violência nas escolas, antecipando os possíveis resultados que a implementação dessas escolas possa vir a trazer. Contribuições sociais: o estudo pode contribuir para uma melhor compreensão por parte da sociedade sobre o funcionamento, a estrutura e a organização do modelo militarizado de escola pública e os seus efeitos sobre a redução da violência escolar. Originalidade: o trabalho avança em um campo pouco explorado de investigação na área dos estudos sobre educação no Brasil ao tratar da relação entre as escolas públicas não militarizadas e as militarizadas no que concerne ao problema da violência escolar, buscando fazer tanto uma análise quantitativa dos dados disponibilizados pelo governo assim como uma análise qualitativa, dando voz a professores e diretores.
id FGV_51386238978ef9f25b5b8f732b562991
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/30434
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str 3974
spelling Ranna, Caio de CarvalhoEscolas::EBAPEFernandes, José HenriqueJunior, Luiz Carlos RamiroBeltrão, Kaizô I.2021-05-03T17:11:55Z2021-05-03T17:11:55Z2021-02-03https://hdl.handle.net/10438/30434Objetivo: o objetivo principal deste estudo consiste em verificar, comparativamente, se há diferença em relação ao nível de violência dentro do ambiente escolar, entre as escolas públicas não-militarizadas e as militarizadas do estado de Goiás. Metodologia: a metodologia do estudo é de natureza quali-quanti. Na primeira parte, foram realizadas entrevistas com professores e diretores de algumas escolas não-militarizadas e militarizadas. Na segunda parte, foram coletados dados quantitativos dos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), de 2017, a partir das respostas de professores e diretores em seus respectivos questionários, sobre algumas perguntas que tivessem relação com a violência escolar. Resultados: os resultados do SAEB indicam que os alunos das escolas estaduais militarizadas de Goiás cometem menos atos de violência (no sentido amplo do conceito, incluindo atos de indisciplina e “incivilidade”) do que os alunos das escolas não-militarizadas em relação aos seguintes aspectos: agressão verbal contra professores funcionários e alunos, roubos, índice de faltas, consumo de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, além terem melhor autoestima e maior assistência e acompanhamento por parte dos pais . Em compensação, os professores das escolas não-militarizadas perdem menos tempo em sala de aula procurando manter a ordem e a disciplina dos alunos. Os resultados das entrevistas da pesquisa quali se contrapõem a neste último ponto ao resultado do SAEB. Limitações: a pesquisa é limitada em relação aos dados qualitativos, pois não foi possível entrevistar uma ampla quantidade de professores e diretores, devido aos problemas oriundos da pandemia e da indisponibilidade das pessoas em querer participar da pesquisa, cujo tema é considerado delicado. Além disso, a pesquisa está restrita ao estado de Goiás, não sendo possível, portanto, fazer uma generalização dos resultados obtidos para todos os outros estados que adotam a política de militarização das escolas. Contribuições práticas: os resultados podem contribuir de forma prática para que os gestores e formuladores de políticas públicas em educação consigam dimensionar melhor a influência do processo de militarização das escolas públicas como alternativa para reduzir os problemas de violência nas escolas, antecipando os possíveis resultados que a implementação dessas escolas possa vir a trazer. Contribuições sociais: o estudo pode contribuir para uma melhor compreensão por parte da sociedade sobre o funcionamento, a estrutura e a organização do modelo militarizado de escola pública e os seus efeitos sobre a redução da violência escolar. Originalidade: o trabalho avança em um campo pouco explorado de investigação na área dos estudos sobre educação no Brasil ao tratar da relação entre as escolas públicas não militarizadas e as militarizadas no que concerne ao problema da violência escolar, buscando fazer tanto uma análise quantitativa dos dados disponibilizados pelo governo assim como uma análise qualitativa, dando voz a professores e diretores.Purpose: the main objective of this study is to verify, comparatively, if there is a difference in relation to the level of violence within the school environment, between non-militarized public and militarized schools in the state of Goiás. Methodology: the study methodology is of a quali-quanti nature. In the first part, interviews were conducted with teachers and principals from some non-militarized and militarized schools. In the second part, quantitative data were collected from the Basic Education Assessment System (SAEB), from the responses of teachers and principals in their respective questionnaires, on some questions that were related to the aspect of school violence. Findings: SAEB results indicate that students from militarized schools in Goiás commit less acts of violence (in the broad sense of the concept, including acts of indiscipline and “incivility”) than students from non-militarized schools in relation to the following aspects: verbal aggression against staff and students, theft, absenteeism, consumption of alcoholic beverages and illicit drugs, in addition to better self-esteem and greater assistance and monitoring by parents. On the other hand, teachers in non-militarized schools spend less time in the classroom trying to maintain students' order and discipline. Findings in the interviews show a different perspective, in contradiction with SAEB results. Limitations: the research is limited in relation to qualitative data, as it was not possible to interview a large number of teachers and principals, due to the problems arising from the pandemic and the unavailability of people in wanting to participate in the research, whose topic is considered delicate. In addition, the research is restricted to the state of Goiás, therefore, it is not possible to generalize the results obtained for all other states that adopt the militarization policy of schools. Practical implications: the results can contribute in a practical way so that the managers and formulators of public policies in education can better measure the influence of the militarization process of public schools as an alternative to reduce the problems of violence in schools, anticipating the possible results that the implementation of these schools can bring. Social implications: the study can contribute to a better understanding by the society about the functioning, the structure and the organization of the militarized model of public school and its effects on the reduction of school violence. Originality: the work advances in a little explored field of research in the field of education studies in Brazil when dealing with the relationship between non-militarized and militarized public schools with regard to the problem of school violence, seeking to do both a quantitative analysis of the data by the government as well as a qualitative analysis, giving voice to teachers and principals.porEducaçãoViolência nas escolasEscolas militarizadasEducationViolence in schoolsMilitarized schoolsEducaçãoAdministração públicaEducação - Goiás (Estado)Violência escolarEscolas públicasEducação militarViolência escolar e a militarização das escolas públicas: um estudo sobre o caso de Goiásinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021-02-03reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertação Final.pdfDissertação Final.pdfPDFapplication/pdf1874940https://repositorio.fgv.br/bitstreams/bb947c36-2dbf-4903-ad02-07aace447094/download77171d60b5af7d47054e6166cc051c3aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/db6dcefe-fa11-46b3-91f3-a9a04ddd3e0d/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52TEXTilovepdf_merged (6).pdf.txtilovepdf_merged (6).pdf.txtExtracted texttext/plain266830https://repositorio.fgv.br/bitstreams/bba395f6-8cc6-4fa3-8a73-1efc9d4892e7/downloaddb60f5692b8ecb5f1d5e04c87a0eb3ebMD53Dissertação Final.pdf.txtDissertação Final.pdf.txtExtracted texttext/plain103084https://repositorio.fgv.br/bitstreams/009514b6-297a-4104-ae68-5b3dc3b6217f/download0c0b99ddf810e35ec5b8cc92723d443fMD57THUMBNAILilovepdf_merged (6).pdf.jpgilovepdf_merged (6).pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1582https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0c0b170f-8742-43b7-95d4-1fba27d76501/download834128d4ced79563f9f43c0bda3b582aMD54Dissertação Final.pdf.jpgDissertação Final.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2995https://repositorio.fgv.br/bitstreams/28174e2d-313d-4433-9678-a8dc08c021b7/download9fecc3d6970e97d920da43e911c9d882MD5810438/304342023-11-25 16:30:24.495open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/30434https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742023-11-25T16:30:24Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K
dc.title.por.fl_str_mv Violência escolar e a militarização das escolas públicas: um estudo sobre o caso de Goiás
title Violência escolar e a militarização das escolas públicas: um estudo sobre o caso de Goiás
spellingShingle Violência escolar e a militarização das escolas públicas: um estudo sobre o caso de Goiás
Ranna, Caio de Carvalho
Educação
Violência nas escolas
Escolas militarizadas
Education
Violence in schools
Militarized schools
Educação
Administração pública
Educação - Goiás (Estado)
Violência escolar
Escolas públicas
Educação militar
title_short Violência escolar e a militarização das escolas públicas: um estudo sobre o caso de Goiás
title_full Violência escolar e a militarização das escolas públicas: um estudo sobre o caso de Goiás
title_fullStr Violência escolar e a militarização das escolas públicas: um estudo sobre o caso de Goiás
title_full_unstemmed Violência escolar e a militarização das escolas públicas: um estudo sobre o caso de Goiás
title_sort Violência escolar e a militarização das escolas públicas: um estudo sobre o caso de Goiás
author Ranna, Caio de Carvalho
author_facet Ranna, Caio de Carvalho
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::EBAPE
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Fernandes, José Henrique
Junior, Luiz Carlos Ramiro
dc.contributor.author.fl_str_mv Ranna, Caio de Carvalho
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Beltrão, Kaizô I.
contributor_str_mv Beltrão, Kaizô I.
dc.subject.por.fl_str_mv Educação
Violência nas escolas
Escolas militarizadas
topic Educação
Violência nas escolas
Escolas militarizadas
Education
Violence in schools
Militarized schools
Educação
Administração pública
Educação - Goiás (Estado)
Violência escolar
Escolas públicas
Educação militar
dc.subject.eng.fl_str_mv Education
Violence in schools
Militarized schools
dc.subject.area.por.fl_str_mv Educação
Administração pública
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv Educação - Goiás (Estado)
Violência escolar
Escolas públicas
Educação militar
description Objetivo: o objetivo principal deste estudo consiste em verificar, comparativamente, se há diferença em relação ao nível de violência dentro do ambiente escolar, entre as escolas públicas não-militarizadas e as militarizadas do estado de Goiás. Metodologia: a metodologia do estudo é de natureza quali-quanti. Na primeira parte, foram realizadas entrevistas com professores e diretores de algumas escolas não-militarizadas e militarizadas. Na segunda parte, foram coletados dados quantitativos dos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), de 2017, a partir das respostas de professores e diretores em seus respectivos questionários, sobre algumas perguntas que tivessem relação com a violência escolar. Resultados: os resultados do SAEB indicam que os alunos das escolas estaduais militarizadas de Goiás cometem menos atos de violência (no sentido amplo do conceito, incluindo atos de indisciplina e “incivilidade”) do que os alunos das escolas não-militarizadas em relação aos seguintes aspectos: agressão verbal contra professores funcionários e alunos, roubos, índice de faltas, consumo de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, além terem melhor autoestima e maior assistência e acompanhamento por parte dos pais . Em compensação, os professores das escolas não-militarizadas perdem menos tempo em sala de aula procurando manter a ordem e a disciplina dos alunos. Os resultados das entrevistas da pesquisa quali se contrapõem a neste último ponto ao resultado do SAEB. Limitações: a pesquisa é limitada em relação aos dados qualitativos, pois não foi possível entrevistar uma ampla quantidade de professores e diretores, devido aos problemas oriundos da pandemia e da indisponibilidade das pessoas em querer participar da pesquisa, cujo tema é considerado delicado. Além disso, a pesquisa está restrita ao estado de Goiás, não sendo possível, portanto, fazer uma generalização dos resultados obtidos para todos os outros estados que adotam a política de militarização das escolas. Contribuições práticas: os resultados podem contribuir de forma prática para que os gestores e formuladores de políticas públicas em educação consigam dimensionar melhor a influência do processo de militarização das escolas públicas como alternativa para reduzir os problemas de violência nas escolas, antecipando os possíveis resultados que a implementação dessas escolas possa vir a trazer. Contribuições sociais: o estudo pode contribuir para uma melhor compreensão por parte da sociedade sobre o funcionamento, a estrutura e a organização do modelo militarizado de escola pública e os seus efeitos sobre a redução da violência escolar. Originalidade: o trabalho avança em um campo pouco explorado de investigação na área dos estudos sobre educação no Brasil ao tratar da relação entre as escolas públicas não militarizadas e as militarizadas no que concerne ao problema da violência escolar, buscando fazer tanto uma análise quantitativa dos dados disponibilizados pelo governo assim como uma análise qualitativa, dando voz a professores e diretores.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-05-03T17:11:55Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-05-03T17:11:55Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-02-03
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10438/30434
url https://hdl.handle.net/10438/30434
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/bb947c36-2dbf-4903-ad02-07aace447094/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/db6dcefe-fa11-46b3-91f3-a9a04ddd3e0d/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/bba395f6-8cc6-4fa3-8a73-1efc9d4892e7/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/009514b6-297a-4104-ae68-5b3dc3b6217f/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0c0b170f-8742-43b7-95d4-1fba27d76501/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/28174e2d-313d-4433-9678-a8dc08c021b7/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 77171d60b5af7d47054e6166cc051c3a
dfb340242cced38a6cca06c627998fa1
db60f5692b8ecb5f1d5e04c87a0eb3eb
0c0b99ddf810e35ec5b8cc92723d443f
834128d4ced79563f9f43c0bda3b582a
9fecc3d6970e97d920da43e911c9d882
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1810023662707802112