Lideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jesus, Anna Cristina de Almeida
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/31590
Resumo: Essa dissertação buscou responder quem são e quais as trajetórias das Lideranças Negras do Brasil. Para isso, realizamos entrevistas semiestruturadas com doze pessoas, autodeclaradas pretas ou pardas, sendo oito mulheres e quatro homens – uma escolha metodológica com o objetivo de aproximar e contrastar as experiências sob a perspectiva da raça, mas priorizar a condição de múltiplos marcadores experienciada pelas mulheres negras. Embora a maioria das pessoas entrevistadas ocupe posições de Diretoria, mais importante que o cargo foi o reconhecimento social de que estes profissionais têm alcançado destaque nos segmentos em que atuam. Com as narrativas sobre a história de vida das Lideranças, analisamos o caminho que traçaram até as posições que ocupam e, além disso, as avaliações que elas mesmas fazem sobre suas trajetórias, suas dificuldades e suas conquistas. No Capítulo 1 trazemos discussões acerca do conceito de Interseccionalidade e a utilização dos estudos interseccionais como metodologia de análise das entrevistas coletadas. À luz das reflexões do primeiro capítulo, desenvolvemos o Capítulo 2 que desvenda como as questões de Raça e Gênero estão presentes no cotidiano das Lideranças Negras. Nesse capítulo descobrimos quem são e o que pensam acerca de temas como Identidade, Sexualidade, Aquilombamento e, inevitavelmente, Racismo. No Capítulo 3, partindo de relatos semelhantes nas trajetórias das doze Lideranças Negras, apontamos fatores que explicam como elas conseguiram alcançar os cargos que ocupam atualmente e como compreendem a responsabilidade de estarem nessas posições. Em sua maioria, as Lideranças Negras são mulheres de 40 a 49 anos, diretoras de multinacionais do segmento financeiro situadas na cidade de São Paulo. São pessoas que possuem uma consciência racial profunda e que se dedicam a refletir sobre as questões de raça no Brasil e no mundo. Estão envolvidas com a questão da Diversidade e Inclusão no mercado de trabalho. São atentas aos privilégios e deméritos do Colorismo. Tem uma preocupação e uma vontade de se aquilombar, de estar perto de outras mulheres negras e de outros grupos minorizados (especialmente LGBTQIA+ e PcDs) a fim de compartilharem suas vivências. Conscientes do racismo e do machismo, são pessoas que desenvolveram suas próprias estratégias para lidar com a discriminação, ainda que não haja um consenso em relação a essa estratégia. São mulheres solteiras, sem filhos. Se sentem sobrecarregadas por causa da necessidade de frequentemente provarem sua competência. São pessoas que assumem diversas responsabilidades, tais como: devolver para sociedade o que receberam, representar a comunidade negra brasileira e possibilitar que outras pessoas pretas e pobres também tenham acesso ao que elas conquistaram.
id FGV_77f4f90f0355eff3cdae789387704eb7
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/31590
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str 3974
spelling Jesus, Anna Cristina de AlmeidaEscolas::CPDOCMattos, Marco Aurélio Vannucchi Leme deFernandes, Camila do ValleBarbosa, Silvia Monnerat2022-02-10T17:24:41Z2022-02-10T17:24:41Z2021-12-15https://hdl.handle.net/10438/31590Essa dissertação buscou responder quem são e quais as trajetórias das Lideranças Negras do Brasil. Para isso, realizamos entrevistas semiestruturadas com doze pessoas, autodeclaradas pretas ou pardas, sendo oito mulheres e quatro homens – uma escolha metodológica com o objetivo de aproximar e contrastar as experiências sob a perspectiva da raça, mas priorizar a condição de múltiplos marcadores experienciada pelas mulheres negras. Embora a maioria das pessoas entrevistadas ocupe posições de Diretoria, mais importante que o cargo foi o reconhecimento social de que estes profissionais têm alcançado destaque nos segmentos em que atuam. Com as narrativas sobre a história de vida das Lideranças, analisamos o caminho que traçaram até as posições que ocupam e, além disso, as avaliações que elas mesmas fazem sobre suas trajetórias, suas dificuldades e suas conquistas. No Capítulo 1 trazemos discussões acerca do conceito de Interseccionalidade e a utilização dos estudos interseccionais como metodologia de análise das entrevistas coletadas. À luz das reflexões do primeiro capítulo, desenvolvemos o Capítulo 2 que desvenda como as questões de Raça e Gênero estão presentes no cotidiano das Lideranças Negras. Nesse capítulo descobrimos quem são e o que pensam acerca de temas como Identidade, Sexualidade, Aquilombamento e, inevitavelmente, Racismo. No Capítulo 3, partindo de relatos semelhantes nas trajetórias das doze Lideranças Negras, apontamos fatores que explicam como elas conseguiram alcançar os cargos que ocupam atualmente e como compreendem a responsabilidade de estarem nessas posições. Em sua maioria, as Lideranças Negras são mulheres de 40 a 49 anos, diretoras de multinacionais do segmento financeiro situadas na cidade de São Paulo. São pessoas que possuem uma consciência racial profunda e que se dedicam a refletir sobre as questões de raça no Brasil e no mundo. Estão envolvidas com a questão da Diversidade e Inclusão no mercado de trabalho. São atentas aos privilégios e deméritos do Colorismo. Tem uma preocupação e uma vontade de se aquilombar, de estar perto de outras mulheres negras e de outros grupos minorizados (especialmente LGBTQIA+ e PcDs) a fim de compartilharem suas vivências. Conscientes do racismo e do machismo, são pessoas que desenvolveram suas próprias estratégias para lidar com a discriminação, ainda que não haja um consenso em relação a essa estratégia. São mulheres solteiras, sem filhos. Se sentem sobrecarregadas por causa da necessidade de frequentemente provarem sua competência. São pessoas que assumem diversas responsabilidades, tais como: devolver para sociedade o que receberam, representar a comunidade negra brasileira e possibilitar que outras pessoas pretas e pobres também tenham acesso ao que elas conquistaram.This paper sought to answer which path the Black Leaders in Brazil walked – and who they are. Therefore, we conducted semi-structured interviews with twelve people, self-declared black or brown, being eight women and four men - a methodological choice to prioritize the condition of multiple markers experienced by black women, but to center the experiences in the perspective of Race. Although most of the people interviewed occupy Director positions, more important than the position was the social recognition that these professionals have achieved prominence in the segments in which they work. With the narratives about the life history of the Black Leaders, we analyzed the path they have taken to achieve the positions they occupy, and the evaluations they make about their own trajectories, their difficulties, and their victories. In Chapter 1 we discuss the concept of Intersectionality and the use of intersectional studies as a methodology to analyze the interviews collected. Considering the reflections of the first chapter, we developed Chapter 2, which unveils how the issues of Race and Gender are present in the daily life of the Black Leaders. In this chapter, we discover who they are and what they think about themes such as Identity, Sexuality, Aquilombamento, and, inevitably, Racism. In Chapter 3, based on similar accounts in the trajectories of the twelve Black Leaders, we point out factors that explain how they managed to reach the positions they currently occupy, and furthermore, how they understand the responsibility of being in these positions. Most of the Black Leaders are women between 40 and 49 years old, directors of multinational companies in the financial segment located in the city of São Paulo. They are people who have a deep racial awareness and are dedicated to reflecting about race issues in Brazil and in the world. They are involved with the theme of Diversity and Inclusion in the labor market. They are aware of the privileges and demerits the come from Colorism. They have a concern and a will to “aquilombar”, that is, to be close to other black women and other minority groups (especially LGBTQIA+ and PcDs), to share their experiences. Aware of racism and sexism, they have developed their own strategies to deal with discrimination, even if there is no consensus about this strategy. They are single women, without children. They feel overburdened because of the need to frequently prove their competence. They are people who take on several responsibilities, such as: giving back to society what they have received, representing the black Brazilian community, and making it possible for other black and poor people to have access to what they have achieved.porLideranças negrasMulheres negrasInterseccionalidadeDiversidadeMercado de trabalhoBlack leadersBlack womanIntersectionalityDiversityLabor marketCiências sociaisNegrasMercado de trabalhoDiversidade no ambiente de trabalhoLiderançaLideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalhoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021-12-15reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertação Anna Cristina Almeida 2021.pdfDissertação Anna Cristina Almeida 2021.pdfDissertação Anna Cristina Almeidaapplication/pdf1176832https://repositorio.fgv.br/bitstreams/dc9c3e9b-4d1e-4555-a701-629b441c0dfe/download72fc6b9a02730aae9244e2f8d967db46MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/19ff878d-259b-482c-998d-d83a07ad4061/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52TEXTDissertação Anna Cristina Almeida 2021.pdf.txtDissertação Anna Cristina Almeida 2021.pdf.txtExtracted texttext/plain103328https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0e2d2d22-72dc-418f-9885-e31badee6e49/download3fdccdcbc0b6861405dba16a52a5643cMD55THUMBNAILDissertação Anna Cristina Almeida 2021.pdf.jpgDissertação Anna Cristina Almeida 2021.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2521https://repositorio.fgv.br/bitstreams/d3ac8531-6669-4734-ae7c-9b46bdcb2487/downloada8182ddd5db7524922887745a401b32bMD5610438/315902023-11-25 02:44:34.228open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/31590https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742023-11-25T02:44:34Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K
dc.title.por.fl_str_mv Lideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalho
title Lideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalho
spellingShingle Lideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalho
Jesus, Anna Cristina de Almeida
Lideranças negras
Mulheres negras
Interseccionalidade
Diversidade
Mercado de trabalho
Black leaders
Black woman
Intersectionality
Diversity
Labor market
Ciências sociais
Negras
Mercado de trabalho
Diversidade no ambiente de trabalho
Liderança
title_short Lideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalho
title_full Lideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalho
title_fullStr Lideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalho
title_full_unstemmed Lideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalho
title_sort Lideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalho
author Jesus, Anna Cristina de Almeida
author_facet Jesus, Anna Cristina de Almeida
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::CPDOC
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Mattos, Marco Aurélio Vannucchi Leme de
Fernandes, Camila do Valle
dc.contributor.author.fl_str_mv Jesus, Anna Cristina de Almeida
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Barbosa, Silvia Monnerat
contributor_str_mv Barbosa, Silvia Monnerat
dc.subject.por.fl_str_mv Lideranças negras
Mulheres negras
Interseccionalidade
Diversidade
Mercado de trabalho
topic Lideranças negras
Mulheres negras
Interseccionalidade
Diversidade
Mercado de trabalho
Black leaders
Black woman
Intersectionality
Diversity
Labor market
Ciências sociais
Negras
Mercado de trabalho
Diversidade no ambiente de trabalho
Liderança
dc.subject.eng.fl_str_mv Black leaders
Black woman
Intersectionality
Diversity
Labor market
dc.subject.area.por.fl_str_mv Ciências sociais
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv Negras
Mercado de trabalho
Diversidade no ambiente de trabalho
Liderança
description Essa dissertação buscou responder quem são e quais as trajetórias das Lideranças Negras do Brasil. Para isso, realizamos entrevistas semiestruturadas com doze pessoas, autodeclaradas pretas ou pardas, sendo oito mulheres e quatro homens – uma escolha metodológica com o objetivo de aproximar e contrastar as experiências sob a perspectiva da raça, mas priorizar a condição de múltiplos marcadores experienciada pelas mulheres negras. Embora a maioria das pessoas entrevistadas ocupe posições de Diretoria, mais importante que o cargo foi o reconhecimento social de que estes profissionais têm alcançado destaque nos segmentos em que atuam. Com as narrativas sobre a história de vida das Lideranças, analisamos o caminho que traçaram até as posições que ocupam e, além disso, as avaliações que elas mesmas fazem sobre suas trajetórias, suas dificuldades e suas conquistas. No Capítulo 1 trazemos discussões acerca do conceito de Interseccionalidade e a utilização dos estudos interseccionais como metodologia de análise das entrevistas coletadas. À luz das reflexões do primeiro capítulo, desenvolvemos o Capítulo 2 que desvenda como as questões de Raça e Gênero estão presentes no cotidiano das Lideranças Negras. Nesse capítulo descobrimos quem são e o que pensam acerca de temas como Identidade, Sexualidade, Aquilombamento e, inevitavelmente, Racismo. No Capítulo 3, partindo de relatos semelhantes nas trajetórias das doze Lideranças Negras, apontamos fatores que explicam como elas conseguiram alcançar os cargos que ocupam atualmente e como compreendem a responsabilidade de estarem nessas posições. Em sua maioria, as Lideranças Negras são mulheres de 40 a 49 anos, diretoras de multinacionais do segmento financeiro situadas na cidade de São Paulo. São pessoas que possuem uma consciência racial profunda e que se dedicam a refletir sobre as questões de raça no Brasil e no mundo. Estão envolvidas com a questão da Diversidade e Inclusão no mercado de trabalho. São atentas aos privilégios e deméritos do Colorismo. Tem uma preocupação e uma vontade de se aquilombar, de estar perto de outras mulheres negras e de outros grupos minorizados (especialmente LGBTQIA+ e PcDs) a fim de compartilharem suas vivências. Conscientes do racismo e do machismo, são pessoas que desenvolveram suas próprias estratégias para lidar com a discriminação, ainda que não haja um consenso em relação a essa estratégia. São mulheres solteiras, sem filhos. Se sentem sobrecarregadas por causa da necessidade de frequentemente provarem sua competência. São pessoas que assumem diversas responsabilidades, tais como: devolver para sociedade o que receberam, representar a comunidade negra brasileira e possibilitar que outras pessoas pretas e pobres também tenham acesso ao que elas conquistaram.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-12-15
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-02-10T17:24:41Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-02-10T17:24:41Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10438/31590
url https://hdl.handle.net/10438/31590
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/dc9c3e9b-4d1e-4555-a701-629b441c0dfe/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/19ff878d-259b-482c-998d-d83a07ad4061/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0e2d2d22-72dc-418f-9885-e31badee6e49/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/d3ac8531-6669-4734-ae7c-9b46bdcb2487/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 72fc6b9a02730aae9244e2f8d967db46
dfb340242cced38a6cca06c627998fa1
3fdccdcbc0b6861405dba16a52a5643c
a8182ddd5db7524922887745a401b32b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1810023737882312704