Sim, o Banco Central do Brasil errou, e muito, na condução política monetária durante a crise financeira mundial
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
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Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10438/16840 |
Resumo: | Ao longo deste artigo iremos argumentar que o Banco Central do Brasil cometeu uma série de erros na condução da política monetária no último trimestre de 2008. Esses erros se originaram da desconsideração da natureza essencialmente financeira da crise que se abateu sobre a economia brasileira e da desconsideração do 'canal do crédito' por parte dos modelos de previsão do Banco Central. Nesse contexto, a autoridade monetária foi levada a sub-estimar os impactos da crise econômica mundial sobre o nível de atividade produtiva e a super-estimar os riscos de aceleração da inflação devido ao repasse do câmbio para os preços. A manutenção da taxa básica de juros em 13.75 % a.a nas reuniões de outubro e dezembro do Copom tornou impossível a autoridade monetária compatibilizar o objetivo de garantir a estabilidade da taxa nominal de câmbio por intermédio das operações de venda de dólares no mercado à vista com o objetivo de restaurar a liquidez do sistema bancário como um todo. A solução encontrada para o dilema foi a liberação parcial dos depósitos compulsórios, a qual, contudo, não foi eficaz no sentido de restaurar as reservas do sistema bancário aos níveis prevalecentes antes da crise. Em janeiro de 2009, o Banco Central do Brasil finalmente se rendeu as evidências e iniciou um ciclo de redução gradual da taxa de juros. Mas essa medida veio tarde demais e foi tímida demais. O estrago já estava feito, tendo cabido a política fiscal, via redução temporária de impostos indiretos e redução da meta de superávit primário, a função de estabilizar o nível de atividade econômica. No final do primeiro semestre de 2009 a economia brasileira começa a apresentar os primeiros sinais de recuperação, apesar dos equívocos cometidos na gestão da política monetária. |
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A manutenção da taxa básica de juros em 13.75 % a.a nas reuniões de outubro e dezembro do Copom tornou impossível a autoridade monetária compatibilizar o objetivo de garantir a estabilidade da taxa nominal de câmbio por intermédio das operações de venda de dólares no mercado à vista com o objetivo de restaurar a liquidez do sistema bancário como um todo. A solução encontrada para o dilema foi a liberação parcial dos depósitos compulsórios, a qual, contudo, não foi eficaz no sentido de restaurar as reservas do sistema bancário aos níveis prevalecentes antes da crise. Em janeiro de 2009, o Banco Central do Brasil finalmente se rendeu as evidências e iniciou um ciclo de redução gradual da taxa de juros. Mas essa medida veio tarde demais e foi tímida demais. O estrago já estava feito, tendo cabido a política fiscal, via redução temporária de impostos indiretos e redução da meta de superávit primário, a função de estabilizar o nível de atividade econômica. No final do primeiro semestre de 2009 a economia brasileira começa a apresentar os primeiros sinais de recuperação, apesar dos equívocos cometidos na gestão da política monetária.porEESP - Fórum de Economia;06Modelos de previsãoTaxas de jurosEconomiaPolítica monetáriaSim, o Banco Central do Brasil errou, e muito, na condução política monetária durante a crise financeira mundialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVTEXTSim, o Banco Central do Brasil Errou e Muito, na condução da Política Monetária Durante a Crise Financeira Mundial- Oreiro.pdf.txtSim, o Banco Central do Brasil Errou e Muito, na condução da Política Monetária Durante a Crise Financeira Mundial- Oreiro.pdf.txtExtracted 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Ao longo deste artigo iremos argumentar que o Banco Central do Brasil cometeu uma série de erros na condução da política monetária no último trimestre de 2008. Esses erros se originaram da desconsideração da natureza essencialmente financeira da crise que se abateu sobre a economia brasileira e da desconsideração do 'canal do crédito' por parte dos modelos de previsão do Banco Central. Nesse contexto, a autoridade monetária foi levada a sub-estimar os impactos da crise econômica mundial sobre o nível de atividade produtiva e a super-estimar os riscos de aceleração da inflação devido ao repasse do câmbio para os preços. A manutenção da taxa básica de juros em 13.75 % a.a nas reuniões de outubro e dezembro do Copom tornou impossível a autoridade monetária compatibilizar o objetivo de garantir a estabilidade da taxa nominal de câmbio por intermédio das operações de venda de dólares no mercado à vista com o objetivo de restaurar a liquidez do sistema bancário como um todo. A solução encontrada para o dilema foi a liberação parcial dos depósitos compulsórios, a qual, contudo, não foi eficaz no sentido de restaurar as reservas do sistema bancário aos níveis prevalecentes antes da crise. Em janeiro de 2009, o Banco Central do Brasil finalmente se rendeu as evidências e iniciou um ciclo de redução gradual da taxa de juros. Mas essa medida veio tarde demais e foi tímida demais. O estrago já estava feito, tendo cabido a política fiscal, via redução temporária de impostos indiretos e redução da meta de superávit primário, a função de estabilizar o nível de atividade econômica. No final do primeiro semestre de 2009 a economia brasileira começa a apresentar os primeiros sinais de recuperação, apesar dos equívocos cometidos na gestão da política monetária. |
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