Dever de revelação: sujeitos envolvidos e extensão objetiva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/34973 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo discutir o dever de revelação em arbitragens comerciais e institucionais brasileiras, especialmente quanto ao papel dos sujeitos envolvidos e aos seus limites materiais. Previsto no parágrafo único do artigo 14 da LArb, o dever de revelação tem redação composta por conceitos bastante amplos e subjetivos, e que vem sendo objeto de divergência interpretativa, dando azo a impugnações de árbitro e, de forma mais preocupante, a ações anulatórias perante o Poder Judiciário. Buscando traçar um panorama do tema, o trabalho primeiro situa o dever de revelação na arbitragem, apresentando a sua importância e os motivos da sua existência. Na sequência, introduz alguns dos casos recentes que tiveram o dever de revelação em discussão, destacando os pontos de controvérsia, e apresenta as últimas propostas relativas ao tema que têm gerado debate no Brasil, a exemplo do PL 3.293/21 e da ADPF 1.050. Antes de mergulhar na discussão prática, o estudo se aprofunda nos conceitos que compõem o dever de revelação, incluindo a sua natureza. As noções de imparcialidade, independência e dúvida justificada são discutidas, e uma proposta de raciocínio a ser utilizado pelo intérprete do dever de revelação quando se deparar com a questão “revelar ou não revelar” é introduzida. A partir dessas premissas teóricas, o trabalho passa a se dedicar aos papeis que são esperados das partes, instituições arbitrais e árbitros quando se fala em dever de revelação, buscando discutir quais são os limites da atuação de cada um desses agentes, e apresentando recomendações de conduta. A extensão do dever de revelação a outros atores, como o perito e o secretário do tribunal arbitral, também é analisada. Posicionados os papeis dos sujeitos envolvidos no dever de revelação, o trabalho também procura, através de um referencial bibliográfico e jurisprudencial, analisar algumas das principais discussões que tangenciam os limites materiais do dever de revelação, ainda que de maneira não exaustiva. Assim, discute-se a relação de não taxatividade das situações de suspeição e impedimento do CPC, bem como a função e os limites da utilização das Diretrizes da IBA no processo de revelação. O trabalho também analisa o conceito de fato público e a sua relevância para o dever de revelação. A partir de um referencial de mais de vinte casos concretos, também são objeto de análise os fatos que vêm exigindo revelação na prática, e quais são alguns dos critérios que podem diferenciar o fato que deve ser revelado daquele que não deve. Na sequência, a questão da análise conjunta de diferentes circunstâncias também é abordada, discutindo-se também a existência de um marco temporal para o dever de revelação. Ao final, recomendações de conduta e de ação prática são apresentadas com as conclusões possíveis do trabalho, visando a uma parametrização e delimitação do dever de revelação, e, por consequência, uma diminuição dos conflitos que o têm por objeto. |
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Said, Enrico PizãoEscolas::DIREITO SPSilva Filho, Osny daElias, CarlosGabbay, Daniela Monteiro2024-03-04T16:03:56Z2024-03-04T16:03:56Z2024-02-07https://hdl.handle.net/10438/34973Este trabalho tem por objetivo discutir o dever de revelação em arbitragens comerciais e institucionais brasileiras, especialmente quanto ao papel dos sujeitos envolvidos e aos seus limites materiais. Previsto no parágrafo único do artigo 14 da LArb, o dever de revelação tem redação composta por conceitos bastante amplos e subjetivos, e que vem sendo objeto de divergência interpretativa, dando azo a impugnações de árbitro e, de forma mais preocupante, a ações anulatórias perante o Poder Judiciário. Buscando traçar um panorama do tema, o trabalho primeiro situa o dever de revelação na arbitragem, apresentando a sua importância e os motivos da sua existência. Na sequência, introduz alguns dos casos recentes que tiveram o dever de revelação em discussão, destacando os pontos de controvérsia, e apresenta as últimas propostas relativas ao tema que têm gerado debate no Brasil, a exemplo do PL 3.293/21 e da ADPF 1.050. Antes de mergulhar na discussão prática, o estudo se aprofunda nos conceitos que compõem o dever de revelação, incluindo a sua natureza. As noções de imparcialidade, independência e dúvida justificada são discutidas, e uma proposta de raciocínio a ser utilizado pelo intérprete do dever de revelação quando se deparar com a questão “revelar ou não revelar” é introduzida. A partir dessas premissas teóricas, o trabalho passa a se dedicar aos papeis que são esperados das partes, instituições arbitrais e árbitros quando se fala em dever de revelação, buscando discutir quais são os limites da atuação de cada um desses agentes, e apresentando recomendações de conduta. A extensão do dever de revelação a outros atores, como o perito e o secretário do tribunal arbitral, também é analisada. Posicionados os papeis dos sujeitos envolvidos no dever de revelação, o trabalho também procura, através de um referencial bibliográfico e jurisprudencial, analisar algumas das principais discussões que tangenciam os limites materiais do dever de revelação, ainda que de maneira não exaustiva. Assim, discute-se a relação de não taxatividade das situações de suspeição e impedimento do CPC, bem como a função e os limites da utilização das Diretrizes da IBA no processo de revelação. O trabalho também analisa o conceito de fato público e a sua relevância para o dever de revelação. A partir de um referencial de mais de vinte casos concretos, também são objeto de análise os fatos que vêm exigindo revelação na prática, e quais são alguns dos critérios que podem diferenciar o fato que deve ser revelado daquele que não deve. Na sequência, a questão da análise conjunta de diferentes circunstâncias também é abordada, discutindo-se também a existência de um marco temporal para o dever de revelação. Ao final, recomendações de conduta e de ação prática são apresentadas com as conclusões possíveis do trabalho, visando a uma parametrização e delimitação do dever de revelação, e, por consequência, uma diminuição dos conflitos que o têm por objeto.The purpose of this study is to discuss the duty of disclosure in Brazilian commercial and institutional arbitrations, especially regarding the role of the parties involved and its substantive limits. Provided for in the sole paragraph of article 14 of the Arbitration Law, the duty of disclosure has a wording composed of very broad and subjective concepts, which has been the subject of interpretative divergence, giving rise to challenges of arbitrators and, more important, annulment lawsuits. Aiming at providing an overview of the subject of study, the paper first places the duty of disclosure in the arbitration context, presenting its importance and the reasons for its existence. It then presents some of the recent cases that have dealt with the issue, highlighting the points of controversy, and presents the latest proposals regarding the duty of disclosure that have generated debate in Brazil, such as the Bill of Law 3.293/21 and the ADPF 1.050 (which aims at proposing parameters of interpretation for the duty of disclosure before the Supreme Court). Before delving into the practical discussion, the study looks into the concepts that form the duty of disclosure, including its nature. The notions of impartiality, independence and justified doubt are discussed, and a proposal of reasoning to be used by the interpreter of the duty of disclosure when faced with the question "to disclose or not to disclose" is introduced. Based on these conceptual premises, the study then turns to the expected roles of the parties, arbitral institutions and arbitrators when it comes to the duty of disclosure, seeking to discuss the limits of the duties of each of these players, and presenting recommendations of conduct. The extension of the duty of disclosure to other players, such as the expert and the secretary of the arbitral tribunal, is also analyzed. Having positioned the roles of the subjects involved in the duty of disclosure, the work also seeks, from a bibliographical and case law framework, to analyze some of the main discussions that touch on the substantive limits of the duty of disclosure, albeit in a non-exhaustive manner. Thus, it discusses the non-exhaustive nature of the situations of suspicion and impediment in the Code of Civil Procedure, as well as the role and limits of the use of the IBA Guidelines in the disclosure process. The study also analyzes the concept of public fact and its relevance to the duty of disclosure. Based on a framework of more than twenty cases, it also analyzes the facts that have been requiring disclosure in practice, and what are the criteria that can differentiate a fact that should be disclosed from one that should not. Next, the issue of joint analysis of the facts for disclosure is also addressed, and the existence of a time frame for the duty to disclose is discussed. At the end, some recommendations for practical action are presented with the conclusions of the work, with the aim of parameterizing and delimiting the duty of disclosure, and, as a consequence, reducing the conflicts surrounding it.porDever de revelaçãoImparcialidadeIndependênciaDúvida justificadaIBADigestoAção anulatóriaDuty of disclosureImpartialityIndependenceJustified doubtDigestAnnulment lawsuitDireitoArbitragem e sentençaImparcialidade (Direito)DeverResponsabilidade (Direito)Dever de revelação: sujeitos envolvidos e extensão objetivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85112https://repositorio.fgv.br/bitstreams/2f46211a-fe82-4f51-9411-1d3eed171cde/download2a4b67231f701c416a809246e7a10077MD52ORIGINALEnrico Pizao Said - Dever de revelação - 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Dever de revelação Imparcialidade Independência Dúvida justificada IBA Digesto Ação anulatória Duty of disclosure Impartiality Independence Justified doubt Digest Annulment lawsuit Direito Arbitragem e sentença Imparcialidade (Direito) Dever Responsabilidade (Direito) |
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Este trabalho tem por objetivo discutir o dever de revelação em arbitragens comerciais e institucionais brasileiras, especialmente quanto ao papel dos sujeitos envolvidos e aos seus limites materiais. Previsto no parágrafo único do artigo 14 da LArb, o dever de revelação tem redação composta por conceitos bastante amplos e subjetivos, e que vem sendo objeto de divergência interpretativa, dando azo a impugnações de árbitro e, de forma mais preocupante, a ações anulatórias perante o Poder Judiciário. Buscando traçar um panorama do tema, o trabalho primeiro situa o dever de revelação na arbitragem, apresentando a sua importância e os motivos da sua existência. Na sequência, introduz alguns dos casos recentes que tiveram o dever de revelação em discussão, destacando os pontos de controvérsia, e apresenta as últimas propostas relativas ao tema que têm gerado debate no Brasil, a exemplo do PL 3.293/21 e da ADPF 1.050. Antes de mergulhar na discussão prática, o estudo se aprofunda nos conceitos que compõem o dever de revelação, incluindo a sua natureza. As noções de imparcialidade, independência e dúvida justificada são discutidas, e uma proposta de raciocínio a ser utilizado pelo intérprete do dever de revelação quando se deparar com a questão “revelar ou não revelar” é introduzida. A partir dessas premissas teóricas, o trabalho passa a se dedicar aos papeis que são esperados das partes, instituições arbitrais e árbitros quando se fala em dever de revelação, buscando discutir quais são os limites da atuação de cada um desses agentes, e apresentando recomendações de conduta. A extensão do dever de revelação a outros atores, como o perito e o secretário do tribunal arbitral, também é analisada. Posicionados os papeis dos sujeitos envolvidos no dever de revelação, o trabalho também procura, através de um referencial bibliográfico e jurisprudencial, analisar algumas das principais discussões que tangenciam os limites materiais do dever de revelação, ainda que de maneira não exaustiva. Assim, discute-se a relação de não taxatividade das situações de suspeição e impedimento do CPC, bem como a função e os limites da utilização das Diretrizes da IBA no processo de revelação. O trabalho também analisa o conceito de fato público e a sua relevância para o dever de revelação. A partir de um referencial de mais de vinte casos concretos, também são objeto de análise os fatos que vêm exigindo revelação na prática, e quais são alguns dos critérios que podem diferenciar o fato que deve ser revelado daquele que não deve. Na sequência, a questão da análise conjunta de diferentes circunstâncias também é abordada, discutindo-se também a existência de um marco temporal para o dever de revelação. Ao final, recomendações de conduta e de ação prática são apresentadas com as conclusões possíveis do trabalho, visando a uma parametrização e delimitação do dever de revelação, e, por consequência, uma diminuição dos conflitos que o têm por objeto. |
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2024 |
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