Lideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/31590 |
Resumo: | Essa dissertação buscou responder quem são e quais as trajetórias das Lideranças Negras do Brasil. Para isso, realizamos entrevistas semiestruturadas com doze pessoas, autodeclaradas pretas ou pardas, sendo oito mulheres e quatro homens – uma escolha metodológica com o objetivo de aproximar e contrastar as experiências sob a perspectiva da raça, mas priorizar a condição de múltiplos marcadores experienciada pelas mulheres negras. Embora a maioria das pessoas entrevistadas ocupe posições de Diretoria, mais importante que o cargo foi o reconhecimento social de que estes profissionais têm alcançado destaque nos segmentos em que atuam. Com as narrativas sobre a história de vida das Lideranças, analisamos o caminho que traçaram até as posições que ocupam e, além disso, as avaliações que elas mesmas fazem sobre suas trajetórias, suas dificuldades e suas conquistas. No Capítulo 1 trazemos discussões acerca do conceito de Interseccionalidade e a utilização dos estudos interseccionais como metodologia de análise das entrevistas coletadas. À luz das reflexões do primeiro capítulo, desenvolvemos o Capítulo 2 que desvenda como as questões de Raça e Gênero estão presentes no cotidiano das Lideranças Negras. Nesse capítulo descobrimos quem são e o que pensam acerca de temas como Identidade, Sexualidade, Aquilombamento e, inevitavelmente, Racismo. No Capítulo 3, partindo de relatos semelhantes nas trajetórias das doze Lideranças Negras, apontamos fatores que explicam como elas conseguiram alcançar os cargos que ocupam atualmente e como compreendem a responsabilidade de estarem nessas posições. Em sua maioria, as Lideranças Negras são mulheres de 40 a 49 anos, diretoras de multinacionais do segmento financeiro situadas na cidade de São Paulo. São pessoas que possuem uma consciência racial profunda e que se dedicam a refletir sobre as questões de raça no Brasil e no mundo. Estão envolvidas com a questão da Diversidade e Inclusão no mercado de trabalho. São atentas aos privilégios e deméritos do Colorismo. Tem uma preocupação e uma vontade de se aquilombar, de estar perto de outras mulheres negras e de outros grupos minorizados (especialmente LGBTQIA+ e PcDs) a fim de compartilharem suas vivências. Conscientes do racismo e do machismo, são pessoas que desenvolveram suas próprias estratégias para lidar com a discriminação, ainda que não haja um consenso em relação a essa estratégia. São mulheres solteiras, sem filhos. Se sentem sobrecarregadas por causa da necessidade de frequentemente provarem sua competência. São pessoas que assumem diversas responsabilidades, tais como: devolver para sociedade o que receberam, representar a comunidade negra brasileira e possibilitar que outras pessoas pretas e pobres também tenham acesso ao que elas conquistaram. |
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Com as narrativas sobre a história de vida das Lideranças, analisamos o caminho que traçaram até as posições que ocupam e, além disso, as avaliações que elas mesmas fazem sobre suas trajetórias, suas dificuldades e suas conquistas. No Capítulo 1 trazemos discussões acerca do conceito de Interseccionalidade e a utilização dos estudos interseccionais como metodologia de análise das entrevistas coletadas. À luz das reflexões do primeiro capítulo, desenvolvemos o Capítulo 2 que desvenda como as questões de Raça e Gênero estão presentes no cotidiano das Lideranças Negras. Nesse capítulo descobrimos quem são e o que pensam acerca de temas como Identidade, Sexualidade, Aquilombamento e, inevitavelmente, Racismo. No Capítulo 3, partindo de relatos semelhantes nas trajetórias das doze Lideranças Negras, apontamos fatores que explicam como elas conseguiram alcançar os cargos que ocupam atualmente e como compreendem a responsabilidade de estarem nessas posições. Em sua maioria, as Lideranças Negras são mulheres de 40 a 49 anos, diretoras de multinacionais do segmento financeiro situadas na cidade de São Paulo. São pessoas que possuem uma consciência racial profunda e que se dedicam a refletir sobre as questões de raça no Brasil e no mundo. Estão envolvidas com a questão da Diversidade e Inclusão no mercado de trabalho. São atentas aos privilégios e deméritos do Colorismo. Tem uma preocupação e uma vontade de se aquilombar, de estar perto de outras mulheres negras e de outros grupos minorizados (especialmente LGBTQIA+ e PcDs) a fim de compartilharem suas vivências. Conscientes do racismo e do machismo, são pessoas que desenvolveram suas próprias estratégias para lidar com a discriminação, ainda que não haja um consenso em relação a essa estratégia. São mulheres solteiras, sem filhos. Se sentem sobrecarregadas por causa da necessidade de frequentemente provarem sua competência. São pessoas que assumem diversas responsabilidades, tais como: devolver para sociedade o que receberam, representar a comunidade negra brasileira e possibilitar que outras pessoas pretas e pobres também tenham acesso ao que elas conquistaram.This paper sought to answer which path the Black Leaders in Brazil walked – and who they are. Therefore, we conducted semi-structured interviews with twelve people, self-declared black or brown, being eight women and four men - a methodological choice to prioritize the condition of multiple markers experienced by black women, but to center the experiences in the perspective of Race. Although most of the people interviewed occupy Director positions, more important than the position was the social recognition that these professionals have achieved prominence in the segments in which they work. With the narratives about the life history of the Black Leaders, we analyzed the path they have taken to achieve the positions they occupy, and the evaluations they make about their own trajectories, their difficulties, and their victories. In Chapter 1 we discuss the concept of Intersectionality and the use of intersectional studies as a methodology to analyze the interviews collected. Considering the reflections of the first chapter, we developed Chapter 2, which unveils how the issues of Race and Gender are present in the daily life of the Black Leaders. In this chapter, we discover who they are and what they think about themes such as Identity, Sexuality, Aquilombamento, and, inevitably, Racism. In Chapter 3, based on similar accounts in the trajectories of the twelve Black Leaders, we point out factors that explain how they managed to reach the positions they currently occupy, and furthermore, how they understand the responsibility of being in these positions. Most of the Black Leaders are women between 40 and 49 years old, directors of multinational companies in the financial segment located in the city of São Paulo. They are people who have a deep racial awareness and are dedicated to reflecting about race issues in Brazil and in the world. They are involved with the theme of Diversity and Inclusion in the labor market. They are aware of the privileges and demerits the come from Colorism. They have a concern and a will to “aquilombar”, that is, to be close to other black women and other minority groups (especially LGBTQIA+ and PcDs), to share their experiences. Aware of racism and sexism, they have developed their own strategies to deal with discrimination, even if there is no consensus about this strategy. They are single women, without children. They feel overburdened because of the need to frequently prove their competence. They are people who take on several responsibilities, such as: giving back to society what they have received, representing the black Brazilian community, and making it possible for other black and poor people to have access to what they have achieved.porLideranças negrasMulheres negrasInterseccionalidadeDiversidadeMercado de trabalhoBlack leadersBlack womanIntersectionalityDiversityLabor marketCiências sociaisNegrasMercado de trabalhoDiversidade no ambiente de trabalhoLiderançaLideranças negras: reflexões sobre interseccionalidade no mercado de trabalhoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021-12-15reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertação Anna Cristina Almeida 2021.pdfDissertação Anna Cristina Almeida 2021.pdfDissertação Anna Cristina 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Essa dissertação buscou responder quem são e quais as trajetórias das Lideranças Negras do Brasil. Para isso, realizamos entrevistas semiestruturadas com doze pessoas, autodeclaradas pretas ou pardas, sendo oito mulheres e quatro homens – uma escolha metodológica com o objetivo de aproximar e contrastar as experiências sob a perspectiva da raça, mas priorizar a condição de múltiplos marcadores experienciada pelas mulheres negras. Embora a maioria das pessoas entrevistadas ocupe posições de Diretoria, mais importante que o cargo foi o reconhecimento social de que estes profissionais têm alcançado destaque nos segmentos em que atuam. Com as narrativas sobre a história de vida das Lideranças, analisamos o caminho que traçaram até as posições que ocupam e, além disso, as avaliações que elas mesmas fazem sobre suas trajetórias, suas dificuldades e suas conquistas. No Capítulo 1 trazemos discussões acerca do conceito de Interseccionalidade e a utilização dos estudos interseccionais como metodologia de análise das entrevistas coletadas. À luz das reflexões do primeiro capítulo, desenvolvemos o Capítulo 2 que desvenda como as questões de Raça e Gênero estão presentes no cotidiano das Lideranças Negras. Nesse capítulo descobrimos quem são e o que pensam acerca de temas como Identidade, Sexualidade, Aquilombamento e, inevitavelmente, Racismo. No Capítulo 3, partindo de relatos semelhantes nas trajetórias das doze Lideranças Negras, apontamos fatores que explicam como elas conseguiram alcançar os cargos que ocupam atualmente e como compreendem a responsabilidade de estarem nessas posições. Em sua maioria, as Lideranças Negras são mulheres de 40 a 49 anos, diretoras de multinacionais do segmento financeiro situadas na cidade de São Paulo. São pessoas que possuem uma consciência racial profunda e que se dedicam a refletir sobre as questões de raça no Brasil e no mundo. Estão envolvidas com a questão da Diversidade e Inclusão no mercado de trabalho. São atentas aos privilégios e deméritos do Colorismo. Tem uma preocupação e uma vontade de se aquilombar, de estar perto de outras mulheres negras e de outros grupos minorizados (especialmente LGBTQIA+ e PcDs) a fim de compartilharem suas vivências. Conscientes do racismo e do machismo, são pessoas que desenvolveram suas próprias estratégias para lidar com a discriminação, ainda que não haja um consenso em relação a essa estratégia. São mulheres solteiras, sem filhos. Se sentem sobrecarregadas por causa da necessidade de frequentemente provarem sua competência. São pessoas que assumem diversas responsabilidades, tais como: devolver para sociedade o que receberam, representar a comunidade negra brasileira e possibilitar que outras pessoas pretas e pobres também tenham acesso ao que elas conquistaram. |
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